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DIRPF: o que é e como funciona?

Entenda o que é DIRPF e qual a importância de fazê-la corretamente e dentro do prazo.

Publicado em: 13 de maio de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 11 minutos

Texto de: Time Serasa

Smartphone com o logotipo da Receita Federal - Meu Imposto de Renda na tela. Declaração de Imposto de Renda no Brasil.

A DIRPF é uma obrigação importante de grande parte dos contribuintes brasileiros e pode influenciar também no acesso ao crédito e a vida financeira. Saiba o que é DIRPF e qual a importância de fazê-la corretamente e dentro do prazo.

Assista | Erros mais comuns na declaração do Imposto de Renda - Serasa Ensina

O que é a DIRPF?

DIRPF é a sigla para Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. Esse documento serve para comprovar quais os ganhos e as despesas dedutíveis o cidadão teve ao longo do ano e verificar se ele precisará pagar mais impostos sobre a renda ou, até mesmo, receber uma restituição caso tenha pago acima do necessário.

Para isso, a declaração do Imposto de Renda é uma obrigação de grande parcela da população, definida a partir da renda e de outros critérios. Quem é obrigado a declarar precisa cumprir esse compromisso anualmente, dentro dos prazos estabelecidos pela Receita Federal.

A DIRPF ajuda na arrecadação de tributos através da chamada tributação direta. Com o Imposto de Renda, o Governo Federal faz investimentos em setores como saúde, educação e segurança.

Quem deve declarar a DIRPF?

Existem diversos grupos que precisam declarar a DIRPF no Brasil e algumas exceções. Confira, a seguir, quem se encaixa em cada um desses casos.

Quem é obrigado a declarar DIRPF:

  • Está obrigado a entregar a declaração DIRPF em 2025 a pessoa que:

  • ●      recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024, como salários, distribuição de lucros, pensões, aluguéis e rendimentos de ações judiciais, por exemplo;
  • ●      recebeu rendimentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil, que são aqueles que não geram lucro, como seguro-desemprego, rendimentos da caderneta de poupança, indenização de seguro por roubo e ajuda de custo fornecido pelo empregador (como alimentação, transporte e uniformes);
  • ●      trabalha no campo e recebeu uma renda bruta acima de R$ 169.440 em 2024;
  • ●      investiu qualquer valor em bolsas de valores, mercado de capitais ou similares;
  • ●      tem bens móveis ou imóveis em seu nome, como propriedade ou posse, com valor superior a R$ 800 mil;
  • ●      vendeu imóvel residencial e usou o recurso para compra de outra residência para moradia;
  • ●      morava fora do país e retornou para casa em 2024.

Quem não precisa declarar a DIRPF

  • Existem exceções e casos de isenções que dispensam a pessoa de fazer a declaração DIRPF. São eles:

  • ●      pessoas que não se enquadrem em nenhuma das situações citadas como obrigatórias;
  • ●      aqueles que constarem como dependente em declaração de outra pessoa. Se o dependente tiver rendimentos, bens e direitos, é preciso que eles tenham sido informados seus rendimentos na declaração;
  • ●      quem já teve seus bens e direitos declarados pelo cônjuge ou companheiro, desde que o valor total dos seus bens privativos não seja maior que o limite em 31 de dezembro.

  • Mesmo que não seja obrigada, qualquer pessoa pode enviar a declaração, desde que não conste em outra declaração como dependente. Alguém que não é obrigado, mas trabalha como CLT e teve imposto sobre a renda retido na fonte, pode enviar a declaração para conseguir ter a sua restituição.

Qual a renda mínima exigida para declarar a DIRPF?

Confira quais são os limites de valor em cada tipo de renda que obrigam à entrega da declaração:

Motivo Limite
Rendimentos tributáveis R$ 33.888,00
Rendimentos isentosR$ 200.000,00
Receita bruta da atividade ruralR$ 169.440,00
Bens e direitos R$ 800.000,00
Operações em bolsa R$ 40.000,00

No caso dos rendimentos isentos, a Receita informa que são considerados os rendimentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte.

Documentos necessários para declarar a DIRPF

  • Para fazer a declaração, é preciso saber as informações corretas de cada renda ou despesa dedutível. Porém, para o caso de cair na malha fina e precisar apresentar alguma informação à Receita Federal, é recomendável guardar documentos como:

  • ●      Informes de rendimento.
  • ●      Comprovantes de despesas dedutíveis.
  • ●      Documentos que comprovem compra e posse de bens e propriedades.
  • ●      Documentos pessoais como RG ou CPF válidos.
  • ●      Documentos de dependentes.
  • ●      Certidão de casamento ou comprovante de união estável, no caso de declaração conjunta.

Como preencher a DIRPF? Passo a passo

Para preencher a DIRPF, o cidadão precisa acessar o sistema da Receita Federal, pela web ou através do aplicativo ou, ainda, baixando o programa em seu computador.

Tendo escolhido a forma de acesso, confira como fazer a declaração, neste passo a passo:

  1. acesse o sistema ou baixe o programa;

  2. escolha a declaração do ano atual (lembrando que as informações serão referentes aos rendimentos do ano anterior);

  3. escolha se quer fazer a declaração pré-preenchida ou começar uma do zero;

  4. reúna documentos que comprovem as despesas e rendimentos e mantenha-os para o caso de precisar comprovar algo à Receita;

  5. com os dados de despesas e ganhos em mãos, preencha as informações que devem ser declaradas, incluindo bens e rendimentos;

  6. inclua também gastos que tiver tido e que podem ser deduzidas, diminuindo assim o valor total do imposto que o contribuinte precisa pagar;

  7. inclua dados e gastos de dependentes, como filhos, se tiver;

  8. ao final, o sistema vai apontar como deve ficar a situação do contribuinte se ele optar pelo formato de declaração simplificada ou completa;

  9. escolha entre os dois modelos: simplificada e a completa;

  10. envie à Receita Federal;

  11. acompanhe o processamento da declaração para verificar a situação da entrega.

  12. se a situação da declaração indicar que está retida em malha, consulte as pendências;

  13. se for o caso, corrija as informações enviando uma nova declaração (retificadora).

Dicas para evitar erros no preenchimento da DIRPF

  • Para evitar erros no preenchimento da declaração de Imposto de Renda, veja algumas dicas:

  • ●      Confira todos os informes de rendimento: pegue os informes do banco, do empregador, de investimentos, e o extrato para imposto de renda do INSS (se for o caso). Qualquer valor divergente pode acusar erro na hora de a Receita cruzar os dados com as informações que já tem em sua base.
  • ●      Atualize os dados dos dependentes: verifique se CPF, nome completo e data de nascimento dos dependentes estão certos e aproveite para incluir as despesas deles.
  • ●      Cuidado ao lançar despesas dedutíveis: só lance gastos com saúde, educação ou pensão alimentícia se tiver comprovantes válidos para o caso de precisar apresentá-los à Receita.
  • ●      Escolha o modelo de declaração ideal (simplificada ou completa): faça simulações nos dois modelos e confira no próprio sistema qual dos modelos apresenta mais vantagens. Às vezes, o completo traz mais deduções, mas, em outros casos, a simplificada é melhor.
  • ●      Revise tudo antes de enviar: um passo importante é revisar com calma as informações. Assim, é possível evitar que um erro de preenchimento cause problemas posteriores com o fisco.

Prazos para enviar a DIRPF e consequências de atrasos

A cada ano há uma data-limite para enviar a declaração, divulgada pelo Governo Federal. Neste ano, o prazo para entregar a Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) de 2025 é o último dia útil do mês de maio, dia 30 (sexta-feira).

Consequências de atrasar a DIRPF

  • A entrega da declaração é obrigação de contribuintes que ganham acima do valor de isenção. As consequências para quem atrasar ou deixar de enviar a DIRPF variam entre multas e pendências cadastradas no seu CPF.

  • ●      Multas e juros: quem enviar após o prazo terá cobrada a Multa por Atraso na Entrega de Declaração (MAED).
  • ●      CPF pendente de regularização: enquanto não entregar a declaração, a pessoa fica com seu CPF na situação "pendente de regularização".

Como consultar o status da sua declaração DIRPF?

Mesmo após o envio, é possível acompanhar o status da sua declaração deste ano e de anos anteriores em uma espécie de extrato de Imposto de Renda.

  • Para consultar, siga o passo a passo:

  • ●      acesse o site Meu Imposto de Renda ou o aplicativo da Receita Federal;
  • ●      faça login com seus dados do portal gov.br;
  • ●      procure por Declarações do IRPF;
  • ●      encontre o IRPF do ano que deseja consultar. Por exemplo: IRPF 2024.
  • ●      ao lado do IRPF do ano escolhido, deve constar o status da declaração. Por exemplo: ‘Não entregue’, ou ‘Processada.
  • ●      se tiver entregado e quiser saber em qual etapa está a restituição, clique no ano escolhido;
  • ●      no final da tela, confira o ‘histórico de eventos’, que deve explicar a data na qual cada etapa seu IRPF passou ou está passando. Por exemplo: “27/05/2024 14:19:36 - Recepção de declaração”; “27/05/2024 22:56:27 - Aguardando momento para o pagamento da restituição”.


É importante acompanhar este status já que, caso tenha caído na malha fina, o contribuinte pode precisar apresentar comprovantes e documentos para conseguir liberar sua restituição, mesmo que seja em um lote residual do Imposto de Renda.

Benefícios de declarar a DIRPF corretamente

  • Além de ser obrigatório para grande parte da população, declarar corretamente a DIRPF pode trazer benefícios como:

  • ●      Evita cair na malha fina: quando a declaração é entregue corretamente, o contribuinte evita preocupações ou dificuldades em relação à malha fina da Receita. E, mesmo que for chamado por algum motivo, fica fácil comprovar renda e despesas.
  • ●      Recebe a restituição mais rápido (se tiver direito): a restituição de renda, valor que o governo devolve aos contribuintes que pagaram acima do necessário, é feita de acordo com alguns critérios. Um deles é justamente a ordem de entrega, por isso, quanto antes enviar, melhor.
  • ●      Facilita financiamentos e empréstimos: instituições financeiras podem usar a declaração como um comprovante de renda. Por isso, ter o documento em dia e com dados corretos pode ajudar o consumidor a conseguir abrir um conta ou mesmo requisitar um crédito.
  • ●      Regulariza sua situação com a Receita Federal: lembre-se de que não declarar pode fazer com que seu CPF seja considerado com ‘pendência de regularização’.

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