Afinal, o Open Banking é seguro? Tire suas dúvidas
Entenda por que o Open Banking é seguro e o que você pode fazer para deixar seus dados mais protegidos
Por Lise Brenol
Lançado em 13 de agosto, o sistema de banco aberto, chamado Open Banking, tem promete dar ao correntista o poder sobre os seus dados pessoais e financeiros. Mas, afinal, o Open Banking é seguro? É o que você vai entender agora.
Antes da implementação do sistema, não havia troca de informações entre as instituições financeiras. Com a nova prática, a tendência é que a competitividade aumente, pois o cliente de uma instituição pode compartilhar seus dados com outra para receber uma oferta mais atrativa para um mesmo serviço bancário.
A modalidade serve para o cidadão cotar serviços como empréstimos, financiamentos, consórcios, cartão de crédito e até pacotes de conta corrente em mais de uma instituição e selecionar aquela que lhe for mais conveniente.
O compartilhamento de dados é a segunda fase do Open Banking. Em fevereiro de 2021 foi implementado o Open Data, ou seja, as instituições padronizaram as informações sobre os produtos ofertados. Com esse repositório, é possível saber e comparar taxas praticadas, tarifas, prazos de financiamento, público-alvo dos produtos, entre outros.
O Open Banking é seguro? Sim, por cinco motivos:
1- A LGPD protege os dados do cidadão
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigência desde 2020, traz uma previsão legal de regras e critérios a partir dos quais as empresas e as instituições devem se guiar no tratamento e manipulação de informações dos cidadãos brasileiros.
A norma também estabelece o preceito do consentimento. Isso significa que o cliente deve autorizar a consulta e manipulação de dados específicos para uma determinada finalidade. Ou seja: o Open Banking é seguro para os seus dados porque o poder de decisão de compartilhar informações ou não está com o cidadão.
2- O consentimento é duplo
O Open Banking também é seguro porque o cidadão terá que dar o seu consentimento, ou seja, uma autorização para uma instituição solicitar dados de outra ou compartilhar informações com um banco diferente. Na prática, isso significa que o cliente terá de autorizar duas vezes para o compartilhamento acontecer.
O cliente usará as credenciais de uma instituição para logar na outra, assim será a autenticação em ambas. É a mesma operação que acontece nas mídias sociais, por exemplo. Você já tem um perfil no Facebook, mas quer criar um no Instagram. Ao acessar o aplicativo do Instagram, a tela vai perguntar se você quer logar importando os dados do Facebook. Ao autorizar o login pelo Facebook, você integra os dados. A operação banco A e banco B funciona de forma parecida.
3- O prazo é de no máximo 12 meses
No sistema de banco aberto, o consumidor poderá definir quais dados serão compartilhados e por quanto tempo ficarão no domínio de cada instituição. O prazo máximo será de 12 meses e pode ser interrompido a qualquer tempo pelo titular das informações.
Isso significa que o cliente que possui um financiamento no banco A pode compartilhar as informações com o banco B por três meses. Se em 20 dias ele entender que a opção B não lhe interessa, poderá desautorizar o acesso a qualquer tempo. Doze meses também é o prazo retroativo, ou seja, você pode compartilhar dados do extrato do último ano, mês a mês.
4- Não há banco de dados centralizado
Os dados pessoais e transacionais compartilhados não serão armazenados conjuntamente em uma base de dados acessíveis por todos os bancos. O sistema de banco aberto é uma camada de transmissão, e não de armazenagem.
Portanto, a manipulação dos dados financeiros será responsabilidade das instituições autorizadas pelo consumidor, que seguirão as regras de tratamento e manipulação previstas na LGPD, como consentimento, finalidade e minimização.
Leia também | Os três pontos-chave da LGPD: finalidade, consentimento e minimização
5- O Open Banking é criptografado
O Open Banking é seguro porque cada banco e instituição possui um ambiente com criptografia na transmissão de informações de qualquer tipo.
A criptografia é um código assimétrico que envolve dados conhecidos por duas ou mais partes (número da conta de banco, por exemplo), dados sigilosos conhecidos por apenas uma das partes (senha forte) e dados fechados e não acessíveis por nenhuma das partes envolvidas (códigos de transmissão dinâmicos). E o que isso quer dizer, afinal?
Com esse código, apenas as instituições que precisam de determinados dados terão acesso a eles.
Leia também | O que é criptografia: entenda a chave da segurança digital
Se o Open Banking é seguro, não há nenhum risco, certo? Errado!
A operação Open Banking é segura, mas o cliente deve estar atento para as fraudes financeiras. Os e-mails fraudulentos, as ofertas falsas por mensagem ou ligações e outras tentativas de estelionato devem acontecer com ainda mais frequência a partir da implementação do sistema. Preste atenção para não cair:
O banco não vai pedir cadastramento de dados em formulário ou por telefone;
Acesse o site ou o aplicativo de instituições conhecidas e de confiança;
Nunca repasse código de segurança ou senha para ninguém;
Mantenha o antivírus do seu celular e computadores atualizado;
Na dúvida, não avance no compartilhamento de dados.
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