Como saber se minha conta do banco foi hackeada? Isso acontece?

A Federação Brasileira dos Bancos não traz registros de hackeamento em nenhuma instituição associada. Se você já se perguntou “como saber se minha conta do banco foi hackeada?”, confira o artigo.

homem preocupado por ser hackeado


Autor: Marlise Brenol

Publicado em 17 de março de 2023

As fakes news circulam sem freios pela internet. Muitas vezes, além de produzirem desinformação, também traz medo às pessoas. A pergunta “como saber se minha conta do banco foi hackeada?” é frequente em buscadores, pois há muitos boatos sobre esse tipo de situação que gera insegurança nos usuários de bancos digitais. A maior parte dos casos de saques e compras não reconhecidos em contas digitais tem relação com cartão clonado e engenharia social, golpes que trazem danos financeiros às vítimas.  

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Bancos digitais e hackeamento

Os bancos digitais estão inseridos no sistema financeiro nacional, gerido pelo Banco Central. Hackeamento em um sistema bancário significaria uma insegurança financeira para todos os brasileiros. Por isso, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) afirma que os ambientes digitais são monitorados 24 horas por dia para evitar e combater cada vez mais as ações dos criminosos.  

De acordo com a assessoria de imprensa, não houve até hoje nenhuma tentativa de hackeamento bem-sucedida, ou seja, as ameaças existem, mas a segurança da informação em camadas dos próprios bancos e do sistema financeiro nacional age para impedir que a invasão criminosa ao ambiente aconteça. Por isso, a Febraban afirma que não detectou nenhum caso entre os bancos associados. 

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Saiba o que significa hackeamento

O hackeamento é o ato do hacker (pessoa capaz de invadir dispositivos eletrônicos, redes e sistemas de computação) de usar o conhecimento para verificar a segurança das transações e aperfeiçoá-la.  

Hack significa, em tradução livre, “gambiarra”, ou seja, algo improvisado ou ajustado de forma criativa. Associada à tecnologia da informação, a expressão hackeamento passa a ter viés negativo com o aumento da cibercriminalidade, comum no campo da informática digital.  

Além dos profissionais de tecnologia da informação, como programadores e desenvolvedores que modificam sistemas para melhorá-los, há quem use o conhecimento para praticar crimes. 

Os programadores capazes de ignorar os princípios éticos estabelecidos pela comunidade hacker e invadir sistemas para aplicar golpes bancários, roubar informações sigilosas e derrubar páginas na internet passaram a ser chamados de crackers. Esses criminosos agem para danificar ou modificar um sistema visando obter vantagem financeira ilícita.  

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As tecnologias de segurança dos bancos: entenda a proteção

Segundo a Febraban, os bancos investem anualmente cerca de R$30 bilhões em tecnologia; desse total, 10% são voltados para a cibersegurança. A assessoria de imprensa informou por e-mail que os bancos associados usam o que há de mais moderno em relação à segurança cibernética e prevenção a fraudes, como mensageria criptografada, autenticação biométrica, tokenização. Entenda os métodos de proteção: 


  • Mensageria criptografada: torna determinada comunicação (textos, imagens, vídeos etc.) ininteligível para quem não tem acesso aos códigos de “tradução” da mensagem. 

  • Autenticação biométrica: cria um modelo gerado por dados que representa cada perfil de usuário de um sistema pelas digitais ou reconhecimento facial. Com as informações biométricas associadas a um aplicativo bancário em um celular, os sistemas de segurança podem autenticar o acesso a aplicativos e outros recursos de rede somente ao indivíduo cadastrado.  

  • Tokenização: ferramenta importante para a segurança dos pagamentos digitais. A lógica dela é transformar os dados do cartão ou conta bancária em combinações alfanuméricas codificadas, ou seja, ininteligíveis em caso de interceptação. O objetivo é tornar as transações digitais seguras. A série de códigos e chaves cadeadas é usada também em carteiras digitais e compras por e-commerce.   

Além disso, as instituições bancárias fazem investimentos em tecnologias como big data, analytics e inteligência artificial em processos de prevenção de riscos. Esses processos automatizados envolvem o desenvolvimento de algoritmos para alertar e identificar ameaças e são continuamente aprimorados, considerando os avanços tecnológicos e as mudanças no ambiente de riscos.  

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Monitore o seu CPF e CNPJ e proteja-se

Os golpes digitais por phishing ou outra tática criminosa são bastante comuns. Ainda que os bancos afirmem que o sistema em que acontecem as transações financeira é seguro, caso os dados financeiros de uma pessoa vazem ou sejam roubados, os criminosos conseguem entrar com login e senha, sem serem identificados e interceptados. Muitas vezes os roubos são silenciosos e a vítima só perceberá quando receber uma notificação de compra não autorizada ou um extrato com movimentos que não realizou. 

Caso os dados pessoais e financeiros sejam roubados ou vazem, é possível que o titular seja alertado. Para ficar no controle da sua vida financeira, é importante acompanhar tudo que acontece com seus dados. O Serasa Premium é o serviço de assinatura da Serasa que monitora 24 horas por dia seu CPF e CNPJ, trazendo informações sobre consultas, variação do Serasa Score, vazamento de dados na Dark Web, negativações e muito mais.   

Só com a conta Premium você tem atendimento exclusivo na Serasa e controla se seu Serasa Score pode ou não ser consultado pelo mercado. O Premium avisa sempre que: 

• seu CPF e CNPJ for consultado;  

• seu Serasa Score variar;  

• seus dados vazarem na Dark Web.  

*Importante: a Serasa comunica previamente todos os consumidores sobre negativações em seu CPF, sem qualquer custo. O alerta de negativações do Serasa Premium é apenas uma funcionalidade adicional desse serviço (que permite a ciência em tempo real), mas não substitui o comunicado oficial.