Golpe da vacina: entenda como funciona

Saiba como criminosos estão usando a vacina da Covid-19 para roubar dados do cidadão

Vacina junto com a seringa para ilustrar o artigo sobre o golpe da vacina e como ele funciona

Foto Vanessa Conulista
Publicado em: 30 de março de 2022.

Provavelmente, você conhece alguém que já tenha caído ou vivido uma tentativa de golpe. Os criminosos estão cada vez mais criativos na hora de executar seus crimes, e agora chegou a vez do golpe da vacina.

O mundo vem, desde o final de 2019, vivendo uma das piores crises sanitárias da era moderna. O Coronavírus SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, uma doença infecciosa, que colocou o mundo em alerta, com 471 milhões de casos e mais de 6 milhões de vidas perdidas – isso até o fechamento deste texto, em março de 2022.

Mas mesmo uma crise mundial tão impactante como essa, não impediu que pessoas mal intencionadas usassem isso para cometer o golpe da vacina.

No Brasil, a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil começou em janeiro de 2021. Desde então, de acordo com informações oficiais do Governo Federal, mais de 407 milhões de doses já foram aplicadas – também até o fechamento deste texto.

As vacinas aplicadas são de dose única ou dupla. Acontece que, recentemente, os laboratórios fabricantes concluíram a necessidade de uma dose de reforço, também conhecida como terceira dose. E é aí que os bandidos enxergaram uma oportunidade para agir.

Então, para você ficar por dentro de mais esse golpe e saber como se precaver e não cair em armadilhas, continue a leitura deste texto e boa sorte.

Afinal, como agem os criminosos no golpe da vacina?

O golpe acontece quando menos se imagina. Aproveitando principalmente de pessoas mais idosas e que, em geral, têm menos familiaridade com a tecnologia, os criminosos abusam desses meios digitais para agir.

O objetivo do crime é roubar dados do celular das vítimas, que recebe um link por e-mail ou WhatsApp – aplicativo de mensagem instantânea – informando que é possível agendar a terceira dose da vacina e inclusive escolher a marca.

Esse chamariz é devido à crença que surgiu no Brasil de que vacinas de determinados laboratórios eram mais eficientes que as de outros. Por isso, ao dar a possibilidade de a vítima optar pelo fabricante desejado, a probabilidade de clique era maior.

Assim, pessoas se passavam por integrantes do Ministério da Saúde, dos serviços de saúde municipais e até do Ministério Público para oferecer a vacina. Ao induzir a vítima a passar dados pessoais ou clicar em links maliciosos, o telefone celular, ou seus os aplicativos contidos nele, eram clonados.

Como se proteger?

Atualmente, não há nenhuma forma de impedir que esses criminosos encontrem seus dados e entrem em contato com você. Portanto, é possível ficar atento e não cair em golpes.

Para isso, a principal informação divulgada pelo Ministério da Saúde é de que não há agendamento para a terceira dose e que não pedem dados à população via aplicativo de celular, nem envia códigos para usuários do sistema de saúde.

Como forma de inibir essas ações, a orientação é denunciar o caso às autoridades competentes. Além disso, é importante:

  • evite divulgar seu número de telefone em locais públicos;

  • evite conversar com números desconhecidos

  • não clique em nenhum link que receber, mesmo que o remetente se identifique como responsável por algum órgão oficial do governo

  • caso receba algum contato e tenha dúvidas se é ou não real, fale com o Ministério da Saúde diretamente pelos canais oficiais, como pelo site www.gov.br/saude

  • quando estiver navegando pela internet ou redes sociais, evite clicar em links não confiáveis.

Outros tipos de golpe

Mas se engana quem pensa que o golpe da vacina é o primeiro ou único que pode colocar seus dados e suas finanças em risco.

Os golpes na internet são mais comuns do que se imagina e já fizeram muitas vítimas. De acordo com uma pesquisa da Serasa, a cada 14,8 segundos, uma pessoa é vítima de fraude no país. E diante de uma indústria que está a todo vapor, criando novas formas de golpes com grande rapidez, é preciso estar sempre atento.

Para isso, conheça outros tipos de golpes para que você não seja a próxima vítima.

WhatsApp clonado

Provavelmente, este seja o golpe online mais comum atualmente. Segundo um levantamento da PSafe, empresa de segurança digital, mais de 5 milhões de usuários tiveram o WhatsApp clonado só no ano de 2020.

A ação dos criminosos ao conseguir clonar um WhatsApp é se passar pela pessoa em questão e pedir dinheiro a amigos e parentes, inventando alguma história de que ela precisa de dinheiro urgentemente.

A principal dica para evitar isso é adotar procedimentos simples como a verificação em duas etapas, em que é criada uma senha para poder acessar o aplicativo, além de nunca compartilhar o código de verificação com quem quer que seja.

Cartão clonado

Não são só os aplicativos de comunicação que estão na lista dos criminosos. Na verdade, o grande objetivo deles é o cartão clonado. Afinal, com isso é possível fazer compras e realizar pagamento e transferências em dinheiro, o que torna tudo mais interessante.

Este golpe pode acontecer de várias maneiras, mas a mais comum é pelo phishing, uma fraude eletrônica em que golpistas usam e-mail, SMS ou sites falsos para roubar dados.

Também é possível invadir sistemas de lojas virtuais para realizar este roubo de dados. Por isso, é tão importante optar pelo cartão virtual em vez do cartão físico quando for fazer compras online.

Golpe do Pix

O Golpe do Pix é uma outra forma que criminosos utilizam para roubar dinheiro de suas vítimas. Aqui, há diversas formas de agir, como:

● Páginas e arquivos falsos para roubar dados

● “Falha” no Pix

Whatsapp clonado

● Falsas centrais de atendimento

● Perfil falso no Whatsapp

Em todas essas formas, bandidos fingem uma falsa identidade para convencer a vítima a fazer um pix para uma conta específica.

Uma dica bônus aqui é tomar muito cuidado também ao usar o telefone na rua, pois não é só no ambiente digital que os criminosos agem. Há golpes onde roubam o telefone das vítimas enquanto desbloqueado para fazer transferências via pix, ou então cometem o sequestro relâmpago, cobrando um Pix como “resgate”.

Tecnologia ajuda na proteção

Hoje em dia, há alguns aplicativos e serviços na internet que ajudam a detectar links não-confiáveis para evitar que se caia em golpes.

Entre serviços gratuitos e pagos, o objetivo é te manter protegido e em estado de alerta para que seja avisado antes mesmo que os bandidos possam executar alguma ação.

Da mesma forma há empresas que oferecem um serviço de monitoramento dos seus dados para que eles não sejam expostos, clonados ou usados sem seu consentimento. Este é o caso do Serasa Premium, serviço da Serasa para você monitorar seus dados 24 horas por dia e receber notificações de vazamentos de dados, consultas feitas em seu CPF e muito mais.

Estar atento às novas formas de golpes é sempre importante para se manter seguro. Compartilhe este conteúdo com o máximo de pessoas que você puder para alertá-las sobre como o golpe da vacina acontece para que se mantenham protegidas também.

E não esqueça de conhecer o Monitoramento CPF, serviço que você aproveita assinando o Serasa Premium.