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Moeda digital brasileira: saiba tudo sobre o Drex

Entenda o é Drex, seus objetivos e o andamento dos testes da moeda digital.

Atualizado em: 25 de julho de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 14 minutos

Texto de: Time Serasa

imagem ilustrativa do DREX digital real na tela do celular

Nos últimos anos, vimos a ascensão de novas tecnologias para agilizar as transações financeiras e democratizar o acesso a serviços financeiros. Nesse cenário de inovação, em 2023, o Banco Central anunciou a criação do Drex, a moeda digital brasileira.

O Drex representa um importante passo na modernização do sistema financeiro brasileiro e promete mais eficiência, segurança e acessibilidade para a vida financeira de todos os cidadãos. Nesse artigo, informe-se sobre como a moeda digital irá funcionar e quais benefícios ela trará para sua vida.

Assista | Como vai funcionar a Drex, moeda digital brasileira

O que é a moeda digital brasileira: Drex

O Drex é a versão digital do real. A moeda digital será emitida e regulamentada pelo Banco Central, com valor equivalente ao real físico (R$ 1 = 1 Drex). O Drex também será uma plataforma para a realização de transações digitais seguras, rápidas, programáveis e integradas ao sistema financeiro nacional.

A moeda digital ficará sob controle direto do Banco Central, mas o acesso a ela será intermediado por instituições financeiras autorizadas.

O propósito do Drex é facilitar as transações financeiras e as operações financeiras inteligentes — como o uso de contratos inteligentes e a transferência instantânea de ativos.

Leia mais | Saiba tudo sobre Imposto de Renda em criptomoedas

Por que o Drex foi criado?

  • A criação do Drex é parte de uma estratégia do Banco Central de aprimorar o sistema financeiro do Brasil. O próprio nome da moeda digital reforça esse desejo:
  •  
  • ●     D de digital: reforça a natureza virtual da moeda.
  • ●     R de real: indica que é uma extensão do real físico.
  • ●     E de eletrônico: enfatiza a forma como a moeda será transacionada e operada.

●     X de experiência ou conexão: sugere modernidade, inovação e interconectividade, assim como o Pix.

 

  •  Os principais objetivos por trás do projeto são:
  •  
  • ●     Modernizar o sistema de pagamentos: o projeto pretende tornar as transações financeiras ainda mais rápidas, seguras e eficientes, complementando o sucesso do Pix.
  • ●     Reduzir custos operacionais: o projeto deseja eliminar despesas com impressão de papel-moeda, transporte e intermediação bancária, além de baratear infraestruturas financeiras.
  • ●     Facilitar o acesso ao crédito e inclusão financeira: ao permitir contratos inteligentes e tokenização, cria-se um ambiente mais favorável à oferta de microcrédito barato e democratização dos serviços financeiros.
  • ●     Estimular a inovação: proporcionará a criação de novas soluções de pagamentos automáticos, negociação fracionada de ativos e novos modelos de negócios digitais.
  • ●     Ampliar a eficiência e a segurança do sistema financeiro: com a rastreabilidade proporcionada pela tecnologia de registro distribuído (DLT), crimes como a lavagem de dinheiro e fraudes financeiras poderão ser identificados em tempo real.

Drex, Pix e criptomoedas: qual a diferença?

Com tantas inovações no cenário financeiro digital, é comum confundir as funções e características de algumas delas, como é o caso do Drex, Pix e das criptomoedas. Embora todos envolvam o ambiente digital e facilitem as transações financeiras, suas naturezas e propósitos são diferentes.

Característica Drex Pix Criptomoedas
Natureza Moeda digital do Banco Central.Sistema de pagamentos e transferências.Ativos digitais descentralizados
Emissão Banco Central.Não emite moeda, apenas transfere o real.Redes descentralizadas
Regulação Regulado e supervisionado pelo Banco Central.Regulado e supervisionado pelo Banco Central.Geralmente, não possuem regulação oficial.
Valor Atrelado ao real, com proporção 1:1.Transfere o real, que tem valor estável.Volátil, determinado por oferta e demanda.
PropósitoInovação financeira, contratos inteligentes, transações de atacado.Pagamentos instantâneos e transferências do dia a dia.Investimento, meio de troca, tecnologia blockchain.

Como funcionará a moeda digital brasileira

O Drex seguirá um modelo de operação tecnológica que pode ser compreendida nos seguintes pontos:

  1. Intermediação por instituições financeiras autorizadas

    A moeda digital será emitida e administrada diretamente pelo Banco Central, mas apenas instituições financeiras autorizadas (bancos, fintechs, cooperativas e instituições de pagamento) terão acesso direto à plataforma.

    Os usuários finais, como cidadãos e empresas, irão utilizar o Drex por meio dessas instituições, que oferecerão carteiras digitais conectadas à rede do Banco Central.


  2. Uso de tecnologia blockchain para garantir segurança e rastreabilidade

    A infraestrutura do Drex é baseada em uma rede DLT (Distributed Ledger Technology), uma plataforma permissionada, similar à blockchain. Desta forma, o acesso e a participação na rede do Drex serão controlados pelo Banco Central e pelas instituições autorizadas.

    Essa escolha garantirá que as transações sejam seguras, auditáveis, criptografadas e rastreáveis, seguindo os padrões de cibersegurança equivalentes ao do sistema financeiro.


  3. Armazenamento em carteiras digitais

    O Drex será armazenado em carteiras digitais custodiadas pelas instituições financeiras autorizadas. Portanto, o usuário usará a carteira digital para realizar a troca da moeda real pela moeda digital, além de receber, enviar e consultar o saldo de Drex.

     

  4. Utilização em transações cotidianas, contratos inteligentes, pagamentos automatizados.

    O Drex poderá ser utilizado de diferentes maneiras, como:

    ●     Pagamentos e transferências instantâneas: transações financeiras entre pessoas, comércio e contas em segundos.

    ●     Contratos inteligentes: a plataforma permitirá, por exemplo, a transferência simultânea de propriedade de um veículo e o pagamento de forma automatizada.

    ●     Pagamentos programáveis e automáticos: pagamento de serviços e assinaturas em condições predefinidas e criação de novos produtos financeiros que dependem da execução automática de regras (empréstimos com garantias digitais ou investimentos tokenizados).

    Leia mais | Por que é importante entender a cotação do dólar

Quais são as etapas do projeto Drex

O Drex segue um cronograma estruturado em fases. Conheça as principais etapas que o projeto passou e em qual ele está no momento (em 2025):

Etapas já concluídas

  • ●     Conclusão da 1ª fase do Piloto Drex: entre julho de 2023 e outubro de 2024 ocorreram os testes iniciais da plataforma DLT com um caso de uso definido pelo próprio Banco Central para avaliar a arquitetura, privacidade e segurança da rede.
  • ●     Anúncio da 2ª fase: em outubro de 2024, o Banco Central anunciou o regulamento para a 2ª fase do Piloto Drex. Entre 14 de outubro a 29 de novembro de 2024, o órgão recebeu submissões de propostas de casos de negócio para testes do Drex.

Etapa atual

A 2ª fase ainda está em desenvolvimento e seu foco principal é avaliar o potencial da plataforma para os casos de negócio propostos por representantes do mercado financeiro brasileiro. A etapa atual foi dividida em quatro estágios:

  1. Ideação e padronização: definição de regras, processos e como as informações serão organizadas no sistema digital do Drex. Esse estágio já foi concluído.

  2. Desenvolvimento de sistemas: esse estágio ainda está em curso.

  3. Testes práticos dos casos.

  4. Elaboração do relatório final.

O estimado é que a 2ª fase seja finalizada entre junho e julho de 2025.

Próximos passos

Em junho de 2025, o secretário executivo do Banco Central anunciou que o Piloto Drex deverá ter mais uma fase de testes. A 3ª fase do Piloto Drex deve começar no segundo semestre de 2025 e ser finalizada no primeiro semestre de 2026.

Essa nova fase terá foco na tokenização de ativos do mundo real para o ambiente virtual e avaliar o potencial da rede Drex para aumentar o acesso ao crédito com taxas mais acessíveis.

Quais são os desafios da moeda digital brasileira?

  • Como toda inovação tecnológica e financeira, espera-se que o Drex supere alguns desafios para garantir a implementação da moeda digital com êxito no Brasil, como os exemplos a seguir:
  •  
  • ●     Garantia de segurança e privacidade: por ser uma rede e moeda digital, será necessária uma forte segurança digital e cibernética para garantir a proteção dos dados dos usuários e das transações.
  • ●     Adesão da população: para que ocorra a adoção da moeda digital, é preciso um esforço significativo na educação financeira para mostrar seus benefícios, especialmente para aqueles menos familiarizados com os meios digitais.
  • ●     Regulamentação e integração com sistemas existentes: é necessária uma lei robusta, que regulamente todos os aspectos do Drex, desde sua emissão até o uso em contratos inteligentes. Além disso, é preciso garantir uma integração eficiente com os sistemas financeiros e tecnológicos já existentes para garantir a interoperabilidade (funcionamento eficiente de vários sistemas juntos).

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Perguntas frequentes sobre o Drex e a moeda digital brasileira

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