Open Banking e Open Finance: entenda a diferença
Por Lise Brenol
Open Finance e Open Banking, entenda as diferenças entre eles.
O Open Finance será a evolução do Open Banking. Os dois termos se referem ao sistema aberto que permite ao cliente a liberdade de compartilhar dados pessoais e financeiros para sua conveniência.
A primeira fase do projeto de abertura se refere à padronização dos bancos e instituições financeiras, mas o plano do Banco Central do Brasil é ampliar a novidade para outras empresas, como plataformas de investimento, corretoras de seguros e fundos de previdência.
Open Banking: sistema de banco aberto
O sistema de banco aberto ou Open Banking é a infraestrutura digital que vai permitir ao consumidor compartilhar dados pessoais e transacionais entre bancos e instituições financeiras. Os princípios são o consentimento, finalidade e minimização.
Ou seja, a troca de dados entre instituições têm de ter duplo consentimento, para a instituição que recebe e para a que envia informações, um fim específico, uma prestação de serviço, e com o mínimo necessário de dados.
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Para fazer parte do sistema, os bancos tiveram que padronizar e abrir as informações sobre os produtos e serviços ofertados e também desenvolver um API (interface de programação aplicada) para criar uma conexão entre os aplicativos dos bancos. Tanto o Banco Central como a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) garantem que o Open Banking é seguro.
Neste sistema, o cliente pode escolher quais dados irá compartilhar. O consumidor pode autorizar o acesso a dados pessoais como nome completo, telefone, renda, nome do pai, nome da mãe, endereço de residência, e-mail.
Há ainda uma faixa de informações qualificadas que contempla renda mensal, faturamento, patrimônio declarado, status de relacionamento civil e histórico de serviços bancários. Mas o que efetivamente é inovador é o compartilhamento de informações transacionais: extrato de conta corrente, extrato do cartão de crédito, operações de crédito, como empréstimos e financiamento.
Open Finance: sistema financeiro aberto
O Open Finance é mais amplo que o Open Banking. Os princípios do consentimento, finalidade e minimização são os mesmos, mas os operadores serão em maior número.
Com o Open Finance, além dos bancos, corretoras de seguros, serviços de câmbio, plataformas de investimentos, conta salário e fundos de previdência estarão aptos a receber informações dos clientes.
Na prática, os clientes terão maior controle do compartilhamento de informações pessoais com operadoras de serviços financeiros não vinculadas a sistemas bancários. A proposta é que essa troca de dados permita a criação de produtos ainda mais personalizados para cada necessidade.
O sistema de finanças abertas deverá ser implementado na medida em que o sistema aberto for se consolidando. O cronograma do Banco Central do Brasil publicado em uma resolução em julho deste ano tem etapas até junho de 2022. As mais próximas estão listadas a seguir.
Cronograma:
13 de agosto: compartilhamento de dados pessoais entre instituições financeiras.
30 de agosto: iniciação de pagamentos por Pix por camadas sobrepostas, sem abrir o aplicativo do banco.
15 de dezembro: implementação da fase de Open Finance com ampliação de operadores de dados.
Tanto o Open Banking quanto o Open Finance são seguros, mas o cliente deve estar atento para as fraudes financeiras. Os e-mails fraudulentos, as ofertas falsas por mensagem ou ligações e outras tentativas de estelionato devem acontecer com ainda mais frequência a partir da implementação dos sistemas. Preste atenção para não cair:
A instituição financeira não vai pedir cadastramento de dados em formulário ou por telefone;
Acesse o site ou o aplicativo de instituições conhecidas e de confiança;
Nunca repasse código de segurança ou senha para ninguém;
Mantenha o antivírus do seu celular e computadores atualizado;
Na dúvida, não avance no compartilhamento de dados.
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