Entenda o que é o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix
Entenda o que é o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do PixData de publicação 9 de dezembro de 202510 minutos de leitura
Publicado em: 9 de dezembro de 2025
Categoria Segurança na internetTempo de leitura: 12 minutosTexto de: Time Serasa
Receber uma mensagem avisando que a encomenda está parada no centro de distribuição por causa de uma "pendência fiscal" pode parecer normal à primeira vista. Mas atenção: essa é uma das estratégias do golpe da entrega falsa, fraude que tem enganado milhares de consumidores brasileiros.
Criminosos enviam mensagens falsas por WhatsApp, SMS ou e-mail se passando por empresas como Correios, Loggi e Jadlog. Os textos cobram taxas inexistentes para liberar encomendas e direcionam para links fraudulentos.
Para dar mais credibilidade ao golpe, as mensagens muitas vezes contêm dados pessoais corretos da vítima, como nome, endereço e CPF. Por isso, é fundamental conhecer como funciona essa fraude para evitar prejuízos financeiros.
O golpe da entrega falsa é uma fraude digital em que criminosos se passam por empresas de logística para enganar consumidores que aguardam encomendas. A estratégia é simples: enviar mensagens falsas alegando que há algum problema com a entrega e cobrar taxas inexistentes para liberar o produto.
As mensagens chegam por WhatsApp, SMS ou e-mail e geralmente incluem informações como nome completo, endereço e CPF da vítima. Esses dados são obtidos porque, durante o processo de compra online, as lojas precisam compartilhar essas informações com as transportadoras para viabilizar a entrega.
Os criminosos se aproveitam desse compartilhamento legítimo de dados para criar mensagens convincentes. O texto usa tom de urgência, ameaçando que a encomenda será devolvida ou que haverá “restrições no CPF” caso a pendência não seja resolvida rapidamente.
Ao clicar no link enviado, a vítima é direcionada para um site falso que imita a página oficial da transportadora. Lá, são solicitados mais dados pessoais e o pagamento de uma taxa, geralmente via Pix. Após realizar o pagamento, a pessoa perde o dinheiro e ainda corre o risco de ter informações pessoais usadas em outras fraudes.
Leia também | Como garantir sua segurança na internet
Um dos golpes mais comuns é o que se passa pelos Correios. A mensagem falsa informa que a encomenda está parada no centro de distribuição por causa de uma “pendência fiscal” ou “taxa de alfândega” que precisa ser paga para liberar o produto.
O texto usa frases como “não faremos mais notificações” e “a não regularização pode gerar restrições em seu CPF” para pressionar a vítima a agir rapidamente. Em alguns casos, a mensagem vem acompanhada do endereço correto do destinatário, aumentando a sensação de que se trata de um comunicado oficial.
Os links enviados direcionam para sites falsos, como noticiaurgente.xyz ou consultencomenda.com, que imitam a página dos Correios. Nesses sites fraudulentos, são solicitados dados como CPF, nome completo e endereço. Em seguida, aparece a cobrança de uma “taxa de liberação” falsa que varia entre R$ 57,65 e R$ 76,51, com pagamento via Pix.
Segundo checagem do Fato ou Fake, do G1, os Correios informam que não enviam mensagens por e-mail, SMS ou WhatsApp sobre objetos bloqueados ou para cobrança de taxas. A empresa também alerta que as mensagens fraudulentas costumam conter CNPJ inválido e URLs suspeitas que não têm relação com o site oficial (www.correios.com.br).
Outro golpe da entrega falsa bastante aplicado envolve as empresas Loggi e Jadlog. Nesse caso, criminosos enviam mensagens pelo WhatsApp informando sobre uma “pendência fiscal” que impede o envio do pedido. O texto geralmente contém dados precisos da vítima, como nome completo e endereço.
A mensagem direciona para links falsos, como loggi.rastreioencomendasnovas.com. Apesar de mencionar “Loggi” na URL, a página fraudulenta exibe ícones da Jadlog e solicita dados como nome e CPF da pessoa.
Em geral, a mensagem fraudulenta segue um padrão específico. O texto começa com “Prezado(a)” seguido do nome do consumidor e informa: “Situação: pendência fiscal impede o envio do seu pedido. A encomenda encontra-se em nossa unidade de São Paulo, aguardando liberação para (endereço do consumidor)”.
A mensagem continua: “Enquanto a pendência não for regularizada, o despacho permanecerá suspenso. Assim que recebermos a confirmação, priorizaremos o envio e a entrega ocorrerá em até dois dias úteis”. No final, há um link para “regularizar” a situação.
Ao acessar o link falso, como loggi.rastreioencomendasnovas.com, a página fraudulenta exibe ícones da Jadlog e solicita dados como nome e CPF. Em seguida, aparece a cobrança de R$ 65,87 referente a uma suposta "Emex (Taxa de Emergência Excepcional)". O site falso informa que o pagamento é obrigatório para emissão da nota fiscal e despacho do produto.
Existem sinais claros que ajudam a identificar quando uma mensagem sobre encomendas é falsa. Prestar atenção a esses detalhes pode evitar prejuízos financeiros e proteger dados pessoais.
Mensagens fraudulentas costumam apresentar características específicas que denunciam a fraude:
Tom de urgência excessivo, com ameaças de devolução da encomenda ou restrições no CPF;
Cobrança de taxas adicionais após a compra por WhatsApp, SMS ou e-mail;
Erros de português, CNPJ inválido ou ausente;
Solicitação de dados pessoais que a empresa já deveria ter;
Pagamento exclusivo via Pix, sem outras opções.
Mesmo que a mensagem contenha dados pessoais corretos, isso não garante legitimidade. Criminosos conseguem essas informações através de vazamentos ou do próprio processo logístico.
Os links enviados em mensagens fraudulentas direcionam para sites que imitam páginas oficiais das transportadoras. Alguns sinais de que o site é falso:
URL diferente do endereço oficial da empresa;
Domínios suspeitos como noticiaurgente.xyz, consultencomenda.com ou loggi.rastreioencomendasnovas.com;
Solicitação de pagamento apenas via Pix;
Design semelhante ao site oficial, mas com pequenas diferenças visuais.
Sites oficiais dos Correios sempre terminam em correios.com.br. Antes de clicar em qualquer link, é recomendável verificar o endereço completo e acessar diretamente o site oficial da transportadora para confirmar informações sobre a encomenda.
Leia também | Teve o celular roubado? Aprenda a deletar dados pessoais e financeiros
As empresas de logística alertam que não fazem cobranças adicionais nem enviam links por WhatsApp, SMS ou e-mail para liberar encomendas. Todas reforçam a importância de usar apenas canais oficiais para rastreamento e pagamento de eventuais taxas.
Segundo informações publicadas em reportagem do G1, os Correios esclarecem que não enviam mensagens por e-mail, SMS ou WhatsApp sobre objetos bloqueados ou para cobrança de taxas. A empresa monitora constantemente a disseminação de mensagens falsas que usam indevidamente seu nome e marca.
A orientação é sempre verificar o status das encomendas e realizar pagamentos de tributos apenas pelo site oficial (www.correios.com.br) ou pelo aplicativo dos Correios. Qualquer comunicado recebido fora desses canais deve ser tratado como suspeito.
De acordo com orientações da empresa publicadas em reportagem do G1, a Loggi não solicita pagamentos de taxas para realização de entregas por qualquer meio, incluindo Pix, WhatsApp, SMS, links ou canais não oficiais. A empresa também não solicita dados e documentos pessoais, foto facial para realizar entrega ou cadastro para contrato de trabalho com pagamento de taxas.
Os canais oficiais da Loggi são o site loggi.com e o rastreador de encomendas disponível em loggi.com/rastreador. A empresa orienta a nunca baixar aplicativos fora da loja oficial do fabricante do celular.
Segundo informações publicadas em reportagem do G1, a Jadlog esclarece que não solicita pagamentos por WhatsApp, e-mail ou redes sociais. A empresa também não faz vendas diretas nem cobra taxas adicionais por meio de canais não oficiais.
O site oficial da Jadlog é jadlog.com.br. Qualquer comunicado recebido fora desse canal deve ser verificado antes de tomar qualquer ação.
Proteger-se do golpe da entrega falsa exige atenção e algumas práticas simples de segurança digital. Siga estas orientações para reduzir o risco de cair em fraudes:
Nunca clique em links recebidos por WhatsApp, SMS ou e-mail sem verificar a origem;
Acesse diretamente o site oficial da transportadora para rastrear encomendas;
Desconfie de mensagens com tom de urgência ou ameaças, como "última notificação" ou "restrições no CPF";
Não compartilhe dados pessoais em páginas desconhecidas ou suspeitas;
Jamais realize pagamentos via Pix para links recebidos em mensagens;
Mantenha os aplicativos oficiais das transportadoras instalados no celular para acompanhar entregas de forma segura;
Verifique sempre se a URL corresponde ao site oficial da empresa antes de inserir qualquer informação;
Entre em contato diretamente com a transportadora pelos canais oficiais em caso de dúvida.
Assim, manter suas contas em ordem não é só uma prática de organização – é uma estratégia real de proteção.
Além de estar atento aos sinais do golpe da entrega falsa, monitorar os dados pessoais é uma medida importante para identificar rapidamente o uso indevido de informações em fraudes e golpes digitais.
O monitoramento permite acompanhar se dados como CPF, nome completo e documentos estão sendo usados sem autorização. Essa prática ajuda a detectar tentativas de abertura de contas falsas, empréstimos fraudulentos e outras atividades suspeitas.
Saiba mais sobre a importância do monitoramento de dados pessoais e como fazer.
Data de publicação 9 de dezembro de 202510 minutos de leitura
Data de publicação 2 de dezembro de 20256 minutos de leitura
Data de publicação 13 de outubro de 20256 minutos de leitura