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Benchmark: entenda como impacta os investimentos

Ter um benchmark é a estratégia mais eficaz de descobrir se um investimento tem um desempenho verdadeiramente sólido e promissor.

Atualizado em: 28 de setembro de 2023

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

mulher de negócios colega de trabalho estão ajudando juntos a resolver um problema em seu trabalho. Vista aérea. ninguém.

A palavra benchmark vem do inglês e significa “marca de referência”. É um termo muito usado no mundo dos negócios, principalmente na área de marketing.

No mercado financeiro, é um índice de referência para avaliar o desempenho de um investimento. É como se fosse uma “meta mínima” de rentabilidade para saber se a aplicação realmente é rentável.

O que é benchmark?

Benchmark é um termo amplamente utilizado em diversas áreas, incluindo finanças, negócios e tecnologia. No contexto financeiro, refere-se a um ponto de referência ou um indicador usado para avaliar o desempenho de investimentos, fundos ou ativos financeiros.

Ele é um padrão com o qual outros investimentos ou ativos são comparados para determinar quão bem estão se saindo. É como uma linha de base que os investidores usam para medir o sucesso ou o fracasso de seus investimentos.

O benchmark é como uma bússola. Ele aponta a direção em que os investimentos deveriam seguir. É como ter um guia experiente ao lado, mostrando se o investidor está no caminho certo ou se precisa ajustar a rota.

Eles podem ser índices de mercado, taxas de juros, títulos específicos ou qualquer outro indicador relevante para o tipo de investimento em questão.

Motivos para usar o benchmark


Imagine a seguinte situação:

O investidor abre uma conta na corretora de valores e começa a buscar a melhor opção de investimento. Vê algumas siglas, que ainda não entende, e algumas opções com um bom percentual. Aí encontra um investimento que rende 10% ao ano… parece uma boa opção. Mas como ele pode ter certeza de que essa rentabilidade é realmente boa?

É para isso que o benchmark é usado. Ele é o índice de referência quando falamos de investimentos.

Leia também | Como escolher os melhores investimentos para ter retorno financeiro

Principais benchmarks no mercado financeiro

No mundo dos investimentos, há diversas classes de ativos. Ou seja, há diversas modalidades de aplicações financeiras. Para montar uma carteira diversificada, o investidor precisa escolher desde aplicações mais conservadoras, como a renda fixa, compondo também com algo mais arriscado, como o mercado de ações.

Para avaliar de forma justa a rentabilidade do investimento, é preciso compará-lo com o benchmark correto. Vamos citar alguns deles:

  1. Ibovespa: um dos benchmarks mais conhecidos no Brasil e representa o desempenho médio das ações listadas na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). É amplamente utilizado para avaliar investimentos em ações brasileiras.

  2. CDI (Certificado de Depósito Interbancário): o CDI é frequentemente utilizado como benchmark para investimentos em renda fixa, como títulos do Tesouro Direto, CDBs e fundos de renda fixa. Ele reflete a taxa de juros média das operações entre instituições financeiras.

  3. IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): benchmark para investimentos que buscam proteção contra a inflação. É usado em títulos do Tesouro Direto, como Tesouro IPCA+ (NTN-B) e em fundos de inflação.

  4. IFIX (Índice de Fundos de Investimento Imobiliário): utilizado como benchmark para investimentos em fundos imobiliários (FIIs) e reflete o desempenho médio dos FIIs listados na B3.

  5. IbrX (Índice Brasil): índice que representa uma carteira teórica das ações mais negociadas na B3. É frequentemente utilizado como benchmark para fundos de ações brasileiras.

  6. IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado): benchmark para investimentos atrelados à inflação e usado em alguns títulos de renda fixa, como LCIs e LCAs.

  7. Selic: a taxa Selic é usada como benchmark para diversos investimentos de renda fixa, especialmente títulos do Tesouro Direto que seguem a variação da Selic, como o Tesouro Selic.

  8. DI Futuro: benchmark usado para avaliar o desempenho de investimentos em contratos de juros futuros, amplamente negociados no mercado financeiro brasileiro.

  9. IBrA (Índice Brasil Amplo): índice que considera um espectro mais amplo de ações brasileiras que o Ibovespa e, portanto, é usado como benchmark para fundos que investem em um universo mais diversificado de empresas.

  10. Índices de Sustentabilidade: com o aumento do interesse em investimentos sustentáveis, índices como o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) são usados como benchmarks para avaliar o desempenho de empresas em critérios ESG (Ambiental, Social e Governança).

Esses são apenas alguns exemplos de benchmarks comuns utilizados no mercado de investimentos brasileiro. A escolha do benchmark adequado depende do tipo de investimento e dos objetivos do investidor. Cada benchmark serve como uma referência para avaliar o desempenho de investimentos específicos em relação a um padrão conhecido.

Assista | Você sabe o que é CDI? - Falando Dinheirês

Como o benchmark funciona nos investimentos

No mercado financeiro, há dois tipos de rentabilidade: a relativa e a absoluta. Elas podem ser chamadas também, respectivamente, de aplicações pós-fixadas e pré-fixadas.

A rentabilidade absoluta é aquela com juros fixos. Se a aplicação vai render 10% ao ano, é isso que o investidor vai receber ao final do prazo, independentemente dos outros índices da economia. Exemplo: Tesouro Pré-Fixado.

Por outro lado, a rentabilidade relativa é um pouco mais complexa. Como o nome diz, ela é sempre “relativa” a um benchmark. Em um português mais simples, as aplicações pós-fixadas são sempre baseadas em um índice da economia. Elas são mais comuns em ativos de renda fixa, como o Tesouro Selic ou Tesouro IPCA.

Se um CDB paga 120% do CDI, por exemplo, significa que o ativo sempre vai superar da Taxa DI. Estará sempre 20% superior (100% + 20%). Por mais que ainda seja algo abstrato, é possível perceber que, independentemente do valor absoluto, ele cumpre o benchmark (que é de 100%).

E é por isso que a caderneta de poupança não costuma ser uma boa opção de investimento. Sempre que a taxa Selic estiver acima de 8,5%, a poupança rende 0,5% ao mês (6% ao ano), mais a TR.

Como analisar o investimento de acordo com o benchmark

Para analisar se um investimento está acima ou abaixo do benchmark, o investidor deve seguir estas etapas:

  1. Identificar o benchmark adequado: a primeira ação a ser tomada é certificar-se de que está utilizando o benchmark apropriado para comparar o investimento. O benchmark deve ser relevante para o tipo de ativo ou estratégia em questão. Por exemplo, se a pessoa estiver avaliando o desempenho de um fundo de ações brasileiras, o benchmark adequado pode ser o Ibovespa ou o IBrA.


  2. Obter os dados de desempenho: deve-se reunir os dados de desempenho do investimento que deseja analisar. Isso inclui o histórico de retornos ao longo de um período específico.


  3. Calcular o retorno do investimento: o investidor deve calcular o retorno do investimento durante o mesmo período em que o benchmark está sendo avaliado. Deve se certificar de que os cálculos estejam baseados na mesma moeda e frequência (por exemplo, anual ou mensal).


  4. Comparar os retornos: é necessário comparar o retorno do investimento com o retorno do benchmark durante o mesmo período. Pode-se calcular a diferença absoluta ou percentual entre os dois.

    Para calcular a diferença percentual, utiliza-se a fórmula: [(Retorno do Investimento - Retorno do Benchmark) / Retorno do Benchmark] * 100.

     

    Por exemplo, se o investimento obteve um retorno de 8% e o benchmark teve um retorno de 7%, a diferença percentual seria [(8% - 7%) / 7%] * 100 = 14,29%. Isso indica que o investimento superou o benchmark em 1,29%.


  5. Analisar o desempenho ao longo do tempo: além de avaliar o desempenho em um único período, deve-se analisar o desempenho ao longo do tempo. É importante verificar se o investimento superou consistentemente o benchmark ou se houve flutuações no desempenho relativo.


  6. Considerar outros fatores: o desempenho não é a única métrica a ser considerada. Deve-se avaliar outros fatores, como risco, volatilidade, taxas e custos associados ao investimento. Às vezes, um investimento pode superar o benchmark, mas com níveis de risco mais altos.


  7. Ter em mente os objetivos: é importante que o investidor considere seus objetivos de investimento ao fazer essa análise. Um investimento que supera o benchmark pode ser mais adequado, dependendo dos objetivos e tolerância ao risco da pessoa.

Lembre-se de que a comparação com um benchmark é uma ferramenta útil para avaliar o desempenho de um investimento, mas não deve ser a única consideração ao tomar decisões de investimento. É importante entender o contexto e considerar outros fatores antes de tomar decisões financeiras. Consultar um profissional financeiro ou especialista em investimentos também pode ser útil para análises mais detalhadas.

Transformando a rentabilidade relativa para absoluta

O investidor pode estar pensando: “Ok, entendi o que é benchmark, mas ainda quero entender quanto os meus investimentos estão rendendo de verdade. Como faço?”

Para transformar a rentabilidade em absoluta, basta fazer um cálculo simples de porcentagem:

Vamos considerar um investimento que rende 120% do CDI e que a taxa DI atual é de 9% ao ano.

O cálculo é: 9 * 120/100 = 10,80% ao ano

Para um investimento no mercado de ações, sabemos que um dos benchmarks é o índice Ibovespa, divulgado todos os dias nos principais meios de comunicação, permitindo assim ao investidor comparar com sua carteira de ações.

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