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Casa da Moeda: conheça a instituição que fabrica dinheiro

A Casa da Moeda fabrica o dinheiro físico que circula na economia. Com a digitalização dos pagamentos, sua importância irá diminuir? Saiba tudo a respeito!

Foto Elaine ortiz
Publicado em: 08 de agosto de 2022.

“Qual o seu Pix”? “Você aceita cartão de crédito”? Provavelmente você tem falado ou escutado alguma dessas perguntas muito mais que: “tem troco para R$ 50”, não é mesmo? Vamos aos fatos: a forma de realizar e receber pagamentos mudou completamente nos últimos anos. Ainda assim, é preciso conhecer a Casa da Moeda, o que faz essa instituição e qual a sua importância nos dias de hoje. Vamos lá?

Casa da Moeda: quando surgiu e o que faz a instituição?

A Casa da Moeda do Brasil (CMB) é a empresa pública responsável, em caráter exclusivo, pela fabricação de moeda metálica e papel-moeda, tanto para o Brasil quanto para alguns outros países.

Além disso, ela tem outras competências, como impressão de selos e outros documentos que necessitam de proteção contra falsificação, como certidões, bilhetes de metrô, certificados de cursos de graduação. Em resumo, as principais funções da Casa da Moeda são:

● fabricação de papel-moeda, moeda metálica e medalhas comemorativas;
● impressão de selos: postais, fiscais e federais, além de títulos da dívida pública federal;
● fabricação de passaportes para fornecimento ao governo;
● atividades de controle fiscal, como sobre a produção de cigarros, entre outras.

A Casa da Moeda foi fundada em 8 de março de 1694 (ou seja, opera há mais de 300 anos) como solução para o problema da falta de instrumentos que auxiliassem a circulação das riquezas no Brasil Colonial. Naquela época, as poucas moedas existentes vinham de Portugal ou eram conseguidas por meio do comércio com viajantes estrangeiros. Por isso, o rei de Portugal, D. Pedro II, autorizou a cunhagem de moedas provinciais, genuinamente brasileiras.

Atualmente, o complexo industrial da CMB está localizado em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e é um dos maiores parques fabris do gênero no mundo e o maior da América Latina.

No local, funcionam as fábricas da empresa em que são desenvolvidos produtos com o elevado padrão de qualidade exigido no mercado moderno, com capacidade instalada para produzir aproximadamente 2,6 bilhões de cédulas e 4 bilhões de moedas por ano, assegurando autossuficiência para a produção nacional do meio circulante.

Mas que fique claro: a Casa da Moeda não tem a autonomia para decidir quanto dinheiro vai emitir, uma vez que isso é decidido pelo Banco Central, que determina, distribui e controla os meios circulantes no Brasil.

É importante evidenciar também que, quando se pesquisa “dólar hoje”, “euro hoje”, “real hoje”, isso nada tem a ver com a Casa da Moeda diretamente. O que a pessoa está buscando saber é a cotação das moedas no dia. Afinal, no mercado financeiro, as moedas valorizam ou desvalorizam diariamente, e saber esses valores ajuda os investidores a tomar decisões de investimentos.

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Papel-moeda ou pagamentos digitais? Qual o futuro do dinheiro?

Recentemente, pela primeira vez na história do real, o número de cédulas e moedas em circulação no Brasil diminuiu. Segundo dados do Banco Central, atualmente o país tem 7,6 bilhões de cédulas e 28,6 bilhões de moedas em circulação, totalizando R$ 339 bilhões. Para comparação, em 2020, o valor total de dinheiro físico circulando era de R$ 370 bilhões.

Para o Banco Central, a queda no dinheiro em espécie circulando no Brasil tem relação com a digitalização, já que a população tem aderido cada vez mais a meios de pagamento eletrônicos. Para se ter ideia, o Pix foi lançado em novembro de 2020 e em menos de dois anos de funcionamento se tornou uma das formas de pagamento prediletas dos brasileiros. Afinal, com o acesso massivo a smartphones com internet, aderir a um pagamento à vista, instantâneo e sem taxas se tornou algo muito interessante.

Um estudo de maio de 2022 do Panorama Mobile Time com Opinion Box revelou que pela primeira vez o Pix ultrapassou o boleto bancário digital na preferência do brasileiro entre os meios de pagamento dentro de apps.

O Pix foi indicado por 16% dos consumidores móveis nacionais como meio de pagamento favorito em aplicativos de compra. O primeiro lugar, contudo, continua sendo o cartão de crédito, apontado por 67% do público. O boleto agora está em quarto lugar (7%), atrás das carteiras digitais (9%).

A tendência, com o avanço tecnológico, sem dúvida é cada vez mais diminuir a quantidade de papel-moeda que circula mundo afora, mas, como a Casa da Moeda não fabrica apenas dinheiro, muito provavelmente ela continuará existindo por anos e anos. De qualquer forma, as cédulas precisam de manutenção e troca constantemente.

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Carteira digital: qual seu papel na circulação do dinheiro no país?

Você sabe o que é uma carteira digital? Basicamente, é um aplicativo em que você coloca dinheiro e armazena dados financeiros, como informações de cartões de crédito e débito, pagamentos e transferências realizadas.

Com esse recurso, você pode fazer compras em lojas físicas e virtuais apenas com seu celular ou outro dispositivo digital, como os relógios inteligentes, sem precisar abrir a bolsa, manusear dinheiro e ainda deixando o cartão físico seguro em casa. Muita praticidade, não é mesmo?

O aumento do uso das carteiras digitais no mundo também tem impactado na redução da quantidade de papel-moeda em circulação. Afinal, é uma forma de fazer pagamentos apenas com o smartphone e as pessoas têm aderido cada vez mais à tecnologia pela praticidade e segurança.

Com a pandemia de coronavírus, esse tipo de recurso foi muito importante, uma vez que ajudou a minimizar o contato físico com outras pessoas na hora de pagar. Afinal, aproximar o celular da maquininha de cartão de crédito é muito mais higiênico que entregar o cartão na mão de outra pessoa e digitar a senha nas teclas da máquina, usada por muita gente o dia inteiro.

Se você ainda não utiliza uma carteira digital por algum receio, saiba que pode experimentar a Carteira Digital Serasa gratuitamente. Com ela é possível pagar conta online, parcelar boleto no cartão de crédito e até recarregar o celular em um só lugar.

Continue acompanhando os conteúdos exclusivos sobre finanças e educação financeira do blog da Serasa. Até a próxima!