Saiba se vale a pena investir em bitcoin

A moeda bitcoin está entre as mais fortes do mercado de criptoativos e por isso pode ser uma opção de aposta para 2023. Entenda se vale a pena investir em bitcoin.

biticoin


Autor: Marlise Brenol

Publicado em 13 de fevereiro de 2023

O mercado de ativos em criptomoedas é relativamente recente e desperta curiosidade entre investidores. Muitos se questionam se vale a pena investir em bitcoin (BTS). O BTS foi a moeda digital pioneira, lançada em 31 de outubro de 2008, por meio de um documento do tipo white paper publicado na internet e assinado por Satoshi Nakamoto. 

White paper é um documento informativo que visa promover um produto, serviço, estudo, pesquisa ou solução a ser oferecida para apreciação antes da publicação final. O texto de acesso público e aberto explica a proposta da nova moeda, que se propõe a circular em um mercado criptografado: “uma versão puramente peer-to-peer do dinheiro eletrônico permitiria que pagamentos sejam enviados diretamente de uma parte para outra sem passar por um instituição financeira”. 

Como funciona a segurança do investimento em bitcoin

O documento white paper explica por que o bitcoin é uma transação segura na internet apesar de não ter garantia de uma instituição nacional que regule e fiscalize o mercado. No caso do Brasil, o mercado de capitais é regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão fiscalizador que garante a divulgação de informações relevantes e o cumprimento de medidas de segurança das transações para os investidores.  

O bitcoin é uma proposta na qual os próprios investidores fiscalizam o uso de ativos para evitar o chamado “gasto duplo”, ou seja, que um mesmo ativo seja vendido duas vezes. A solução apresentada é a rede de pares (peer-to-peer) capaz de marcar as transações, colocando-as em uma cadeia contínua de prova de trabalho. O registro formado não pode ser alterado sem refazer a prova de trabalho. 

Apesar de o bitcoin ser um ativo digital criado a partir de um banco de dados público compartilhado, sem um emissor central, é auditável por todos os participantes da cadeia. Toda transação de moedas virtuais é registrada em um banco de dados público, de forma transparente.  

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Vantagens e desvantagens do bitcoin

Entre as desvantagens do bitcoin, a mais importante está a volatilidade, ou seja, os ciclos de altos e baixos na valorização dos ativos de bitcoin e outras criptomoedas. Os criptoativos têm enfrentado perdas severas em razão da queda de valores, bem como uma hipervalorização da moeda. Nos anos de 2017 e 2019 houve ascensão e queda velozes das moedas cripto.  

A velocidade e a volatilidade do mercado de criptomoedas são dois pontos sensíveis. Como tem alto risco, o investidor poderá perder 100% do capital aportado. Em 2022 houve um ciclo de perdas que eliminou mais de 70% da maioria dos ativos, ou seja, o dinheiro aportado em determinadas moedas não foi recuperado. Algumas criptomoedas estão sendo negociadas em baixa na virada de 2022 para 2023, e esse é um ponto de atenção.  

Apesar da perda em cifras assustadoras, de quase US$3 trilhões no final de 2021, ao final de 2022 a valorização estava em torno de US$900 bilhões. Analistas entendem que a baixa é uma janela para começar a investir, pois quem optar por comprar criptomoedas a preços mais baixos poderá obter um bom retorno na alta em 2023.   

O bitcoin é uma moeda alternativa ao mercado financeiro tradicional, porém em períodos de forte recessão e crise macroeconômica, a tendência é que os investidores apostem mais em mercados seguros, mediados e com controles e garantias. Com a tendência de elevação de taxas de juros, os mercados nacionais passam a ser atrativos.  

Apesar da queda acentuada nos últimos 5 anos, desde a grande crise de 2017, o bitcoin (BTC) demonstrou fôlego de recuperação em janeiro de 2023, como mostra o gráfico do Google Finanças. A curva de baixa de 2019 e 2020, seguida de oscilações em 2021 e 2022, demonstra justamente a alta volatilidade do ativo, com tendência de recuperação.  

Quando vale a pena investir em bitcoin

Os investimentos em bitcoin podem fazer parte de uma carteira de investimentos diversificada. Quem está iniciando no mercado financeiro deve priorizar a reserva de emergência recomendada em títulos do Tesouro Nacional, fundos de investimento em renda fixa, CDBs com mais de 100% da CDI e outras opções de fácil liquidez e menor chance de perdas. O bitcoin entra na aposta de renda variável que suporte perdas por longos períodos, como demonstra o mapa.  

Outro ponto importante é fazer uma divisão de investimentos. Depositar todo o dinheiro em um único destino não é recomendado nem nos mercados de renda fixa, considerados mais estáveis. Portanto, vale a pena investir em bitcoin se houver uma estratégia de diversificação em carteiras de liquidez imediata, liquidez a médio e longo prazo e liquidez volátil. O BTC se enquadra nesse último porque não é possível prever o melhor momento para resgate do montante investido. 

Uma alternativa para o investidor que quer arriscar, porém correndo menor risco, são os ETFs de criptomoedas. Exchange Traded Fund, ou ETF, é um fundo de índice que opera na bolsa de valores brasileira e replica o comportamento de índices lastreados pelos ativos digitais. O primeiro ETF negociado na bolsa brasileira foi o HASH11, lançado em abril de 2021. Ainda que possa se recuperar, o ativo pioneiro também registrava queda no fechamento de 2022.  

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