Como viver de dividendos de investimentos em ações

A popularização dos investimentos financeiros em ações faz muita gente se perguntar: é possível viver de dividendos? Entenda como funciona e se é para você.

mulher feliz com dinheiro de dividendo


Autor: Marlise Brenol

Publicado em 13 de fevereiro de 2023

Antes de tudo é preciso saber que viver de dividendos não é tão simples. Para quem quer encarar o desafio é necessário planejamento, disciplina e muito conhecimento na hora de definir e executar uma estratégia. Mas afinal o que é viver de dividendos? Confira neste artigo tudo sobre o assunto. 

Viver de dividendos é possível?

A especialista em investimentos Juliana Daitx resume: “viver de dividendos é aplicar recursos e mensalmente receber parte dos ganhos como renda em conta corrente, para pagamento das contas e custos de vida”.  

Portanto, dividendos são uma parte do lucro líquido de uma empresa, dividido entre os acionistas. “Quando uma companhia obtém lucro, ela é obrigada, por lei, a entregar pelo menos 25% desse lucro aos acionistas”, afirma a planejadora financeira (CFP) e consultora em investimentos Marisa Dornelles.  

Assim, para receber dividendos é preciso adquirir ações na bolsa de valores. Por exemplo, quem compra determinada ação de uma empresa passa a ser acionista desta. Logo, quando esta fecha o balanço e identifica lucro líquido, parte desse lucro é distribuído de forma proporcional e igualitária a todos acionistas. Esse tipo de operação pode ser encontrado tanto em ações como em fundos imobiliários. 

Como viver de dividendos

Bem, se os dividendos são o resultado do lucro de uma empresa compartilhado com acionistas, o primeiro passo é investir em ações. Para isso é preciso planejamento, conhecimento e disciplina. Com esses três atributos qualquer pessoa pode investir e viver de dividendos.  

“Vimos uma mudança muito significativa no mercado financeiro nos últimos anos, e hoje conquistar a independência financeira tem sido a meta de vida de muitos investidores. Viver de dividendos é tornar o investimento em recurso ‘infinito’, ou seja, todos os meses você receberá parte do seu lucro como renda para custear gastos mensais”, explica Juliana Daitx. 

Um dos pontos fundamentais que permitem essa renda mensal em dividendos é sacar apenas o lucro sobre o capital aplicado, sem mexer ou alterar o capital investido, permitindo a recorrência desta renda. Portanto, viver de dividendos é possível quando há uma quantia mínima de dinheiro que não será mexida pelo investidor, ou seja, o dinheiro ficará aplicado. 

É importante que a carteira de investimentos seja diversificada. No mínimo é preciso ter outro valor investido em renda fixa com liquidez imediata (facilidade de saque) para a reserva de emergência.   

Quanto é preciso investir para viver de dividendos?

O valor necessário para o investimento de quem quer viver de dividendos vai depender das expectativas e do padrão de vida. O primeiro passo é ter um planejamento financeiro preciso e saber qual é o custo de vida mensal, a partir de uma planilha com todos os gastos fixos e variáveis, para ter uma média dos últimos 6 ou 12 meses do orçamento individual ou familiar.  

Se os gastos mensais são em média R$5.000, deve-se partir desse valor e fazer uma conta aproximada de um dividend yield, ou seja, o retorno sobre o patrimônio, de 10% ao ano – que é o montante viável em uma carteira de ações de boas empresas pagadoras de dividendos. 

“Então, no exemplo de R$5.000 de custo de vida mensal, a pessoa precisaria receber em torno de R$60.000 por ano. Assim, seria necessária uma carteira de ações de R$600.000 aplicados”, ilustra Marisa Dornelles.  

A decisão de compor a carteira de investimentos também é importante, pois é preciso analisar qual conjunto de ações tem o potencial de gerar essa renda e quanto custa cada ação ou o pacote de ações daquela empresa. Também é preciso compreender se a compra da ação será por preço ou por valor da empresa. A decisão por preço foca apenas na rentabilidade, a decisão por valor considera rentabilidade e valor de mercado da empresa.   

Vantagens de viver de dividendos

Para as especialistas existem diversas vantagens em viver de dividendos. Para Juliana o mais relevante é conquistar a liberdade financeira: “a partir do momento em a sua renda mensal é oriunda dos seus investimentos, você passa a ter liberdade para tomar decisões, como pedir demissão de um emprego no qual não está satisfeito, arriscar-se em um novo negócio, ter mais tempo para si, para família, mais tempo de férias”, argumenta.  

Para Marisa, a principal vantagem de se viver de dividendos é ter uma renda passiva, ou seja, fazer com que o dinheiro “trabalhe” para você. Outra vantagem destacada pelas especialistas, é que atualmente os dividendos (tanto de ações quanto de fundos imobiliários) são isentos de Imposto de Renda. 

Passo a passo para investir em ações e viver de dividendos

As especialistas em investimentos são diretas: sem um bom planejamento não é possível viver de dividendos. Além da intenção, é preciso ter disciplina e se interessar por conhecer o funcionamento do mercado financeiro. Confira o passo a passo das etapas indicadas:

  • Planejamento: coloque em uma planilha todos os gastos, as receitas realizadas e projetadas e organize a vida financeira. A planilha deve ser feita retroativa dos últimos seis meses no mínimo, sendo o ideal considerar 12 meses. O custo de vida será a média dos gastos mês, ou seja, independentemente da renda, o importante é saber a quantia necessária para pagar as contas. 

  • Reserva estratégica (ou reserva de emergência): a reserva de emergência deve ser o valor do custo de vida do mês multiplicado por seis. Esse dinheiro deve ser aplicado em uma renda fixa com liquidez imediata. Esse valor será usado nos casos de imprevisto com saúde, acidente ou algo parecido. A liquidez imediata é a possibilidade de sacar o dinheiro a qualquer tempo. Algumas aplicações só podem ser resgatadas no prazo de 30 ou até 90 dias, então esse ponto é importante. 

  • Conhecimento sobre o mercado financeiro: para tomar as decisões sobre a montagem da carteira de investimentos em renda variável ou fixa, é preciso conhecer o mercado financeiro e dominar as siglas e vocabulário. Há cursos gratuitos e outros pagos. Há também o serviço de consultoria financeira pessoal – como se fossem aulas particulares.  

  • Dinheiro para investir: depois da reserva de emergência composta e o entendimento do mercado, é preciso definir investimentos iniciais ou dar liquidez a algum bem – vender um carro ou imóvel – para ter dinheiro a investir. “Quando já se tiver o dinheiro, é a hora de estudar ou contratar um profissional qualificado para construir uma carteira de ações pagadoras de dividendos em um banco ou corretora. Marisa cita setores conhecidos por distribuir bons dividendos, como de commodities e energia elétrica, por exemplo, mas alerta: “é importante ter uma carteira balanceada, com ações de diversos setores, a fim de diminuir o risco”. 

  • Critérios para a renda por dividendos: o planejamento de renda passiva, que é a renda por dividendos, precisa considerar critérios de confiabilidade do investidor e do mercado em relação às empresas nas quais vai investir. É preciso buscar empresas fortes, com resultados consistentes e entregas recorrentes de dividendos. Uma alternativa é diversificar com fundos imobiliários e, se precisar, buscar uma assessoria de investimentos qualificada para ajudar na estruturação. 

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