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Poupança conjunta: como planejar para o futuro financeiro

Poupança conjunta pode ajudar no planejamento financeiro em casal, família ou até na sociedade. Saiba tudo sobre esse tipo de conta!

Publicado em: 30 de julho de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 9 minutos

Texto de: Time Serasa

Jovem casal controlando a economia familiar em casa.

Já ouviu falar em conta poupança conjunta? Esse tipo de conta bancária permite a gestão compartilhada do dinheiro entre duas ou mais pessoas. Muito comum entre casais, especialmente aqueles que estão começando a vida juntos, esse modelo também é utilizado por familiares e até mesmo por sócios que desejam organizar melhor as finanças em comum.

São muitas as possibilidades de uso de uma poupança conjunta, seja para acompanhar o gerenciamento da mesada dos filhos, organizar uma viagem em grupo ou a dois, ou ainda para planejar o futuro em casal de forma mais fácil e transparente.

Continue a leitura e veja, neste artigo, o que é uma poupança conjunta, como ela funciona na prática, quais são as suas vantagens e cuidados importantes na utilização.

Assista | Conta conjunta: vale a pena? - Serasa

Diferença entre poupança individual e conjunta

A principal diferença entre uma poupança individual e uma conta poupança conjunta está no número de titulares e na forma como a conta pode ser movimentada. Enquanto a conta individual é exclusiva de uma única pessoa, a poupança compartilhada permite que duas ou mais pessoas compartilhem o controle e o acesso ao dinheiro guardado.

Além disso, na conta individual, apenas o titular pode movimentar a conta, fazer depósitos, saques ou transferências. Toda a responsabilidade sobre o saldo e as decisões financeiras fica concentrada nessa única pessoa.

  • Já a conta poupança conjunta é ideal para quem deseja gerenciar dinheiro em parceria, sendo um formato de conta bancária bastante adotado por casais, familiares e até mesmo sócios de uma empresa. Nela, todos os titulares têm acesso ao extrato, saldos e histórico de uso da conta. Existem dois tipos:
  •  
  • ●     Poupança conjunta simples, em que todas as movimentações precisam da autorização de todos os titulares;
  • ●     Poupança conjunta solidária, formato de conta em que qualquer um dos titulares pode movimentar a conta livremente, sem precisar da permissão dos outros.

Quais as vantagens de abrir uma poupança conjunta?

Afinal, vale a pena abrir uma poupança conjunta? Esse tipo de conta costuma ser adotada por quem deseja organizar melhor o dinheiro em parceria, facilitando o planejamento financeiro, promovendo transparência nas decisões e ajudando a alcançar objetivos comuns com mais facilidade.

Entre as suas principais vantagens estão:

Organização do orçamento em conjunto

Com uma conta compartilhada, fica mais simples controlar despesas do dia a dia, como contas da casa, supermercado ou gastos com filhos, mantendo tudo num mesmo lugar.

Esse tipo de poupança ainda pode ser utilizada com o objetivo de juntar dinheiro mais rápido, seja para uma viagem, casamento, a compra de um bem ou outro objetivo em comum.

Leia também | Como economizar no casamento: 18 dicas práticas

Reserva de emergência compartilhada

A poupança compartilhada também pode ser usada como um fundo de emergência para o casal ou família, trazendo mais segurança em situações imprevistas.

Controle financeiro mais eficiente

Com os valores centralizados, todos que dividem a conta podem visualizar melhor entradas e saídas de dinheiro, evitando confusões ou gastos desnecessários.

Mais transparência e confiança

Todos os titulares têm acesso aos extratos e ao histórico da conta, o que estimula o diálogo e a confiança sobre como o dinheiro está sendo usado.

Economia em taxas bancárias

Manter uma única conta para o grupo pode ser mais vantajoso do que manter várias separadas, reduzindo ou eliminando taxas em alguns bancos.

Quais são as regras para abrir uma poupança conjunta?

O processo de abertura de uma poupança compartilhada é bastante parecido com o de uma conta individual, envolvendo algumas exigências e regras. No geral, qualquer pessoa maior de 18 anos ou legalmente emancipada pode abrir esse tipo de conta. 

  • Para a abertura, podem ser solicitados alguns documentos dos administradores da conta, como:
  •  
  • ●     Documento de identidade oficial com foto (ex: RG);
  • ●     CPF;
  • ●     Comprovante de residência atualizado;

●     Comprovante de renda.

 

Vale destacar que cada instituição tem regras específicas, sendo necessário conferir as condições, taxas e exigências.

Como fazer a transferência de saldo em uma poupança conjunta?

O processo de transferência de dinheiro em uma poupança compartilhada varia conforme o tipo de conta: solidária ou simples. Na conta solidária, qualquer titular pode movimentar o saldo sem precisar da autorização dos demais. Já na conta simples, todas as movimentações precisam ser aprovadas por todos os titulares, o que pode adicionar mais etapas.

No geral, movimentar valores na poupança compartilhada envolve os seguintes passos:

  1. Verificação do tipo de conta, se é solidária ou simples;

  2. Acesso à conta conjunta, que pode ser via aplicativo, internet banking ou até mesmo presencialmente na agência;

  3. Escolha da opção de transferência, informando o valor e os dados da conta de destino;

  4. Autorização da operação:

    a. Se for solidária: um dos titulares pode concluir sozinho;

    b. Se for não-solidária: todos devem autorizar (por assinatura ou digitalmente).

  5. Confirmação dos dados e conclusão da transação.

Quais são os riscos de uma poupança conjunta?

  • Apesar da poupança compartilhada ser uma opção prática para gerenciar finanças compartilhadas, ela também pode ter algumas desvantagens e riscos importantes a serem considerados. Alguns exemplos são:
  •  
  • ●     Conflito entre tituladores — desacordos sobre gastos e movimentações podem gerar atritos entre os administradores da poupança;
  • ●     Falta de privacidade — nesse tipo de conta, todos têm acesso ao extrato bancário;
  • ●     Uso indevido dos recursos — isso pode ser dar especialmente em poupanças conjuntas do tipo solidária, em que um titular pode movimentar o dinheiro sem avisar os outros;
  • ●     Responsabilidade compartilhada — gastos ou dívidas de um titular afetam o saldo de todos;
  • ●     Disputas em separação ou falecimento do titular — a divisão do saldo pode causar conflitos legais, se não for feito um acordo prévio;
  • ●     Complicações no Imposto de Renda — a declaração pode exigir mais atenção e organização entre os titulares;
  • ●     Risco de penhora por dívidas — as dívidas de um titular podem comprometer o saldo da poupança conjunta.

Quem pode ser titular de uma poupança conjunta?

Qualquer pessoa maior de 18 anos pode ser titular de uma conta poupança conjunta, não sendo necessário ter parentesco ou vínculo familiar com os demais participantes.

Também é possível que pessoas legalmente emancipadas participem da abertura da conta. Para isso, basta apresentar os documentos exigidos pela instituição bancária (como RG, CPF e comprovante de residência) e definir, em comum acordo, se a conta poupança será do tipo solidária ou simples.

Leia também | Menor de idade tem Score? Descubra se é possível

Taxas e encargos aplicáveis à poupança conjunta

Algumas taxas e encargos podem ser aplicados à conta poupança conjunta. É comum, por exemplo, que seja cobrada uma tarifa mensal nesse tipo de conta. É importante destacar que cada banco pode apresentar diferentes condições. Por isso, antes de abrir uma poupança compartilhada, vale conferir as regras da instituição financeira de interesse.

  • Alguns exemplos de uso da conta que podem envolver taxas e encargos são:
  •  
  • ●     Manutenção da conta: alguns bancos podem cobrar uma taxa mensal, dependendo do pacote de serviços;
  • ●     Saques: pode haver cobrança para saques realizados fora da rede do banco ou acima do limite gratuito;
  • ●     Transferências: TEDs para outros bancos podem ter tarifas;
  • ●     Extratos: a emissão de extratos em papel pode ter custo; já os extratos digitais costumam ser gratuitos;
  • ●     Serviços adicionais: transferências internacionais, por exemplo, podem gerar cobranças extras.

Como resgatar o saldo de uma poupança conjunta?

O processo para resgatar o saldo de uma conta poupança conjunta varia conforme o tipo de conta. Mas, no geral, envolve os seguintes passos:

  1. Identifique o tipo de conta conjunta;

    ○     Se for solidária, qualquer titular pode sacar o valor sozinho.

    ○     Se for simples, todos os titulares precisam autorizar o saque.


  2. Escolha a forma de resgate, conforme as opções do seu banco. Geralmente é possível realizar o saque em caixas eletrônicos, com cartão de débito ou diretamente na agência bancária;


  3. Informe o valor que deseja sacar e confirme;

    ○     Se a conta for solidária, depois de confirmado o saque, é só retirar o dinheiro.

    ○     Se a conta for do tipo simples, todos os demais titulares precisam autorizar o saque, com assinatura física ou digital, de acordo com as regras do banco e opções oferecidas. Somente após essa aprovação, você poderá retirar o dinheiro.

Poupança conjunta e a herança: o que acontece com o saldo após o falecimento de um titular?

Quando um dos titulares de uma poupança compartilhada falece, o saldo da conta não permanece automaticamente com o titular sobrevivente. A parte pertencente à pessoa que faleceu entra no processo de inventário para ser dividida entre os herdeiros legais.

A lei presume que o saldo da conta pertence igualmente a cada titular. Sendo assim, em uma conta com dois titulares, metade do valor entra na herança e o restante fica com o titular sobrevivente. Porém, essa divisão pode ser diferente se houver provas de que um dos titulares contribuiu com mais dinheiro para a conta.

Além disso, a parte do falecido está sujeita ao pagamento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), imposto que incide sobre doações e heranças.

Geralmente, é permitido ao titular sobrevivente continuar movimentando a sua parte. O valor que pertence ao falecido não pode ser movimentado até que o inventário seja concluído. Após essa etapa, o valor é liberado para os herdeiros conforme definido judicialmente.

Em situações como essa, é importante procurar a ajuda de um advogado especializado em direito sucessório, garantindo que todos os procedimentos legais serão seguidos corretamente e evitando qualquer tipo de conflito que possa afetar a utilização da conta.

Poupança conjunta na prática: dicas para boa utilização

Até aqui, você viu que ter uma poupança conjunta pode ser uma ótima forma de organizar as finanças em grupo, mas que exige cuidados importantes e bastante alinhamento entre os administradores. Confira, então, algumas dicas para fazer uma boa utilização desse tipo de conta:

  1. Tenha objetivos financeiros em comum e com metas claras;

  2. Construa um plano orçamentário, que permita aos utilizadores da conta analisar os gastos mensais e identificar pontos de economia;

  3. Mantenha um diálogo transparente entre os titulares, evitando mal-entendidos;

  4. Escolha o tipo ideal de conta! A poupança conjunta solidária é ideal para quem tem alto nível de confiança, enquanto a conta simples garante mais controle;

  5. Tenha uma reserva de emergência separada para imprevistos, evitando comprometer os objetivos da poupança compartilhada.

Gostou de conhecer mais sobre poupança conjunta? Esse tipo de conta é especialmente adotada por casais que estão iniciando a vida financeira juntos, sendo uma boa medida para planejar a festa de casamento, por exemplo. Continue no blog da Serasa Ensina e veja também como acertar na escolha da lista do casório.

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