Diferença entre união estável e casamento: o que muda na prática?
Diferença entre união estável e casamento: o que muda na prática?Data de publicação 28 de julho de 202512 minutos de leitura
Atualizado em: 16 de julho de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 10 minutosTexto de: Time Serasa
Quem já tentou entender um pouco mais sobre investimentos em renda fixa com certeza deparou com a sigla CDI. Ela aparece com frequência em aplicações financeiras como CDB, LCI, LCA e fundos, geralmente ao lado de números como "100% do CDI" ou "110% do CDI". Mas o que isso quer dizer, afinal? O que é CDI?
Entenda tudo sobre o índice, para que serve, como funciona e por que é tão importante para quem investe.
CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário. Apesar do nome complicado, ele é um dos principais indicadores usados para calcular o rendimento de diversas aplicações em renda fixa.
O CDI surgiu nos anos 1980, quando o Brasil enfrentava uma fase de inflação alta e economia instável. Foi criado para organizar os empréstimos de curtíssimo prazo entre os próprios bancos, uma forma de equilibrar o caixa das instituições no dia a dia. Até hoje, o CDI continua cumprindo esse papel nos bastidores do sistema financeiro.
Mas com o tempo, ele não ficou restrito ao universo bancário. Também passou a influenciar o mercado financeiro como um todo, chegando aos rendimentos do investidor comum. Hoje, o CDI serve como um termômetro de rentabilidade para os investimentos de renda fixa, como CDB, LCI, LCA e fundos, ajudando a calcular o quanto eles podem render.
Isso acontece através da chamada taxa CDI, que é a média dos juros cobrados nesses empréstimos entre bancos. Assim, quando um investimento promete “100% do CDI”, isso significa que ele vai render exatamente o que essa taxa está indicando. Se oferecer “120% do CDI”, o rendimento será 20% maior que a taxa.
Na prática, o CDI serve de parâmetro para mostrar se o investimento pode trazer bons retornos ou se é melhor buscar alternativas mais vantajosas.
O CDI faz parte do dia a dia dos bancos, assim como pagar as contas é parte da rotina das pessoas. Por regra do Banco Central, todas as instituições financeiras precisam encerrar o dia com uma quantia mínima de dinheiro em caixa. Essa reserva serve como uma proteção: ajuda a garantir que o sistema financeiro continue funcionando bem, com segurança e sem riscos de faltar dinheiro quando alguém precisa.
Porém, nem sempre os bancos têm esse valor disponível em caixa. Às vezes, uma instituição pode fechar o dia com dinheiro sobrando, enquanto outro fica com menos do que deveria. Quando isso acontece, um banco empresta dinheiro para o outro por um prazo bem curto, geralmente de um dia. Esses empréstimos rápidos entre bancos são registrados por meio do CDI.
Na prática, portanto, o CDI funciona como um acerto de contas diário entre os bancos. Ele organiza e formaliza o fluxo de dinheiro entre os bancos, garantindo que todos consigam fechar o dia dentro das regras exigidas.
Além de manter o equilíbrio, essas operações ajudam a formar a chamada taxa CDI, que é a média dos juros cobrados nesses empréstimos. A taxa acabou ganhando espaço fora do universo bancário e se tornou uma referência importante no mercado financeiro.
A mesma taxa é utilizada como base para calcular o rendimento de vários investimentos de renda fixa, como CDB, LCI, LCA e fundos. Mesmo sem perceber, muita gente já aplica dinheiro em produtos que seguem essa taxa.
O CDI tem um papel central na engrenagem do sistema financeiro brasileiro. Ele não só ajuda os bancos a ajustarem o dinheiro entre si, mas também funciona como um termômetro para o custo do dinheiro e para o rendimento dos investimentos mais seguros.
Dá para entender a importância do CDI olhando para três pontos principais:
Ponto-chave | O que isso quer dizer |
---|---|
Serve de referência | Muitos investimentos de renda fixa prometem render uma % do CDI, como 100% ou mais. Isso mostra quanto eles vão pagar ao investidor. |
Ajuda a medir o retorno | O CDI é uma taxa de baixo risco, então serve como base mínima de ganho. Se um investimento rende menos que ele, pode não compensar. |
Acompanha a economia | O CDI anda junto com a taxa Selic, que o Banco Central usa para controlar os juros do país. |
Ou seja: o CDI ajuda a entender se um investimento está pagando um retorno justo e seguro, além de mostrar como o mercado está se comportando. É uma base que deixa tudo mais claro para quem quer investir com segurança.
Investir em aplicações que seguem o CDI é mais comum do que se imagina, especialmente quando se busca segurança e previsibilidade.
Mas, como qualquer escolha financeira, esse tipo de investimento tem pontos positivos e negativos. Entender como funciona ajuda a tomar decisões melhores e escolher onde aplicar o dinheiro de forma mais consciente.
A tabela abaixo reúne os principais benefícios e limitações:
Vantagens | Por que isso é bom | Desvantagens | O que isso pode causar |
---|---|---|---|
Oferece segurança | É uma forma estável de investir, ideal para quem prefere evitar riscos e quer proteger o dinheiro já conquistado. | Tem uma rentabilidade mais baixa | Pode gerar um retorno menor, especialmente quando os juros estão baixos, dificultando o crescimento do patrimônio. |
Tem rentabilidade previsível | Ajuda no planejamento, pois os ganhos costumam seguir um padrão, sem grandes surpresas. | Pode render menos que a inflação | Reduz o poder de compra: quando os preços sobem mais que o rendimento, o dinheiro perde valor com o tempo. |
Acompanha os juros da economia | É um investimento que cresce com os juros: quando eles aumentam, o rendimento também cresce. Assim, o dinheiro rende mais sem precisar mudar de aplicação. | Tem um crescimento mais lento | Leva mais tempo para alcançar metas financeiras maiores, como trocar de carro ou comprar um imóvel. |
Serve como referência de comparação | Facilita a escolha entre investimentos, ajudando a entender se uma aplicação está com um bom desempenho. | Pode não ser suficiente sozinho | Dificulta a conquista de objetivos de longo prazo, como a aposentadoria, ao focar só no CDI. |
Entender essas vantagens e desvantagens ajuda o investidor a escolher investimentos que estejam alinhados com os objetivos financeiros.
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O CDI é um dos índices mais seguros e previsíveis para remunerar aplicações financeiras. Ele é usado como base em várias aplicações financeiras para definir quanto o investidor vai receber no final.
Confira alguns:
A maioria dos CDBs paga um rendimento que segue o CDI. Se o CDB rende 110% do CDI, o investidor vai ganhar um pouco mais do que a própria taxa CDI.
Existem CDBs que permitem resgates a qualquer momento (a chamada liquidez diária) e CDBs que só podem ser resgatados no final do prazo, embora com rendimento maior.
Porém, o lucro obtido com o CDB é tributado conforme a tabela regressiva do Imposto de Renda. Assim, quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menor é a alíquota – começando em 22,5% e podendo cair até 15%.
Muitas LCIs também têm rendimento atrelado ao CDI. Isso quer dizer que, se o CDI sobe, a LCI rende mais também.
Porém, as LCIs costumam ter um prazo mínimo para deixar o dinheiro aplicado. E nem sempre é possível resgatar antes do vencimento.
Por outro lado, o grande atrativo da LCI é que os rendimentos são livres de Imposto de Renda para pessoas físicas. Isso pode fazer esse investimento render mais no final, mesmo com taxas parecidas às de outras aplicações.
Muitas LCAs também têm o rendimento atrelado ao CDI. Ou seja: quanto maior a taxa CDI, maior será o retorno desse investimento.
Assim como na LCI, as LCAs costumam exigir um prazo mínimo para deixar o dinheiro aplicado, sem permitir resgates antecipados. A grande vantagem é que os rendimentos são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que pode aumentar o ganho líquido do investidor.
Muitos fundos usam o CDI como base para calcular o rendimento. Isso faz com que o retorno do fundo acompanhe a variação do CDI, ficando perto ou até acima dessa taxa.
Os fundos têm prazos e regras diferentes para retirar o dinheiro e cobram uma taxa para pagar quem administra o investimento. O lucro obtido é tributado pelo Imposto de Renda, que varia conforme o tempo que o dinheiro fica investido.
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A taxa CDI é calculada com base nos juros que os bancos cobram quando emprestam dinheiro entre si (e por um dia) para manter o caixa equilibrado. Todo dia, o mercado financeiro junta esses valores e calcula a média dessas taxas. Essa média é a taxa CDI do dia.
Como ela mostra o custo do dinheiro entre os bancos, a taxa CDI é usada como referência para muitos investimentos e ajuda quem investe a entender como está o rendimento.
Para ver a “taxa CDI hoje”, basta acessar sites de finanças, bancos ou aplicativos de investimento que atualizam esse número todo dia. Assim, fica fácil acompanhar e comparar com outras opções para investir.
Depois de entender o que é CDI e como ele impacta o rendimento dos investimentos, vale a pena conferir os conteúdos do Ensina, da Serasa. O canal traz explicações descomplicadas sobre termos financeiros, como o CDI, e mostra como ele funciona no dia a dia de quem aplica dinheiro em renda fixa.
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