Como proteger meu CPF de fraudes?

Fraudes e golpes com o CPF são muito comuns. Saiba os riscos que existem e como proteger o CPF de fraudes.

mulher mexendo no celular bloqueado


Autor: Marlise Brenol

Publicado em 24 de janeiro de 2023

O cadastro de pessoa física (CPF) é o documento de identificação do contribuinte. É um cadastro nacional gerido pela Receita Federal, e cada cidadão pode se inscrever nele uma única vez. O CPF é único e definitivo para toda a vida. Apesar de a gestão do banco de dados ser feita pela Receita, o CPF é o documento utilizado pelo governo e pela iniciativa privada para identificar cada cidadão, por isso ele é tão importante e desperta perguntas do tipo: como proteger meu CPF de fraudes? 

O questionamento é pertinente. Isso porque o CPF de um indivíduo pode ser usado por terceiros de forma indevida, provocando fraudes. O Indicador de Tentativas de Fraudes, desenvolvido pela Serasa Experian, aponta que de janeiro a setembro de 2022 foram registradas 3.046.294 tentativas de fraudes de identidade contra o consumidor no Brasil. Fraude de identidade acontece quando um criminoso utiliza documentos ou dados pessoais das vítimas para aplicar golpes ou obter vantagem financeira.  

Esse número, bastante elevado, representa uma tentativa a cada 8 segundos. As abordagens estão relacionadas a diferentes segmentos. O mais visado é o dos bancos e cartões de crédito, com 1,7 milhão de registros. Em segundo lugar na pesquisa, figuram as financeiras, com 528 mil tentativas, e em terceiro o setor de serviços, com 457 mil. O varejo aparece em quarto lugar, com 254 mil pessoas abordadas por falsários. É relevante ainda registrar o segmento de telefonia, com 79 mil tentativas de fraudes. 

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Saiba o que alguém pode fazer com seu CPF

Os riscos que envolvem a utilização do CPF por terceiros estão associados aos crimes de fraude e golpes financeiros, mas também a crimes de falsidade ideológica. Os casos tornam-se graves porque os criminosos conseguem acesso não apenas ao número do CPF, mas também a um conjunto de dados de identificação, como nome completo, endereço, data de nascimento, nome de familiares, conta bancária e dados financeiros.  

É possível que o CPF esteja sendo utilizado indevidamente por terceiros quando a vítima recebe cobranças de dívidas desconhecidas, compras e empréstimos não realizados pelo titular. A situação pode agravar e até acarretar ter o nome negativado por endividamento. 

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Golpes após o roubo de dados pessoais

Outra situação ainda mais grave é quando o criminoso abre uma conta bancária em nome da vítima. Os bancos digitais permitem abertura de conta com a digitalização dos documentos, então, se o golpista consegue as cópias da documentação, ele poderá usar o CPF de terceiros para movimentar uma conta que recebe dinheiro de origem ilegal, como do tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outras transações. 

Mais recentemente, as plataformas de redes sociais têm exigido dados de identificação para criação de novas contas ou de perfis acreditados. Para conseguir perfis por meios dos quais possam aplicar golpes, os criminosos criam contas de e-mails e redes sociais com CPFs roubados. Os perfis de redes sociais são aqueles que aplicam golpes de perfis falsos ou os golpes em sites de namoros, por exemplo. 

O uso do CPF de vítimas para aplicar golpes em sites de e-commerce também é muito comum. Os marketplaces pedem o CPF como identificação para acesso e cadastro, e então os criminosos utilizam dados de terceiros para aplicar as fraudes de venda de falsos produtos ou mesmo de compra por fora da plataforma. São muitos tipos diferentes de fraudes, então é importante conhecê-los para fugir dos golpes em marketplaces.  

Saiba como proteger o CPF de fraudes

Para proteger o CPF é preciso adotar hábitos preventivos na rotina de compartilhamento de dados pessoais. Hoje é comum empresas, lojas, prestadores de serviço demandarem informações dos consumidores para construir um banco de dados para relacionamento de marketing e outras ofertas. Há vantagens para o consumidor, mas também riscos. Por isso a dica é buscar informação, fazer filtragem, ativar dispositivos de segurança e monitorar o seu CPF.  

Busque informação

A primeira dica para proteger o CPF é buscar informação sobre o site antes de preencher os dados pessoais. Primeiro desconfie, busque a autenticidade, origem, endereço, referências e só depois de conhecer o site e ter certeza da finalidade de uso dos dados, compartilhe os dados pessoais mínimos necessários.  

Faça filtragem

Há inúmeros aplicativos, sites e plataformas que demandam informações pessoais, como nome completo, CPF, endereço, telefone etc. Revise os cadastros ativos e delete ou descadastre aqueles que não são de uso recorrente. Da mesma forma, exclua do celular aplicativos que não são utilizados e estão associados ao seu CPF.  

Ative dispositivos de segurança

Para aumentar a segurança nos dispositivos, sites e aplicativos de redes sociais e e-mails, ative a autenticação de dois fatores. São funcionalidades que exigem uma confirmação de identidade quando há tentativa de acesso não identificada ou esquecimento de senha. Adotar senha fortes também é uma medida de segurança importante.  

Monitore o CPF e o CNPJ

Para ficar no controle da sua vida financeira e ser alertado sobre movimentações com o seu CPF, é importante acompanhar tudo que acontece com os seus dados. Você pode fazer isso com a consulta gratuita na Serasa com regularidade ou ainda com a assinatura do Serasa Premium, que permite o monitoramento completo, 24 horas por dia, de movimentações em seu CPF e CNPJ, como consultas, Serasa Score, negativações e muito mais.   

Só com a conta Premium você tem atendimento exclusivo na Serasa e controla se seu Serasa Score pode ou não ser consultado pelo mercado. O Premium também avisa sempre que: 

• seu CPF e CNPJ for consultado;  

• seu Serasa Score variar;  

• seus dados vazarem na Dark Web.  

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