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IOF: entenda como as mudanças afetam seu bolso e suas finanças

Publicado em: 27 de maio de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 13 minutos

Texto de: Time Serasa

Dinheiro, Brasil, Reais, 100 Reais

O Ministério da Fazenda anunciou mudanças importantes no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que entraram em vigor a partir de 23 de maio de 2025. As alterações geram fortes impactos em operações como compras internacionais, remessas para o exterior e empréstimos empresariais e tendem a ter reflexos no orçamento familiar e pessoal dos brasileiros.

Vamos explicar o que mudou, como as alterações influenciam as finanças pessoais e empresariais e apontar caminhos para tomar decisões mais conscientes.

O que é IOF e por que ele mudou?

O Imposto sobre Operações Financeiras é um tributo federal cobrado sobre operações de crédito, câmbio, seguro e investimentos. Ele funciona como uma “taxa” que o operador paga ao governo sempre que realiza determinadas transações financeiras.

Como o IOF funciona na prática

  • Cobrado automaticamente e já incluso no valor final das transações, o imposto incide em diversas operações:
  •  
  • ●     Compras internacionais com cartão de crédito.
  • ●     Remessas de dinheiro para o exterior.
  • ●     Contratação de empréstimos ou financiamentos.
  • ●     Investimentos em certos tipos de aplicações.

Por que o governo federal alterou as regras

As mudanças nas regras do IOF foram implementadas com o objetivo de aumentar a arrecadação federal, com a previsão de gerar R$ 20,5 bilhões adicionais em 2025, contribuindo para cumprir metas fiscais da União.

A reforma também foi gerada com o argumento de reduzir eventuais distorções na cobrança do imposto, harmonizando a tributação entre diferentes tipos de operações financeiras e ajustando as taxas conforme as necessidades econômicas do país.

Principais mudanças do IOF que entraram em vigor em maio de 2025

As alterações focaram principalmente três áreas: operações de câmbio, empréstimos empresariais e investimentos em seguros. Veja cada uma das alterações:

Operações de câmbio e cartão internacional

  • Compras com cartão no exterior e sites internacionais:
  •  
  • ●     Antes: 6,38%, com reduções progressivas até 2022
  • ●     Depois: 3,5% para todas as operações de câmbio realizadas a partir do Brasil

 

  • Compra de moeda estrangeira em espécie:
  •  
  • ●     Antes: 1,1%
  • ●     Depois: 3,5%

 

  • Remessas para conta própria no exterior:
  •  
  • ●     Antes: 1,1%
  • ●     Depois: 3,5%

 

Isso significa que, se você enviar R$ 1.000 para sua conta no exterior, pagará R$ 35 de IOF, comparado aos R$ 11 anteriores.

Empréstimos para empresas

  • Empresas em geral:
  •  
  • ●     Antes: alíquota máxima de 1,88% ao ano
  • ●     Depois: alíquota máxima de 3,95% ao ano

 

  • Empresas do Simples Nacional:
  •  
  • ●     Antes: 0,88% ao ano
  • ●     Agora: 1,95% ao ano

 

Para entender na prática: uma empresa do Simples Nacional que pegar um empréstimo de R$ 10.000 por um ano pagará R$ 16,25 de IOF por mês, em vez dos R$ 7,33 anteriores às mudanças.

Investimentos em VGBL e previdência privada

  • Uma das mudanças mais impactantes foi nos planos de previdência privada:
  •  
  • VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre):
  •  
  • ●     Antes: sem cobrança de IOF para qualquer valor
  • ●     Agora: IOF de 5% para aportes mensais acima de R$ 50.000

 

Segundo o governo, essa mudança afeta 1% da população brasileira e visa “fechar uma brecha de evasão fiscal usada por pessoas de alta renda”.

Como as mudanças no IOF afetam o dia a dia da economia?

Como as alterações do IOF podem impactar as finanças pessoais.

Compras internacionais e viagens

Quem costuma fazer compras em sites internacionais ou viajar para o exterior precisar acompanhar as mudanças:

Compras online internacionais: o IOF de 3,5% continuará sendo cobrado sobre compras com cartão em sites estrangeiros.

Viagens: compras com cartão no exterior, saques internacionais e carregamento de cartões pré-pagos terão IOF unificado em 3,5%.

Exemplo prático: em uma viagem onde você gasta US$ 1.000 (cerca de R$ 5.000), pagará R$ 175 de IOF, além da variação cambial.

Investimentos e previdência privada

A principal mudança ocorre nos planos VGBL para aportes mensais acima de R$ 50.000. Investimentos tradicionais - como poupança, CDB, fundos de renda fixa e ações - não foram impactados pelas mudanças no IOF.

Dicas para reduzir o impacto do IOF no seu orçamento

Embora as mudanças sejam significativas, existem estratégias que podem ajudar a minimizar o impacto do IOF nas finanças pessoais:

Planeje suas compras internacionais

  • ●     Concentre compras: em vez de fazer várias compras pequenas ao longo do mês, planeje e faça uma compra maior para diluir o impacto do IOF.
  • ●     Compare preços: reavalie se realmente vale a pena continuar comprando no exterior considerando o IOF de 3,5% mais o frete e taxas alfandegárias.
  • ●     Aproveite viagens: se você vai viajar, considere fazer compras pessoalmente em vez de sites internacionais.

Avalie suas opções de investimento

●     Diversificação: considere outras opções de previdência privada ou investimentos que não foram afetados pelas mudanças no IOF.

Monitore seus gastos com câmbio

  • ●     Acompanhe o extrato: fique atento aos valores de IOF cobrados em suas operações cambiais para enviar surpresas.
  • ●     Planeje remessas: se você precisa enviar dinheiro para o exterior regularmente, avalie a possibilidade de fazer transferências maiores e menos frequentes.
  • ●     Use cartões específicos: alguns cartões oferecem condições diferenciadas para uso internacional, com menores taxas de IOF.


Leia também | IOF no Cartão de Crédito Internacional: Como Funciona

Perguntas frequentes sobre as mudanças no IOF

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