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Dicas de educação financeira: como se organizar no dia a dia?

Confira cinco dicas de educação financeira para começar a colocar em prática hoje mesmo e organizar seu orçamento.
Juntando dinheiro com as dicas recebidas de educação financeira

colunista Fabiana Ramos
Publicado em: 01 de dezembro de 2021.

Mais de 63 milhões de brasileiros estão negativados, segundo dados do Mapa de Inadimplência de outubro de 2021. Na prática, esse número indica que cerca de quatro em cada dez consumidores estão com o nome sujo. Frente a esses dados, fica claro como não sabemos ou temos muita dificuldade em lidar com o dinheiro. Daí a importância de aprendermos mais dicas de educação financeira.

Ter uma boa relação com as finanças não diz respeito aos números que você tem na sua conta corrente, mas sim a como você usa o que tem. Aprender a lidar com seu dinheiro é menos sobre matemática, cálculos e planilhas, e mais sobre mudança de comportamento e o uso inteligente dos seus recursos.

O primeiro passo é se tornar consciente da sua situação financeira e ter controle sobre os seus gastos, para depois chegar na etapa de investir e otimizar seus ganhos, e assim se preparar para o futuro.

5 dicas de educação financeira para começar a aplicar hoje mesmo

Se você faz parte do grupo de consumidores que precisam aprender a lidar melhor com o dinheiro, separamos cinco dicas de educação financeira simples, práticas e que você pode começar a aplicar hoje mesmo. Confira, a seguir:

1) Controle seu orçamento

Uma vida financeira saudável começa com um bom planejamento financeiro. Tenha consciência de todo dinheiro que chega às suas mãos, seja através do salário, de um ganho eventual ou até mesmo de uma renda extra.

Anote todas as suas despesas e tudo o que “sai”: desde os gastos fixos e maiores como aluguel, financiamento do carro, conta de luz, compra do mês etc., até os gastos pequenos, invisíveis e aparentemente inofensivos, como gastos com aplicativos de comida e de transportes e plataformas de streaming, que, quando colocados na ponta do lápis, se tornam verdadeiros ralos financeiros, por onde seu dinheiro vai embora e você nem percebe.

Devemos também tomar muito cuidado com a forma como gastamos no cartão de crédito, porque, de pouquinho em pouquinho, de parcela em parcela, a nossa fatura vai engordando sem sequer percebermos. “Como assim de R$20 em R$ 20 a fatura chegou a R$500?” (Quem nunca?).

2) Gaste menos do que se ganha

Essa regra é uma das mais fundamentais em finanças. Fazendo o controle do seu orçamento, você terá uma visão clara de toda a sua receita e despesas.

Agora cabe a você organizar e estipular metas de gastos: corte alguns caso eles sejam desnecessários, diminua outros caso estejam altos demais. Paralelamente a isso, procure novas fontes de renda para aumentar a sua receita, seja fazendo hora extra na empresa em que você trabalha, captando mais clientes se você for autônomo ou até criando uma nova fonte de lucro com renda extra. O que não falta na internet é ideia de como aumentar sua renda (mesmo estando dentro de casa)!

3) Guarde uma parte da sua renda

Depois de analisar, equilibrar e aumentar sua renda, chegou a hora de poupar. Estipule um valor dentro do seu orçamento para poupar todos os meses.

Comece formando uma reserva de emergência, que será seu “colchão financeiro” para eventuais imprevistos. Depois da reserva formada, comece a guardar dinheiro para os seus sonhos e projetos de vida.

Leia também | Reserva de emergência: como fazer a sua e se preparar para imprevistos?

4) Trace metas

É importante que você tenha objetivos bem definidos para se lembrar do porquê de estar juntando dinheiro. Depois dos primeiros meses, a empolgação acaba e poupar dinheiro só por poupar vai perdendo o sentido.

Nessas horas entram suas metas: trace metas de curto, médio e longo prazo de coisas que você queira realizar no futuro. Seja fazer uma viagem dos sonhos, cursar uma faculdade, comprar uma casa, abrir seu próprio negócio…

Metas de curto prazo são as que você pretende realizar em até dois anos, de médio prazo, em aproximadamente cinco anos, e de longo prazo, a partir de 10 anos.

Faça cálculos do quanto vai precisar para cada um dos seus objetivos e estipule em quanto tempo essa meta será alcançada. Coloque prazos reais e atingíveis para não gerar frustração e desânimo.

Você pode anotar esses objetivos em um caderno, salvar fotos em uma pasta do seu computador ou celular ou criar um quadro dos sonhos. O fundamental é ter acesso rápido e fácil a esses planos para tê-los sempre em mente.

Além dessas grandes metas, não se esqueça de também curtir seu dinheiro e se recompensar de vez em quando pelo bom trabalho que você vem fazendo. Sem exageros, é claro, mas isso te dará motivação para continuar firme e querer guardar cada vez mais.

É essencial pensar no futuro, mas você também deve aproveitar sua vida no presente.

5) Gaste melhor

Com seus novos planos traçados, fica bem mais fácil controlar seus impulsos e praticar o consumo consciente. Afinal, o que você mais quer na vida é mais importante do que você quer no momento, não é mesmo? O momento passa rápido.

Pense nas últimas cinco coisas que você comprou: quais dela você já havia se programado para comprar quando saiu de casa e quantas você comprou no calor do momento, sem pensar muito, tomando uma decisão de última hora?

Você sabia que 95% das nossas compras são inconscientes e emocionais? As tentações são inúmeras e as marcas cada vez mais brigam pela sua atenção, mas lembre-se: a promoção daquela loja não vai ser a última e um desconto para coisas que você não precisa sai caro demais.

Antes de realizar qualquer compra, tenha sempre em mente suas metas principais e pense: “Essa compra vai me aproximar ou me afastar dos meus objetivos?”.

A blusinha que está na moda hoje vai ficar ultrapassada amanhã e ficar esquecida no fundo do armário daqui a poucos meses. O carro do ano, sem planejamento, irá comprometer uma boa parte do seu orçamento.

Não estou querendo dizer com isso que você não pode gastar o seu dinheiro com os pequenos prazeres da vida. A questão é controlar a impulsividade e não comprar somente porque está barato, nem muito menos porque todo mundo tem. Os gastos devem ser feitos de forma planejada e o consumo deve ser consciente.

O objetivo da educação financeira é proporcionar uma vida com mais segurança e qualidade, oferecendo condições para que uma pessoa decida melhor o que fazer com seu dinheiro, vivendo dentro de um orçamento equilibrado e viabilizando a realização de sonhos. Gostou das dicas? Comece a pôr em prática hoje mesmo! No blog da Serasa, você também confere mais conteúdos e dicas de educação financeira.