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Guia para deixar a internet segura para crianças

Saiba como proteger e ensinar as crianças a terem uma experiência mais segura na internet.

Publicado em: 21 de fevereiro de 2025

Categoria Segurança na internetTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Três irmãos mestiços felizes relaxando juntos no chão do salão enquanto usam um tablet digital. Três crianças jogando em um dispositivo digital em casa

Atualmente, garantir uma internet segura para crianças se tornou uma preocupação essencial para pais e responsáveis.

O acesso cada dia mais precoce à web e às redes sociais traz riscos, como a exposição a conteúdos inadequados, cyberbullying e contato com pessoas mal-intencionadas.

Proteger as crianças no ambiente virtual é fundamental para garantir o seu bem-estar e desenvolvimento saudável. Neste artigo, abordamos estratégias eficazes para orientar e monitorar o uso responsável da internet.

Assista | Dia da Internet Segura: aprenda a proteger seus dados

A importância da segurança online para crianças

  • Ensinar as crianças a se proteger na internet é altamente necessário, visto o crescimento do acesso precoce e as ameaças que elas podem encontrar ou serem expostas, sendo os principais:

  • ●     Exposição a conteúdos inapropriados: acessar materiais violentos, pornográficos ou que promovem comportamentos prejudiciais impactam negativamente a saúde mental e emocional das crianças.
  • ●     Cyberbullying e assédio online: os jovens podem ser vítimas de intimidação, humilhação ou ameaças, o que pode gerar ansiedade, depressão e, em casos extremos, suicídio.
  • ●     Contato com estranhos e Grooming: as plataformas sociais podem ser usadas por indivíduos mal-intencionados para aliciar menores, resultando em situações de abuso ou exploração sexual.
  • ●     Roubo de informações pessoais: por ingenuidade, as crianças podem compartilhar dados sensíveis, favorecendo fraudes ou roubos de identidade.

Dados sobre a utilização da internet pelas crianças

Em 2024, a pesquisa TIC Kids Online Brasil, desenvolvida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) entrevistou 2.424 crianças e adolescentes.

  • Os principais resultados indicam que:

  • ●     83% das crianças e adolescentes com acesso à internet possuem perfis em redes sociais, mesmo com as plataformas informarem que não aceitam usuários com menos de 13 anos.
  • ●     29% das crianças entre 9 e 17 anos relataram ter enfrentaram situações incômodas nas redes sociais.
  • ●     Das crianças na faixa etária de 9 a 17 anos, 93% são usuários de internet no Brasil.
  • ●     30% dos entrevistados tiveram contato com alguém que não conheciam pessoalmente através da internet.
  • ●     Ao todo, os sites e redes sociais mais acessados pelo público infanto-juvenil são WhatsApp (71%), YouTube (66%), Instagram (60%) e TikTok (50%).

Como evitar golpes online direcionados a crianças

A internet oferece muitas diversões para os pequenos, mas também pode ser um lugar perigoso. Os golpes online se sofisticam e podem ter consequências graves para a família.

  • Confira as práticas para garantir uma experiência digital segura para as crianças:

  • ●     Eduque sobre informações pessoais: oriente a criança a não compartilhar dados pessoais sensíveis, como endereço, número de telefone, nome da escola e senhas em plataformas online e para desconhecidos.
  • ●     Configure o controle parental: utilize as ferramentas de controle parental dos aplicativos e redes sociais para restringir o acesso a conteúdo inadequado e monitorar as atividades online da criança.
  • ●     Oriente sobre Phishing: explique que são mensagens fraudulentas que tentam obter informações pessoais e que não se deve clicar em links suspeitos.
  • ●     Supervisione o uso de redes sociais: acompanhe as atividades da criança e garanta que ela interaja apenas com pessoas conhecidas.
  • ●     Verifique a autenticidade de sites e aplicativos: ensine como reconhecer páginas seguras, observando sinais como “https://” no campo de endereço do navegador.
  • ●     Evite downloads não confiáveis: o ideal é instalar apenas jogos oficiais e que estão na loja de aplicativos oficial do dispositivo. Alerte sobre links suspeitos e os jogos que prometem ganho de dinheiro.
  • ●     Tenha atenção com compras online: o ideal é que as compras sejam realizadas pelos pais ou responsáveis e não pela criança sozinha.

Ferramentas para proteger dispositivos usados por crianças

  • Existem diversas ferramentas que ajudam a aumentar a proteção digital para os pequenos. Os sistemas operacionais Windows, macOS, Android e iOS possuem configurações de controle parental que permitem:

  • ●     Bloquear sites, aplicativos e jogos;
  • ●     Limitar o tempo de uso do dispositivo e de aplicativos;
  • ●     Filtrar conteúdo.

  • Aliado às configurações de controle parental nativas dos dispositivos, também há ferramentas que reforçam a segurança online infantil. Separamos alguns exemplos:

  • ●     Qustodio, Norton Family e Kaspersky Safe Kids: softwares especializados que permitem controlar o tempo de tela, bloquear sites e aplicativos, monitoras as atividades nas redes sociais, filtrar conteúdo e apresentar relatórios sobre o uso da internet.
  • ●     OpenDNS FamilyShield e SafeDNS: ferramentas que filtra o acesso a sites com conteúdo adulto, violento ou improprio para crianças.
  • ●     Extensões de navegador: bloqueiam anúncios, pop-ups e sites com conteúdo impróprio. Apenas instale os que são certificados pelo navegador.
  • ●     Google Family Link, OurPact e Mobicip: exemplos de aplicativos de monitoramento para aumentar a segurança de celular e tablet. Também permitem controlar tempo de tela, bloquear aplicativos e monitorar a atividade online.

Dicas para ensinar boas práticas de navegação para os pequenos

Para ensinar e incentivar boas práticas de navegação para as crianças:

  1. Mantenha o diálogo aberto

    Incentive a criança a compartilhar suas experiências e dúvidas para criar um ambiente de confiança. Assim, será mais fácil o relato de uma situação desconfortável, caso ocorra.

  2. Estabeleça regras claras

    Defina horários específicos para o uso de dispositivos e limite o tempo de tela. O ideal é haver um equilíbrio entre as atividades online e offline.

  3. Ensine sobre privacidade e segurança

    Explique a importância de não compartilhar informações pessoais em sites públicos e com desconhecidos.

  4. Oriente sobre interações online

    Instrua a criança a ser respeitosa nas interações digitais, a reconhecer comportamentos inadequados e informar ao adulto responsável quando se sentir ameaçada ou desconfortável.

  5. Promova o pensamento crítico

    Ensine a criança a questionar a veracidade das informações encontradas online e a reconhecer possíveis fraudes ou conteúdos enganosos.

O papel dos pais no monitoramento no uso da internet

É importante que os pais reconheçam a internet como um espaço público virtual, que requer o mesmo nível de vigilância que outros ambientes frequentados pelas crianças.

Os pais devem adotar uma abordagem que equilibra supervisão e educação sobre a internet para preparar os filhos para utilizarem a tecnologia de modo responsável. 

Consequências da falta de controle parental

Sem orientações claras, as crianças ficam vulneráveis a influências negativas e comportamentos perigosos, além da chance de desenvolverem dependência digital.

Ainda, a falta de diálogo sobre segurança digital impede que os jovens reconheçam e relatem situações ameaçadoras, o que dificulta a realização de intervenções preventivas.

Conheça o Serasa Premium e proteja seus dados pessoais online

Educar sobre proteção digital e adotar medidas para proteger os dispositivos e a experiência da criança na internet são ações importantes para garantir a segurança de dados pessoais.

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