CLT premium: o que é e por que está em alta?
CLT premium: o que é e por que está em alta?Data de publicação 27 de junho de 20259 minutos de leitura
Publicado em: 27 de junho de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 9 minutosTexto de: Time Serasa
Em 26 de junho de 2025, o Congresso Nacional derrubou o decreto que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com isso, voltam a valer as regras anteriores para operações como compras internacionais, transferências para o exterior e empréstimos empresariais.
A derrubada faz com que as alíquotas do IOF retornem aos patamares que estavam vigentes antes de maio de 2025. Entenda o que aconteceu, como essa decisão afeta suas finanças e o que você precisa saber sobre as novas regras do IOF que voltaram a valer.
Atualização: em 26 de junho de 2025, depois que o presente artigo foi publicado, o Congresso Nacional derrubou o decreto que aumentava as alíquotas do IOF. Portanto, voltam a valer as regras anteriores para operações como compras internacionais, transferências para o exterior e empréstimos empresariais.
O Imposto sobre Operações Financeiras é um tributo federal cobrado automaticamente sobre diversas transações financeiras. Ele incide principalmente em operações de crédito, câmbio, seguro e investimentos, funcionando como uma “taxa” que o consumidor paga ao governo.
Em maio de 2025, o Governo Federal anunciou mudanças nas alíquotas do IOF com o objetivo de aumentar a arrecadação e cumprir as metas do arcabouço fiscal. A expectativa inicial era de arrecadar até R$ 20,5 bilhões adicionais em 2025.
O argumento oficial era harmonizar a tributação entre diferentes tipos de operações financeiras e corrigir distorções na cobrança do imposto.
O Governo Federal publicou o primeiro decreto aumentando as alíquotas do IOF. A medida previa arrecadação de R$ 61 bilhões em dois anos (R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026).
No mesmo dia, diante de forte reação do mercado financeiro e de parlamentares, o governo fez o primeiro recuo parcial, reduzindo algumas alíquotas.
Foi publicado um segundo decreto "recalibrando" as alíquotas para reduzir o impacto. A nova versão previa arrecadação menor: R$ 20 bilhões em dois anos, concentrados principalmente em 2025.
Mesmo com os ajustes, houve resistência no Congresso.
O Congresso Nacional rejeitou a justificativa do Governo Federal para as mudanças e aprovou a derrubada completa do decreto do IOF. A votação na Câmara dos Deputados foi expressiva: 383 votos a favor da derrubada e 98 a favor da manutenção da proposta do Governo. No Senado, a derrubada do decreto foi simbólica.
● Compra de moeda estrangeira em espécie: aumento de 1,1% para 3,5%;
Exemplo prático cancelado: Quem enviasse R$ 1.000 para conta no exterior pagaria R$ 35 de IOF (em vez dos R$ 11 anteriores).
● Antes: sem cobrança de IOF para qualquer valor em previdência privada
Segundo o governo, essa mudança afetaria cerca de 1% da população brasileira.
Com a derrubada do decreto, voltam a valer integralmente as alíquotas que estavam em vigor antes de 22 de maio de 2025. Veja o comparativo:
Operação | Com decreto (cancelado) | Como fica agora |
---|---|---|
Cartões internacionais | 3,5% | 3,38% |
Transferência pessoal para exterior | 3,5% | 1,1% |
Transferência para investimentos | 1,1% | 0,38% |
Compra de moeda em espécie | 3,5% | 1,1% |
Tipo de empresa | Com decreto (cancelado) | Como fica agora |
---|---|---|
Empresas em geral | 0,38% + 0,0082% ao dia | 0,38% + 0,0041% ao dia |
Simples Nacional | 1,38% ao ano | 0,88% ao ano |
MEI | 1,38% ao ano | 0,88% ao ano |
● Transferências para o exterior: a maior economia fica por conta de quem envia dinheiro para contas próprias no exterior. A alíquota volta de 3,5% para 1,1%.
Exemplo prático: numa transferência de R$ 5.000 para o exterior, será cobrado R$ 55 de IOF (1,1%) em vez dos R$ 175 (3,5%) que seria cobrado com o decreto.
As regras antigas do IOF voltam a valer imediatamente após a promulgação do decreto legislativo. No entanto, instituições financeiras podem precisar de alguns dias para ajustar seus sistemas.
Entender as mudanças nas regras do IOF é só o primeiro passo para tomar decisões financeiras mais conscientes. Para dominar a organização financeira de forma prática, continue aprendendo mais sobre finanças no canal do YouTube da Serasa!
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