IOF: o que é, como calcular e quem paga em 2025
IOF: o que é, como calcular e quem paga em 2025Data de publicação 30 de outubro de 202510 minutos de leitura
Atualizado em: 17 de outubro de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 15 minutosTexto de: Time Serasa
No Brasil, o Imposto de Renda segue um modelo com faixas de renda que apontam o valor com que cada pessoa deve contribuir ou se ela está isenta. Em outubro de 2025, a Câmara dos Deputados aprovou novas regras que ampliam a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 e criam descontos progressivos para quem ganha até R$ 7.350.
Entenda, a seguir, o funcionamento do Imposto de Renda progressivo, veja como as alíquotas aumentam conforme a renda do contribuinte e como as novas regras aprovadas impactam nas finanças pessoais.
O Imposto de Renda progressivo é baseado na capacidade contributiva de cada um e, por isso, existe uma tabela progressiva que estabelece alíquotas maiores para rendas mais altas.
Essa progressividade tributária é caracterizada pelo aumento da alíquota do imposto conforme cresce a base de cálculo. No caso específico do Imposto de Renda, a progressão ocorre à medida que aumenta a renda do contribuinte. A alíquota sai de zero até atingir 27,5%.
O sistema progressivo significa que diferentes partes da sua renda são tributadas em percentuais diferentes. Quem ganha mais não paga a alíquota máxima sobre todo o salário — apenas sobre a parte que ultrapassa cada faixa.
Exemplo simples:
Isso garante que quem ganha menos pague proporcionalmente menos imposto.
O Imposto de Renda progressivo funciona por meio da aplicação de faixas de renda e alíquotas que o governo federal estabelece. A partir destes valores de renda, a pessoa saberá se está isenta ou se precisa contribuir e declarar o IR.
Essa renda, seja de aposentadoria e INSS ou através de um trabalho formal, muitas vezes já tem o desconto direto na fonte. O valor descontado também é processado pelo sistema de declaração do Imposto de Renda. Se os descontos tiverem sido maiores do que o valor de imposto devido, a Receita Federal faz a restituição por lotes de Imposto de Renda, ou em lotes residuais, que devolvem os valores aos contribuintes.
Atualmente, a isenção vale para quem tem renda mensal de até R$ 2.259,20. Além disso, existe um desconto simplificado de R$ 564,80 que estende a isenção para quem recebe até R$ 2.824 (equivalente a dois salários-mínimos).
| Base de cálculo | Alíquota | Dedução |
|---|---|---|
| Até R$ 26.963,20 | 0% | - |
| De R$ 26.963,21 até R$ 33.919,80 | 7,5% | R$ 2.022,24 |
| De R$ 33.919,81 até R$ 45.012,60 | 15% | R$ 4.566,23 |
| De R$ 45.012,61 até R$ 55.976,16 | 22,5% | R$ 7.942,17 |
| Acima de R$ 55.976,16 | 27,5% | R$ 10.740,98 |
Importante: a Receita Federal explica que o desconto simplificado é opcional. Por isso, quem tem direito a deduções maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com educação e saúde, não precisa se preocupar.
As novas regras aprovadas pela Câmara dos Deputados em outubro de 2025 mantêm o sistema progressivo, mas ampliam a faixa de isenção e criam descontos progressivos para rendas médias.
A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado e sancionada pelo Governo Federal. Se aprovada, deve valer a partir de janeiro de 2026.
1. Ampliação da isenção:
2. Desconto progressivo:
3. Sistema progressivo mantido:
O sistema progressivo continua funcionando da mesma forma, mas com benefícios adicionais:
Veja como as mudanças impactam diferentes faixas de renda:
| Renda mensal | IR hoje (2025) | IR em 2026* | Economia mensal | Economia % |
|---|---|---|---|---|
| R$ 3.000,00 | R$ 68,56 | R$ 0,00 | R$ 68,56 | 100% |
| R$ 4.000,00 | R$ 162,54 | R$ 0,00 | R$ 162,54 | 100% |
| R$ 5.000,00 | R$ 312,89 | R$ 312,89 | R$ 312,89 | 100% |
| R$ 6.000,00 | R$ 574,29 | R$ 574,29 | R$ 156,44 | 27,2% |
| R$ 7.000,00 | R$ 880,67 | R$ 834,07 | R$ 46,60 | 5,3% |
| R$ 7.350,00 | R$ 978,55 | R$ 978,55 | R$ 0,00 | 0% |
| R$ 8.000,00 | R$1.033,83 | R$1.033,83 | R$ 0,00 | 0% |
Valores estimados com base no projeto aprovado
Veja como o sistema progressivo funciona para uma pessoa com renda mensal de R$ 6.000:
HOJE (2025):
Aplicando as alíquotas progressivas sobre cada faixa:
EM 2026 (com as novas regras):
O sistema progressivo continua, mas com desconto adicional para essa faixa:
Total de IR a pagar: R$ 417,85 por mês
Economia: R$ 336,13 por mês (R$ 4.369,69 por ano)
Todos os cidadãos brasileiros que ganham acima de R$ 2.824 por mês (considerando o desconto simplificado) precisam pagar o Imposto de Renda progressivo.
Se o projeto for aprovado:
Quem recebe acima de R$ 4.664,68 (última faixa da tabela progressiva) continua pagando a alíquota máxima de 27,5% sobre a parte da renda que ultrapassar esse valor.
O cálculo do IR progressivo segue passos específicos que garantem que apenas a parte da renda em cada faixa seja tributada na alíquota correspondente.
Determinação da Base de Cálculo
O primeiro passo é identificar qual será a base de cálculo, que é a renda tributável do contribuinte. Isso significa descontar todas as deduções permitidas (dependentes, educação, pensão alimentícia, INSS etc.) da renda bruta.
Aplicação das Alíquotas Progressivas
Com a base de cálculo definida, aplica-se cada alíquota apenas sobre a parte da renda que se encaixa em cada faixa. As faixas mais altas são aplicadas apenas sobre a parte da renda que excede o limite de cada faixa anterior.
Contribuinte com renda de R$ 6.000,00:
Base de cálculo: R$ 6.000,00
Aplicação progressiva:
Primeira faixa (até R$ 2.259,20):
Segunda faixa (de R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65):
Terceira faixa (de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05):
Quarta faixa (de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68):
Quinta faixa (acima de R$ 4.664,68):
Imposto total: R$ 42,56 + R$ 138,66 + R$ 205,56 + R$ 367,20 = R$ 753,98
Resumo: renda de R$ 6.000,00 = imposto devido de R$ 753,98 (hoje, em 2025)
Os tributos progressivos, como explicado, incluem os tributos cobrados de maneira direta e costumam incidir sobre renda e patrimônio. Para serem progressivos, eles devem ser cobrados de forma que aumentem de acordo com a renda ou o poder de contribuição de cada pessoa.
Características:
Já em um sistema regressivo de tributação não há essa correção de valores, sem consideração quanto à capacidade de contribuição de cada cidadão. Isso ocorre em impostos indiretos, como aqueles cobrados sobre o consumo, por exemplo.
Nesses casos, mesmo que os produtos tenham a mesma alíquota, independentemente da pessoa que compra, o resultado é que quem tem menor renda acaba gastando uma fatia maior da sua renda para comprar os mesmos itens que uma pessoa com renda mais alta.
Características:
Para se preparar para declarar seu Imposto de Renda progressivo, veja algumas dicas:
Organize seu orçamento
Tenha um orçamento atualizado para saber quanto ganha e quanto gasta. Isso ajuda a entender em qual faixa você se enquadra e quanto deve pagar de imposto.
Guarde comprovantes
Use ferramentas de organização e mantenha uma pasta (física ou digital) para salvar comprovantes de gastos que possam ser deduzidos no Imposto de Renda final, como:
● Despesas médicas
● Despesas com educação
● Contribuições para previdência privada
● Comprovantes de dependentes
Planeje seus rendimentos
Faça um planejamento de rendimentos, estudando quais as melhores formas de fazer empréstimos ou investimentos que sejam mais vantajosos e as maneiras corretas de declarar essas transações.
Acompanhe as atualizações
Acompanhe as tabelas de faixas de renda para saber em quanto foram atualizadas ano a ano. As novas regras de 2026 trazem mudanças significativas que podem impactar seu planejamento financeiro.
Conheça as deduções permitidas
Confira quais as deduções permitidas para conseguir incluir o máximo possível na declaração. Isso pode reduzir significativamente o imposto devido ou aumentar sua restituição.
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