Fuja da Black Fraude: aprenda a verificar se um site é falso
A Black Friday é época de fechar bons negócios, mas é preciso atenção do consumidor para não acessar sites falsos e cair em golpes.
Autor: Marlise Brenol
Publicado em 10 de novembro de 2022
Todo ano tem. A Black Friday virou sinônimo de boas negociações de preços. Os lojistas aproveitam a época para a troca de estoque e há produtos que baixam até 90% de valor. É tanta promoção e oferta que o consumidor aproveita para comprar aqueles produtos desejados que ficam esperando a vez na lista de desejos. Mas é preciso também muita atenção. Os criminosos aproveitam a temporada para enganar as vítimas em sites falsos.
O Mapa da Fraude da Serasa e da Opinion Box, realizado às vésperas da Black Friday de 2021, indicou que boa parte dos consumidores está atenta para os riscos das compras online. Entre os resultados, 60% das pessoas apontaram a propaganda enganosa como principal irregularidade e 40% o uso indevido de dados dos cartões de crédito e de débito.
A atitude preventiva também foi evidenciada nos resultados da pesquisa. No universo de 2 mil entrevistados, 8 em cada 10 respondentes afirmaram conferir os dados antes de pagar um boleto. Também indicaram não usar redes públicas de internet para transações financeiras e não clicar em e-mails e sites sem antes conferir a origem.
Conheça o Mapa da Fraude da Serasa
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Como denunciar o roubo de dados em sites falsos
Uma das fraudes mais temidas pelos consumidores é o roubo de dados pessoais e financeiros em sites falsos. Mais de 40% citaram golpes na compra e venda de produtos e promoções para compras. Não é para menos: só em 2021, de acordo com um relatório produzido pela empresa Axur, no Brasil, foram rastreadas 25.133 páginas de phishing.
Entre 15 e 30 de novembro, a empresa de tecnologia identificou 1.183 páginas de phishing, uma tática criminosa para roubar dados pessoais e financeiros, emulando as marcas de grandes grupos varejistas. O consumidor acredita estar comprando um produto de uma marca conhecida e fidedigna, mas está sendo enganado.
Apesar de o número ser 36,4% menor que os mais de 39 mil casos registrados em 2020, o comportamento de crescimento no final do ano se repete. Somente nos últimos três meses do ano, foram 7.010 páginas falsas, impulsionadas pela Black Friday, Cyber Monday e compras de Natal.
E como o golpe está aí, pode acontecer de você ser a próxima vítima. Nesse caso, é importante registrar o boletim de ocorrência na delegacia de polícia digital, cancelar o cartão de crédito com a operadora ou com o banco e trocar todas as senhas potencialmente vulneráveis. Depois disso, entre no site da empresa ou em um perfil de plataforma de redes sociais e alerte sobre a fraude.
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Como saber se um site é falso
É possível conferir se um site é falso. Existem formas de verificação para o consumidor se sentir mais seguro antes de clicar no botão “comprar” e inserir os dados de pagamento. São ações simples que devem ser efetuadas antes de se fechar o negócio. Veja quais são:
- Verificar duas ou três vezes o endereço do site
Muitas vezes os golpistas utilizam um domínio muito similar ao original da loja online. Em vez de lojaonline.com.br, o link do site falso terá uma letra trocada ou duplicada e então poderá passar despercebido num olhar rápido. O falso pode ser lojaonlinee.com.br, por exemplo. Quem não tem o hábito de verificar a URL, ou seja, o endereço eletrônico do site, acaba por avançar na navegação e assumir os riscos.
- Desconfiar de pop-ups e alertas de spam
Se você clicar no link de um site de e-commerce e aparecer mais de um pop-up comercial ou mesmo um pop-up de alerta, é golpe. Há ainda sites falsos com spams como alerta piscantes, exclamação ou interrogação e outros sinais não usuais de sites de vendas. Portanto, fique esperto e, na dúvida, feche o site imediatamente.
- Jogar no Google o nome da marca
Você já fez alguma pesquisa no Google hoje? Pois então, essa é uma das formas simples e rápidas de verificar se o site da marca está correto. Digite o nome ou mesmo o endereço na barra de pesquisa e observe se o resultado coincide com o endereço no qual você está navegando. O algoritmo do Google considera uma série de critérios para ranquear os primeiros resultados, entre eles a reputação e a longevidade da URL.
Os sites falsos são criados para os golpes e não conseguem ranquear nos primeiros resultados do buscador. Há ainda um cartão de informações sobre a marca, em especial para lojas e estabelecimentos comerciais. Na dúvida, clique no link que o Google indica como o endereço oficial da marca.
- Verificar se o site tem certificado de segurança
Ao acessar o endereço do site falso, verifique também se ao lado do domínio há o indicador de certificação de segurança. Você pode conferir se tem a letra s ao lado do http. O https é um certificado atribuído a sites que exigem cadastro para login e senha ou fazem comercialização a partir de informações de pagamento e outras informações pessoais. O protocolo https indica que o endereço tem a tecnologia de comunicação criptografada entre o dispositivo do consumidor e o servidor no qual o site está hospedado.
Como manter o monitoramento do CPF seguro
Mesmo com todos os cuidados e atenção para a conduta no ambiente digital, incidentes podem acontecer. A atitude preventiva ganha reforço com o monitoramento sistemático do seu CPF. Muitos dos golpes digitais são aplicados a partir do uso indevido dos dados de identificação da vítima. Para ficar no controle da sua vida financeira, é importante acompanhar tudo que acontece com os seus dados.
O Serasa Premium, serviço de assinatura da Serasa, faz o rastreamento de tudo que acontece com seu CPF e CNPJ, como consultas, Score, negativações e muito mais. Esse serviço é automatizado e ativo 24 horas por dia. Com a conta Premium, além de ser alertado sobre movimentações suspeitas, você tem atendimento exclusivo na Serasa e controla se seu Score pode ou não ser consultado pelo mercado. O Premium também avisa sempre que:
• seu CPF e CNPJ for consultado;
• seu Serasa Score variar;
• seus dados vazarem na Dark Web.
