Fuja de ciladas: conheça os golpes de viagem mais comuns

O período de férias em um destino diferente costuma deixar a pessoa mais relaxada e aberta a interações com estranhos, mas é preciso cuidado para não cair em golpes de viagem.

homem no aeroporto com mala olhando para telão


Autor: Marlise Brenol

Publicado dia 08 de dezembro de 2022

Viagens de férias geralmente deixam as pessoas mais relaxadas e, portanto, mais suscetíveis a cair em golpes. Os criminosos aproveitam o momento de relaxamento e desatenção para enganar, tirar vantagem ou mesmo roubar documentos, cartão de crédito e até o aparelho celular. Neste artigo confira o que fazer para não cair em golpes de viagem.  

São diversas técnicas utilizadas por golpistas com o objetivo de obter vantagem, em especial roubar dinheiro, cartão ou telefone. Não são táticas de violência física ou abordagem agressiva. Pelo contrário, as vítimas demoram a acreditar que foram ludibriadas porque a conversa é simpática, animada e amistosa. Conheça os golpes mais aplicados.  

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Os golpes mais comuns contra viajantes

  • Golpe do táxi  

O turista desembarca no destino com a descrição do endereço em que vai se hospedar. Sem conhecer a cidade, opta por pegar um táxi que o levará com malas e tudo diretamente a um lugar seguro. Porém, nem sempre será assim. Na maioria dos casos, os motoristas de táxis e outros tipos de transporte como os de aplicativos são simpáticos com turistas, dão dicas sobre a cidade, restaurantes e pontos turísticos.  

Há, porém, aqueles que vão tentar se aproveitar da distração do viajante e aplicar golpes conhecidos: taxímetro adulterado, troco errado, notas falsas e, em casos extremos, mudanças de rota e roubo de bagagens.  

Como evitar:  

Acerte o transporte com antecedência e tenha uma pessoa de confiança esperando no destino.  

Se optar por táxi, exija que o motorista ligue o taxímetro na sua frente. Evite fornecer informações pessoais ao motorista.  

Acompanhe o trajeto pelo GPS do telefone para ver se o caminho escolhido está de acordo com o mapa.  

Somente pague a corrida após tirar todas as bagagens do porta-malas. 

  • Golpe da generosidade 

O turista está chegando à hospedagem de táxi e logo vem aquele residente local simpático que oferece ajuda para carregar as malas. A pessoa que “só quer ajudar” aparece também quando o turista está procurando um endereço e precisa de informação, quando olha uma vitrine na rua ou no shopping, Normalmente o generoso está a “trabalho”. Pode acontecer de ele realmente ser funcionário de uma empresa em busca de clientes, mas às vezes a ajuda acaba em extorsão de dinheiro.  

Após a oferta de ajuda, o golpista exigirá um pagamento em dinheiro ou a compra de algo como retribuição ao favor. A situação costuma envolver constrangimento ao turista, que, em caso de países estrangeiros, muitas vezes nem entende bem o idioma local.  

O prejuízo costuma ser em pequenas quantias, já que o turista resolve entregar o dinheiro para não se incomodar. Porém, acontece de haver situações mais perigosas, quando o golpista oferece ajuda em caixas eletrônicos, lojas de câmbios ou outras transações financeiras.  

Como evitar

• Consulte o Google em caso de dúvida: não há necessidade de abordar uma pessoa na rua ou aceitar ajuda aleatória em local desconhecido. 

• Agradeça com segurança: não fique intimidado(a) pela oferta, seja firme em negar a ajuda e siga o seu caminho. 

Golpe do falso fotógrafo

Pessoas que viajam sozinhas ou em casal enfrentam uma dificuldade: tirar fotos com a paisagem local enquadrada. Nesses casos, uma ajudinha sempre cai bem. Porém, é preciso ter muito cuidado. Há diversos destinos nos quais criminosos se oferecem a gentilmente sacar uma foto e levam a câmera embora.  

A situação piora se o turista está usando smartphone como câmera fotográfica. Nesse caso, o furto do telefone pode gerar transtornos financeiros, de comunicação, identificação, logística e tudo mais, já que o aparelho ajuda a cumprir todas essas funções na viagem.   

Como evitar

  • Compre um tripé ou bastão de selfie com cabo extensor para ganhar distância e poder enquadrar a paisagem.  

  • Não empreste o aparelho fotográfico nem peça ajuda a estranhos. 

  • Em último caso, faça selfies e fotos de paisagens e depois monte um álbum bem bonito combinando os dois tipos de enquadramento. 

Golpe do aluguel de transporte

Dependendo do destino, o turista é tentado a alugar um meio próprio de deslocamento, como carro, moto, buggy, bicicleta. A proposta é boa para quem gosta de decidir o próprio itinerário, sem depender da prestação de serviço de terceiros. O problema acontece quando a escolha do prestador de serviço for errada.  

O golpe consiste no aluguel regular do meio de transporte, porém, quando houver a devolução, o prestador passa a cobrar por arranhões e defeitos pré-existentes, como se fossem novos. O prejuízo acaba sendo grande, pois o turista não consegue provar que não provocou o dano.  

Como evitar:  

• Busque referência do prestador de serviço no Google ou no hotel e hospedagem. 

• Avalie a reputação da locadora em sites de consumidor. 

• Leia com atenção o contrato antes de assinar. 

•  Pague o seguro que cobre acidentes e intempéries. 

Golpe da falsa rede wi-fi

É comum os viajantes ficarem sem acesso à internet, em especial no exterior. Por isso é preciso saber qual rede de internet é segura. Muitas opções abertas podem ser uma porta de entrada para roubo de dados pessoais e financeiros. Mas há ainda outro risco: de acessar uma rede mediante cadastro. Se não for a rede do hotel ou de um restaurante recomendado, evite. O link para o cadastro pode ser a porta de entrada os criminosos.  

Como evitar:  

• Tenha o próprio chip de internet ou modem móvel. 

• Caso precise de wi-fi, opte pelas redes de restaurantes e estabelecimentos de confiança.  

Leia também I Entenda as vantagens de ser assinante Premium.  

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Em todos os casos de golpe de viagem, os criminosos buscam roubar dinheiro ou obter vantagem do turista. Há sempre o risco de em um destino desconhecido o turista entrar em situação de risco de dano financeiro. Há casos nos quais o monitoramento da situação do CNPJ e CPF podem ajudar no controle da vida financeira das pessoas físicas, pois caso o consumidor caia no golpe de viagem ou outro e as irregularidades sejam detectadas antecipadamente é possível agir para evitar danos maiores.  

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