Brasil figura entre os 10 países com mais registros de cibercrimes no mundo

O primeiro ano de pandemia da COVID-19 impôs desafios e aceleração na transformação digital em diferentes segmentos da vida em sociedade. Na medida em que as atividades econômicas se estabeleciam por meios digitais, as atividades criminosas seguiram a mesma trilha. O impacto na segurança cibernética foi evidente no crescimento de relatos de ocorrências de golpes e fraudes. A percepção empírica foi confirmada pelo relatório Cybersecurity Insights produzido pela empresa NSFocus.

máscara de fraude ilustrando golpes

A pesquisa aponta que grupos de hackers e operadores de phishing e malware em todo o mundo usaram a COVID-19 como um gancho conveniente para ataques de e-mail maliciosos. Os criminosos utilizavam o apelo da pandemia para adicionar informações relacionadas em mensagens de e-mail, documentos ou imagens anexadas, links maliciosos e outros engodos. O objetivo era fisgar as vítimas, roubar dados pessoais, instalar arquivos de espionagem nos computadores e outros fins ilegais.

O relatório referente a 2020 apontou que o Brasil se destacou como localização geográfica de destino dos ataques. O país que ocupava a 15ª posição em 2019 passou à 9ª colocação, atrás da Alemanha e à frente do Reino Unido. Os campeões em foco de ciberataques são a China e os Estados Unidos. Em termos de distribuição geográfica dos endereços IP de destino, a China e os EUA juntos sofreram cerca de 76% dos ataques rastreados pela pesquisa.

Os criminosos brasileiros visam vítimas nacionais na maior parte dos ataques, ou seja, casos de segurança pública interna, somando 55% de ataques de origem e destino dentro do território brasileiro. Os ataques externos ao país também cresceram segundo o relatório, inclusive com alvo em órgãos governamentais e e-commerce. A maior parte dos ataques foram disseminados por campanhas de phishing, distribuição de links maliciosos, que podem acabar provocando ataques de ransomware, ataques, invasão e sequestro a sistemas de empresas e instituições públicas.

Como identificar ataques de phishing e proteger seus dados

Os ataques de phishing são a porta de entrada mais frequente para o cibercrime. As mensagens maliciosas normalmente oferecem um link para clicar e podem alcançar a vítima por e-mail, mensageiros ou mesmo mídias sociais. Ao clicar, a vítima permite involuntariamente a instalação de um arquivo indesejado no desktop ou mesmo o roubo de dados pessoais. Para identificar os ataques e proteger os seus dados ou mesmo a sua organização, esteja atento para as dicas preventivas.

  1. Não clique em mensagens de origem desconhecida que chegam por e-mail ou mesmo pelos mensageiros como whatsapp ou mídias sociais;

  2. No caso do e-mail, confira se o endereço de e-mail corresponde ao nome do remetente. Caso o e-mail não seja de um domínio conhecido tipo @nomedaloja.com.br não abra;

  3. Ao receber um link por mensageiro, mesmo de um contato conhecido, passe o cursor sobre o link para ler a url ou endereço. Não clique se o endereço não for familiar;

  4. Instale um antivírus e certifique que a proteção a ameaças está ativada e atualizada na sua máquina.

Não há proteção e vigilância absolutas, mas a tomada de consciência sobre as ameaças reduz o risco das fraudes se concretizarem. O monitoramento de seus dados pessoais como o CPF é uma das atitudes preventivas, pois ao ser alertado sobre uma movimentação não reconhecida com os seus dados, o usuário pode agir imediatamente. O Serasa Premium rastreia seus dados e alerta sobre movimentações suspeitas. Quem avisa, amigo é!

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