Dicas para quem busca segurança nas compras de Natal pela internet
As compras de Natal pela internet facilitam cada vez mais a vida do consumidor, mas exigem atenção redobrada para identificar ofertas seguras e eficientes.
Autor: Marlise Brenol
Publicado em 08 de dezembro de 2022
Com as agendas cada vez mais apertadas no período de fim de ano, a opção de escolher os presentes natalinos no e-commerce cresce, mudando os hábitos e gerando cuidados especiais para não cair em golpes de compras de Natal.
O último Relatório Webshoppers da Ebit Nielsen revela que o e-commerce seguiu um crescimento contínuo no primeiro semestre de 2022, com alta de 6%, depois de atingir o maior patamar histórico de crescimento de vendas em 2021.
Pesquisa de intenção de compras realizada pelo Instituto Opinion Box em parceria com a empresa de tecnologia All In, no final do ano passado, confirmou o crescimento do Papai Noel online. A maioria dos consumidores ouvidos pela pesquisa pretendia usar a facilidade dos canais digitais pelo comparar os preços e avaliar a possibilidade de compra. A preferência é a seguinte:
• sites de marketplaces: 44%;
• aplicativos de marketplaces: 39%;
• sites de pesquisa: 37%;
• sites de lojas específicas: 31%;
• aplicativos de lojas específicas: 25%;
• Instagram: 19%;
• sites de cupons: 14%.
Chama a atenção que somente 36% dos respondentes pretendiam pesquisar e comprar em loja física. Essa realidade digital também é de conhecimento dos golpistas, que se aproveitam do clima agitado, carregado de emoção e calor humano no período de fim de ano, para aplicar golpes.
Leia também I Como fugir dos golpes nos marketplaces
Como escapar dos golpes das compras de Natal
Quanto mais as compras migram das lojas físicas para os espaços de internet, mais os cibercriminosos aperfeiçoam os golpes das compras de Natal. Apesar de a estratégia de enganar os consumidores e cometer fraudes ser a mesma em todos os anos, as táticas mudam e se aperfeiçoam.
A abordagem dos golpes utiliza linguagem persuasiva para convencer as vítimas a clicar em um site falso, baixar um arquivo malicioso, preencher um cadastro fake, colocando login e senha na mão de criminosos de primeira viagem ou quadrilhas especializadas.
Para realizar as compras com segurança, praticidade e eficiência no Natal, é preciso proteger os dados financeiros, saber de quem está comprando e não clicar em qualquer link que chega por e-mail ou mensagem. Veja as dicas:
Nas compras online, é preciso proteger os dados financeiros
Caso opte por pagar em cartão de crédito, use o número do cartão online, que tem o código de verificação temporário e atribui mais segurança em relação à tarjeta física. Se fizer por Pix, tenha certeza de que a operação do aplicativo está protegida. Ative a proteção do aplicativo da instituição com reconhecimento facial, senha biométrica ou qualquer outro método oferecido.
Além disso, siga os passos recomendados pela Febraban para proteger as informações financeiras:
• Jamais empreste senha para ninguém, nem amigo, nem família.
• Se for fazer uma compra online, verifique se o site tem certificado de segurança, cadeado na URL e o “s” depois do http. Lembre-se, o site seguro começa com https.
• Somente baixe os aplicativos oficiais de e-commerce nas lojas de aplicativos Google Play e App Store.
• Se decidir efetuar a compra online, opte pelo pagamento em cartão online. O cartão online é um recurso que as operadoras de crédito oferecem para compras únicas. O código de segurança vai mudar com frequência. Assim, se os dados financeiros vazarem, os criminosos não poderão realizar as transações.
- Nas negociações em mensageiros e em mídias sociais, saiba a origem do perfil
Os sites de redes sociais se transformaram em espaços de mídia e de comercialização. Entre um post de amigo ou uma mensagem de trabalho no WhatsApp o consumidor recebe uma oferta de produto à venda. A promoção parece ótima e ele decide fazer uma compra por ali mesmo. Parece “mais prático e mais rápido”.
Porém, o golpe do falso perfil de mídias sociais tem sido muito comum e cada vez mais difícil de ser identificado. Só no Instagram há pelo menos três tipos de golpes circulando. Acontece ainda de os criminosos imitarem o site de uma empresa autêntica ou criarem uma loja fantasma para roubar os dados das vítimas.
Para não cair nos golpes digitais, a regra é desconfiar e buscar a certificação da origem da oferta, além de seguir as dicas:
• Conferir se o perfil é verdadeiro, se tem canais de atendimento ativos, telefone, chats etc. No WhatsApp, acesse os dados da empresa e confira as informações, nas mídias sociais, confira as informações de contato, site e endereço.
• Se você se interessar pelo produto, pesquise a loja para ver se ela é confiável. Verifique quanto tempo a loja possui no mercado.
• Pesquise nos sites de reclamação dos consumidores como o Reclame Aqui.
• Puxe conversa com o anunciante e avalie a autenticidade e fluência no atendimento.
• Na dúvida, não avance!
Saiba a origem do link antes de clicar
Entre um e outro e-mail ou mensagens de grupos no celular, chegam aqueles links de origem desconhecida. Mesmo quando enviado por um conhecido do grupo, não significa que o destino do link seja seguro. Pelo contrário, como os golpes fazem apelos persuasivos, muitos consumidores, convencidos do bom negócio, repassam o golpe. Na dúvida, pergunte ao amigo que enviou se ele confia e conhece o remetente.
No e-mail é preciso desconfiar de apelos de urgência, promoções imperdíveis, atraso, escassez, característicos da estratégia de phishing. Esse tipo de mensagem tem no corpo do texto links maliciosos que direcionam o usuário para sites falsos ou baixam automaticamente arquivos que podem danificar a máquina ou instalar softwares espiões.
No caso de receber um e-mail com uma oferta de Natal ótima e ficar em dúvida se é verdadeiro, a primeira dica é verificar o endereço do remetente. Um e-mail original de empresa possui depois da @ o domínio oficial da empresa contas@dominiooficial.com.br.
Confira também se no corpo do texto há canais de contato e, se houver, opte pela confirmação por outro meio antes de prosseguir. Os erros de português na mensagem também são um indicativo suspeito, pois grandes empresas possuem filtros de qualidade e padronização de mensagens e dificilmente vão deixar escapar erros grosseiros.
Ao seguir as dicas, as compras online de final de ano podem ser um ótimo negócio.
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Há casos nos quais o monitoramento da situação do CNPJ e CPF podem ajudar no controle da vida financeira das pessoas físicas, pois, caso o consumidor tenha caído no golpe da compra de Natal ou outro e as irregularidades sejam detectadas antecipadamente, será possível agir para evitar danos maiores.
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