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Como guardar dinheiro mesmo ganhando pouco? Confira dicas

Como guardar dinheiro é das maiores preocupações financeiras dos consumidores. Saiba como se organizar para alcançar esse objetivo

Mulher aprendendo a como guardar o seu dinheiro mesmo ganhando pouco

colunista Fabiana Ramos
Publicado em: 27 de janeiro de 2022.

Uma das principais dificuldades de quem está querendo colocar a vida financeira em dia é conseguir gastar menos do que se ganha. Mas, uma depois disso, fica a questão: como guardar dinheiro?

É sobre isso que vamos falar neste artigo. Veja, a seguir, as dicas para saber o que fazer com o dinheiro que você conseguiu economizar e guardar.

Afinal, como guardar dinheiro?

Com a alta generalizada da inflação e com tantas contas para pagar, ainda vivenciando uma pandemia que insiste em permanecer no meio de nós, a tarefa mais complicada dos últimos tempos pode ser mesmo a de guardar dinheiro.

E guardar dinheiro somente é possível quando se tem organização. Não sei se você já ouviu sobre isso, mas organização financeira é fundamental para o processo de economizar e guardar dinheiro.

Eu sei que no início pode parecer complicado, mas acredite: é questão de hábito! E todo hábito novo, para ser implementado, precisa de força de vontade, esforço e persistência.

Por onde começar?

Você pode começar juntando seus três últimos extratos bancários e de cartão de crédito.

Separe suas despesas por categorias (moradia, alimentação, educação, saúde, lazer etc.) e coloque tudo em uma folha de papel, um aplicativo de organização financeira para celular ou em uma planilha, se você preferir este método. Na verdade, a forma como você vai organizar suas contas é o que menos importa. Adote aquela que for a mais simples para você.

Depois de ter suas despesas organizadas e anotadas, é hora de analisar o que existe no seu orçamento que pode ser diminuído, otimizado ou até mesmo cortado. Depois, determine um teto de gastos para cada categoria relacionada, não se esquecendo de incluir uma categoria para os seus objetivos ou sonhos.

É claro que, por ser iniciante, você poderá precisar fazer alguns ajustes nesse limite imposto para os gastos, mas, aos poucos e com a prática, você pega o jeito e, sem perceber, rapidamente conseguirá se manter dentro do orçamento que montou.

Pague-se primeiro

Você já deve ter ouvido essa expressão: pague-se primeiro. Mas sabe o que ela significa?

Pagar-se primeiro tem a ver com definir prioridades. Quando você estipula uma categoria dentro do seu orçamento relacionada a seus sonhos e objetivos, significa que mensalmente você terá uma “despesa” com ela. Significa que todos os meses você irá “pagar” uma quantia determinada para a concretização desse objetivo.

Vamos a um exemplo: você precisa juntar R$ 15.000 para trocar de carro. Todos os meses você se comprometeu a juntar R$ 500 para cumprir o seu objetivo. É como se você tivesse um boleto de R$ 500 para pagar mensalmente.

O problema é que, se o seu orçamento não for organizado, você vai precisar de muito autocontrole e força de vontade para poder “pagar esse boleto” de R$ 500 todos os meses. E o que acontece, na maioria dos casos, é que essa disciplina toda funciona nos dois, três primeiros meses e depois esse “boleto” vai perdendo prioridade…

O segredo para isso não ocorrer é o “pagar-se primeiro”. Significa que, assim que você recebe a sua renda, o “boleto dos objetivos” deve ser o primeiro a ser pago. Isso mesmo. Antes mesmo da conta de luz ou do condomínio, antes da mensalidade escolar ou da conta de celular, o “boleto dos objetivos” será pago em primeiro lugar.

E por que deve haver essa prioridade? Porque quando você se paga primeiro, quando você paga em primeiro lugar o valor que já estava havia previsto para a concretização dos seus sonhos e objetivos, você dará um jeito para pagar o restante. Você adequará o orçamento para poder pagar as demais contas necessárias.

Não tem jeitinho. Você se concentra naquilo que realmente é importante e acaba conseguindo pagar o que efetivamente é necessário. E o supérfluo fica para o que sobrar (se sobrar). E é assim que conseguimos guardar dinheiro para concretizar os nossos sonhos.

E onde guardar esse dinheiro?

Muitas pessoas que conseguem fazer essa economia mensal se perguntam onde elas devem guardar esse dinheiro. No cofrinho? Na poupança? Debaixo do colchão? Claro que não!

Começamos o texto falando em inflação e ela é a principal razão para não deixarmos o nosso dinheiro parado. A inflação tem o poder de corroer o dinheiro, fazendo com que o dono perca poder de compra. O que você comprava com R$ 100 há um ano já não consegue comprar com o mesmo valor nos dias de hoje.

Em razão disso, não podemos nem pensar em deixar o dinheiro sem render. Dinheiro precisa gerar mais dinheiro. E é esse o poder dos investimentos. Fazer o dinheiro multiplicar em razão dos juros compostos.

Eu sei que muitas pessoas têm medo de investir. E muito desse medo é gerado pela falta de conhecimento. Então, eu vou trazer aqui para você uma sugestão de investimento seguro (aliás, é o mais seguro do país) e que rende melhor do que a caderneta de poupança: títulos públicos.

Investir em títulos públicos é como fazer um empréstimo ao governo. Olhando de fora, pode até não parecer confiável, mas, acredite se quiser, em relação ao risco de crédito, o governo é o melhor credor que podemos ter.

Para ele financiar suas atividades com saúde, educação, segurança etc., ele precisa de dinheiro. E, por não fazer bem o “dever de casa”, ele gasta mais do que ganha. E o que acontece com quem precisa de dinheiro e gasta mais do que ganha? Isso mesmo: recorre a um empréstimo.

Então, quando o governo emite um título público, ele está emitindo um título de dívida para poder angariar dinheiro, com a promessa de que vai pagar juros a quem emprestar dinheiro para ele.

Sendo assim, quando você compra um título do Tesouro Selic, por exemplo, você empresta dinheiro ao governo, recebendo-o de volta, com juros, no momento que você quiser resgatar (não existe um prazo determinado em que o seu dinheiro fique preso). Atualmente, você pode comprar uma fração desse título por pouco mais de R$ 100.

E como é um título que está atrelado à taxa Selic, que é a taxa que regula os juros de toda a economia brasileira, sua remuneração varia conforme o aumento ou a diminuição desta taxa.

Leia também | O que é Taxa Selic e como ela afeta sua vida?

E mais: para investir em um título do Tesouro Selic, nada mais simples. Basta abrir uma conta gratuita em uma corretora de valores e fazer a compra através da sua plataforma. É simples e seguro.

Para ter mais dicas de como guardar o seu dinheiro e lidar melhor com as suas finanças, confira mais conteúdos exclusivos no blog da Serasa.