Descubra se o open finance vale a pena em cinco argumentos
O open finance é um sistema aberto para estimular a competitividade entre bancos, seguradoras, fintechs e outras instituições financeiras. Saiba quando vale a pena.
Autor: Marlise Brenol
Publicado em 13 de fevereiro de 2023
O open finance é uma iniciativa do Banco Central do Brasil que tem o objetivo de induzir a inovação nos produtos financeiros ofertados à população brasileira, promover a concorrência entre bancos, fintechs, corretoras, fundos de previdência, cooperativas e empresas de créditos e seguradoras, e ainda melhorar a qualidade da oferta de produtos e serviços.
Os contratos de financiamento e empréstimos, na maior parte das vezes, são de médio e longo prazo. O consumidor fica com o compromisso de honrar os pagamentos por muitos anos. Acontece que nesse meio-tempo a economia muda bastante, e é nesse contexto que se insere o sistema financeiro aberto. Mas o open finance vale a pena?
Esse sistema é possibilitado pela hiperconectividade da internet, que permite a ligação de bancos de dados e informações intercambiáveis, ou seja, que podem ser compartilhados entre os atores financeiros.
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Cinco vantagens atribuídas ao open finance
Os consumidores costumam perguntar: o open finance vale a pena? Isso porque a proposta é nova e ainda há muito desconhecimento sobre o tema.
Controle do titular: uma das principais vantagens do sistema é dar mais autonomia ao titular do contrato. É o cliente que escolhe como e com quem compartilhar os dados financeiros. Esse é um ponto central, pois é preciso autorizar a instituição com a qual tem contrato a ceder as informações para a concorrente. O consentimento é dado à instituição detentora dos dados.
Segurança e privacidade: esse é outro ponto crucial. O compartilhamento dos dados é feito por meio do sistema financeiro nacional, uma camada criptografada de transferência de informações, gerida pelo Banco Central. Não se pode trocar dados dos titulares fora do sistema. Por isso, o BC afirma que o processo é 100% digital e realizado dentro de ambiente seguro.
Simples e prático: caso o titular queira cotar taxas e condições de um contrato em outra instituição financeira que não a que se relaciona atualmente, poderá fazer tudo online pelo aplicativo dos prestadores de serviço ou pelo internet banking na web. Os requisitos de entrada e autorização são as chaves de segurança de acesso ao ambiente financeiro que o cliente já tem o hábito de frequentar. Por isso, o processo é considerado simples e prático.
Sem custo: o titular dos contratos de crédito, financiamento e seguro não terá nenhum custo para compartilhar e cotar a portabilidade de contratos. O BC é categórico: o cliente agora é o dono dos dados e o Sistema Financeiro Aberto proporciona a ele o direito de compartilhar gratuitamente suas informações com a empresa que desejar.
Mais barato: a vantagem principal de utilizar esse sistema e receber propostas de instituições diversas é a negociação de taxas e juros. A possibilidade de levar o contrato de um banco para outro dá ao titular o poder de barganha para conseguir condições financeiramente melhores e fechar um contrato mais barato.
Saiba como funciona o open finance na prática
Vamos a um exemplo: um cliente antigo de um banco tradicional decide contratar um empréstimo em uma fintech. Para receber uma oferta de juros e taxas compatíveis com o histórico de crédito ou mesmo negociar a portabilidade do contrato de crédito de muitos anos, o cliente opta por aderir ao open finance. Afinal, quanto mais informações, mais justa e precisa poderá ser a análise de crédito.
O processo não requer acesso nem download de novo aplicativo. Basta entrar no aplicativo do banco de origem, clicar em open finance ou open banking no menu e autorizar o compartilhamento de dados financeiros com a fintech com a qual a negociação está evoluindo.
No banco, após a solicitação vêm as seguintes etapas: consentimento, autenticação, confirmação e efetivação. A primeira etapa depende da ação do interessado que entrará no aplicativo e ativará a solicitação de compartilhamento.
Depois é preciso entrar no ambiente da fintech e autenticar uma conta ou cadastro para avançar à etapa de confirmação do compartilhamento. A etapa da efetivação ocorre quando os dados já foram compartilhados e a instituição de destino pode iniciar a negociação de propostas com base nas informações acessadas.
Portanto, a adesão ao open finance é por iniciativa do titular dos dados. O tempo de compartilhamento pode ser limitado. No exemplo do empréstimo solicitado à fintech, o cliente pode decidir que divide as informações por 30 dias até que a proposta seja feita.
Nesse período, a instituição pode ofertar outros serviços e produtos com taxas e juros menores. A redução de tarifas e taxas de juros torna as negociações mais vantajosas para os clientes, pois a competitividade entre instituições tende a aumentar a oferta de bons negócios.
O open finance tem respaldo legal?
Sim! É importante salientar que o compartilhamento dos dados só pode ser feito com o consentimento do titular e para a finalidade específica, como previsto na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O processo no sistema financeiro nacional pode ser feito todo digital e online com a garantia da segurança de dados pelo Banco Central.
Mesmo assim, é preciso ter atenção com ofertas que surjam sem solicitação do titular. Caso não haja o consentimento para ofertar dados de contrato de empréstimo ou financiamento, por exemplo, as demais instituições não podem ter acesso. Portanto, se algum contato com oferta de condições melhores for feito sem a solicitação, desconfie de golpe.
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