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O que é bloqueio cautelar do Pix e como evitá-lo

Para evitar fraudes, foi criado o bloqueio cautelar do Pix. Saiba em que situações ele é aplicado e como evitá-lo.

Publicado em: 28 de junho de 2024

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Logotipo Pix na tela do smartphone em fundo branco. Pix é o novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil.

Agilidade e facilidade são pontos positivos de formas de pagamentos online, como o Pix. Porém, esse método também tem sido usado para aplicação de novos golpes. Por isso, as autoridades brasileiras criaram mecanismos para ampliar a segurança, como o bloqueio cautelar do Pix.

Saiba como funciona essa ferramenta, em que situações ela é aplicada e como isso pode afetar as transações financeiras.

Assista | Devolução de Pix: é possível?

O que é e como funciona o Pix

O Pix é uma forma de pagamento instantâneo criada em 2020. Ele permite que qualquer pessoa física ou jurídica que tenha uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga em uma instituição participante do Pix envie dinheiro em segundos.

O Pix não é um aplicativo específico, e sim uma ferramenta acessada por meio do aplicativo ou internet banking da instituição em que a pessoa tem conta.

  • As regras da ferramenta são gerenciadas pelo Banco Central. Ao longo dos anos, algumas atualizações foram sendo colocadas em prática para aprimorar o Pix. Entre elas estão:

  • ●     Pix Automático: mais recente atualização, deve entrar em funcionamento em outubro de 2024. Esse recurso vai permitir que o usuário pague contas recorrentes, como boletos de energia, telefone, escolas, academias, condomínios, assinaturas, entre outras, de forma automática.
  • ●     Pix Agendado: essa opção já existe desde 2021, e a principal alteração é que a funcionalidade de recorrência, que é atualmente facultativa, passará a ser obrigatória também para as instituições bancárias a partir de outubro de 2024.


Tanto o Pix Automático quanto o Pix Agendado poderão ser usados para transações recorrentes, ou seja, eles devem atender a casos de uso relacionados a pagamentos periódicos. Os dois, porém, têm diferenças que os tornam complementares.

Por ser instantâneo, o Pix ainda não pode ser cancelado ou contar com devolução do dinheiro enviado, na maioria das vezes. Por isso, o BC vem criando mecanismos para impedir fraudes e facilitar a devolução de recursos em casos como esse.

O que é o bloqueio cautelar do Pix

O bloqueio cautelar é um mecanismo criado exclusivamente para aumentar a segurança dos usuários do Pix. Ele é ativado quando ocorre alguma ação que o banco suspeita ser fraude.

Se essa desconfiança acontecer, assim que cair na conta do recebedor, o dinheiro será bloqueado por até 72 horas pela instituição do recebedor. Assim, o banco vai fazer uma avaliação mais detalhada para identificar se a transação era realmente fruto de fraude.

Quando pode acontecer o bloqueio cautelar do Pix

O bloqueio cautelar do Pix acontece nos casos em que a instituição bancária suspeitar de fraude. Nesses casos, o recebedor é notificado no ato do bloqueio.

O próximo passo é o banco do recebedor investigar a operação. Com o resultado dessa avaliação, se houver fraude, os recursos serão devolvidos ao pagador do Pix.

No caso de o banco entender que não houve fraude, o bloqueio é encerrado e o dinheiro é novamente colocado à disposição do recebedor, que será notificado sobre o crédito na conta.

O BC explica também que, ainda durante o bloqueio cautelar, o recebedor pode já pedir a devolução do Pix para quem o pagou.

Como evitar situações que levem ao bloqueio cautelar

Ainda não há regras definitivas para ocorrer o boqueio cautelar. Cada instituição pode usar como parâmetros as movimentações que o cliente costuma fazer. Ou seja, o tipo de perfil do pagador do Pix vai nortear as decisões do banco, que pode entender que aquela transação é diferente do habitual e pode ser fraude.

Por isso, uma forma de tentar evitar situações que levem ao bloqueio cautelar é fazer o envio do Pix nos horários habituais. Principalmente em casos de pagamentos de valor elevado, é recomendado que o pagador faça a transação durante o dia, por exemplo, especialmente se não for costume do usuário fazer Pix à noite.

O que fazer para resolver o bloqueio cautelar

No momento, uma das únicas soluções, em caso de bloqueio cautelar, é o recebedor do Pix solicitar a devolução do dinheiro ao pagador. Isso pode ser feito durante o período de 72 horas em que a transferência está sendo analisada pela instituição bancária.

Dessa forma, o dinheiro fica acessível para que o pagador faça a transferência da quantia de outra forma diferente do Pix.

Em caso de golpe que o bloqueio cautelar não tenha detectado, é possível também acessar o Mecanismo Especial de Devolução (MED).

Tipos de golpes do Pix

Desde seu lançamento, o Pix tem sido usado em diferentes tipos de fraude. Por isso, é importante identificar a forma como os golpistas do Pix agem.

  • Conheça alguns dos golpes para saber como evitá-los:

  • ●     Golpe do cadastro do Pix: acontece quando a pessoa recebe mensagens em nome de instituições financeiras que pedem para cadastrar uma chave Pix. A pessoa então clica em links maliciosos ou revela seus dados pessoais para os criminosos.
  • ●     Comprovante de Pix falso: o criminoso retira a mercadoria de um vendedor e mostra ou envia um comprovante falso de pagamento. Porém, depois ele bloqueia o vendedor, que fica sem o produto e sem o pagamento.
  • ●     Golpe do Pix errado: os golpistas fingem que fizeram um Pix sem querer e pedem a devolução do suposto valor. Porém, como não havia sido feita nenhuma transferência, se a vítima fizer o Pix terá perdido o dinheiro.
  • ●     Pix agendado: o golpista agenda o pagamento em Pix para a vítima. Contudo, depois o criminoso cancela o agendamento.
  • ●     Golpe do robô do Pix: muito comum nas redes sociais, os golpistas criam falsas propagandas prometendo que a vítima terá retorno financeiro após fazer um Pix.

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