Conheça os cinco maiores roubos de criptomoedas

O roubo de criptomoedas tornou-se mais comum à medida que o investimento na moeda digital se popularizou, em especial para aplicações em dólares. Conheça os cinco maiores casos.

pessoa praticando os maiores roubos de criptomoedas


Autor: Marlise Brenol

Publicado: 20 de março 2023

Criptomoedas são ativos 100% digitais com emissão descentralizada. A moeda cripto existe virtualmente e usa a criptografia para garantir as transações de compra e venda. Uma das características é não ter uma autoridade central de emissão ou regulação. Os investidores usam um sistema em redes de pares para registrar transações e emitir novas unidades, e não há uma instituição garantidora. Por isso o roubo de criptomoedas preocupa.  

Criptomoedas podem ser roubadas ou perdidas?

Justamente pela falta de regulação central por meio de autoridade monetária, como é o caso do Banco Central (BC) para o real no Brasil, não é possível manter garantias para os investidores. Os riscos durante a operação e após a compra dos ativos existem e precisam de atenção. Como a moeda é materializada em um arquivo digital, caso ele seja perdido ou apagado, o investimento não é recuperável. É como perder uma nota de dinheiro impresso na rua. 

Portanto, a criptomoeda é um ativo negociado em transações registradas e verificadas em um banco de dados descentralizado e interligado por computadores chamado blockchain, sem regulação de autoridade monetária. O mais popular ativo dessa natureza é o bitcoin. Após a aquisição da moeda, o investidor recebe um arquivo digital e deve guardar em segurança para não haver roubo nem perda do ativo.  

Outra forma de ataque com o objetivo de roubo de criptomoedas é aos aplicativos de corretoras que fazem a mediação de compra e venda de criptomoedas, incidentes cada vez mais registrados no mercado financeiro.  

Assista I O que são criptomoedas

Os maiores roubos de criptomoedas na história

A empresa Comparitech, de segurança digital, monitora os casos de roubo de criptomoedas no mundo e faz alertas sobre os incidentes. Os gráficos indicativos do crescimento desse tipo de ocorrência podem ser acessados no site da empresa em inglês e trazem o indicativo de uma curva ascendente nos últimos anos. No levantamento também é possível conhecer os casos dos maiores roubos de criptomoedas em montante roubados, sendo o recorde registrado em 2022. Conheça os cinco maiores roubos de criptomoedas na história.  

  • Ronin Network (Axie Infinity)  

Em 29 de março de 2022, a Ronin Network (uma rede criptográfica baseada em jogos) anunciou que havia sido hackeada, o que provocou o roubo de US$620 milhões em moedas. Os arquivos subtraídos eram compostos por 173.600 em ETH (no valor de pouco menos de US$595 milhões) e US$25,5 milhões em dólares, tornando-se o maior roubo de criptomoedas registrado até janeiro de 2023. A Ronin Network oferece suporte ao jogo Axie Infinity da Sky Mavis. A empresa confirmou que os nós validadores Ronin e Axie DAO foram comprometidos com os fundos, sendo drenados em duas transações. O Departamento do Tesouro dos EUA posteriormente atribuiu o roubo ao grupo Lazarus, da Coreia do Norte. 

  • Poly Network  

Em agosto de 2021, um hacker atacou a Poly Network explorando uma vulnerabilidade do sistema e roubou fundos de US$610 milhões. No entanto, em uma reviravolta, eles não ficaram com os valores. Em vez disso, um hacker que teria assumido o roubo teria concordado em devolver a maior parte do dinheiro, exceto US$33 milhões em Tether (USDT), que haviam sido congelados pelos emissores.  

  • Binance  

Em outubro de 2022, hackers realizaram um roubo de US$570 milhões na cadeia BNB da Binance. No ataque, os criminosos drenaram 2 bilhões de tokens BNB da ponte de cross-chain. Na época, os ativos valiam US$570 milhões. No entanto, o sistema de segurança da Binance conseguiu congelar parte dos tokens e “apenas” moedas correspondentes a US$100 milhões não foram recuperadas.   

  • Coincheck  

Em janeiro de 2018, a Coincheck, com sede no Japão, teve os tokens NEM (XEM) roubados no valor US$532 milhões à época. Os hackers exploraram o fato de que a moeda estava sendo mantida em uma carteira “quente”, ou seja, estava conectada ao servidor e efetivamente “online” (uma carteira fria vê os fundos armazenados offline). Os desenvolvedores do NEM conseguiram identificar as moedas roubadas e marcá-las como tal. Houve especulações de negociações em mercados sombrios, mas, como as moedas perderam muito valor após o ataque, é improvável que tenha havido compradores.  

  • MT Gox  

Esse foi o primeiro episódio de roubo em larga escala e ainda é considerado o maior ataque em bitcoins. No entanto, o assalto ao MT Gox não foi um evento solitário. O mercado identificou após 2014 que a plataforma estava vazando fundos desde 2011. Num período de alguns anos, os hackers roubaram 100.000 bitcoins da bolsa e 750.000 bitcoins dos clientes da bolsa. Na época, esses bitcoins valiam US$ 470 milhões, mas em 2023 valeriam cerca de dez vezes mais (US$ 4,7 bilhões).  

Como investir em criptomoedas com segurança

É importante entender que investir em criptomoedas é uma operação de risco. Há alguns anos, corretores de investimento, inclusive brasileiras, têm incluído em carteiras e fundos aplicações em moedas digitais. Estas não têm a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mas implicam uma sutil redução de risco porque o investimento é diluído em diferentes ativos.  

Além disso, a corretora tem um nome a zelar e os analistas agem rápido ao identificar incidentes como o roubo de criptomoedas ou mesmo a desvalorização. Nesses casos e em qualquer transação digital, é importante o investidor monitorar o CPF para ficar no controle da sua vida financeira e agir no caso de um ataque aos arquivos da rede e tentativa de roubo de dados pessoais.  

Você pode fazer isso com o Serasa Premium, serviço de assinatura da Serasa que permite o monitoramento 24 horas por dia de tudo que acontece com seu CPF e CNPJ, como consultas, mudanças no Serasa Score, negativações e muito mais.   

Só com a conta Premium você tem atendimento exclusivo na Serasa e controla se seu Score pode ou não ser consultado pelo mercado. O Premium também avisa sempre que: 

• seu CPF e CNPJ for consultado;  

seu Serasa Score variar;  

seus dados vazarem na Dark Web.  

*Importante: a Serasa comunica previamente todos os consumidores sobre negativações em seu CPF, sem qualquer custo. O alerta de negativações do Serasa Premium é apenas uma funcionalidade adicional desse serviço (que permite a ciência em tempo real), mas não substitui o comunicado oficial.