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Golpe do Pix: conheça os tipos e saiba como se prevenir

Saiba quais são os tipos mais comuns de golpe do Pix, entenda como se proteger contra fraudes e perdas financeiras e se é possível recuperar o dinheiro.

Atualizado em: 30 de julho de 2024

Categoria Consultar CPFTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Logotipo Pix na tela do smartphone em fundo branco. Pix é o novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil.

Desde que foi lançado, em 2020, o Pix tem mudado a forma como o consumidor adquire produtos e serviços. Por ser um meio de pagamento ágil, tornou-se muito popular entre os brasileiros. Ao mesmo tempo, criminosos se aproveitam dessa agilidade para criar golpes e

É preciso tomar cuidado com as tentativas de roubo – tanto dos dados pessoais quanto do próprio dinheiro envolvido na transação.

Conheça os diferentes tipos de golpe do Pix e dicas práticas de prevenção para não cair em fraudes.

Assista | Golpe do Pix

O que é e como funciona o Pix

O Pix é uma modalidade de pagamento instantâneo lançada no Brasil em novembro de 2020 pelo Banco Central (BC) com objetivo de facilitar e agilizar as transações financeiras entre pessoas e empresas. 

A vantagem é que o Pix pode ser acionado 24 horas por dia e 7 dias por semana, inclusive nos finais de semana e feriados. O valor transferido por esse método cai na hora na conta do destinatário.

Muitas instituições financeiras negociam taxa zero na operação entre pessoas físicas, diferentemente das outras modalidades de transferência, como TED ou DOC, que costumam ser cobradas.

Por isso o Pix tem ganhado a preferência dos brasileiros. As estatísticas do BC apontam mais de 765 milhões de chaves cadastradas até junho de 2024.

Golpe do Pix: conheça os principais tipos

Conheça a seguir os tipos de golpe do Pix já identificados pela polícia e pelo BC:

1. Golpe do cadastro do Pix

Esse tipo de golpe ocorre desde o surgimento do Pix. Nele, a pessoa recebe e-mails, SMS ou mensagens em redes sociais e aplicativos em nome de falsas instituições financeiras. Elas convidam o consumidor a cadastrar chaves Pix para ativar pagamentos e recebimentos.

Ao clicar nos links enviados, os anúncios levam para sites falsos, com layout igual ao de bancos conhecidos. O texto costuma ser bem persuasivo e traz argumentos válidos e verdadeiros sobre as vantagens do Pix.

  • A vítima, então, preenche um cadastro com as supostas chaves do Pix com seus dados pessoais. Os golpistas podem solicitar, ainda, nome completo e até mesmo dados bancários e senhas. O resultado é que, além de não ter nenhuma chave Pix cadastrada, os criminosos passam a ter acesso aos dados pessoais da vítima para realizar fraudes.


Como se proteger do golpe do cadastro?

A recomendação para identificar esse tipo de golpe do Pix é estar atento ao procedimento adotado pela instituição financeira.

Normalmente os bancos não entram em contato com os correntistas para solicitar o cadastro do Pix, mas oferecem a possibilidade toda vez que o cliente acessa o aplicativo ou o site de internet banking.

2. Comprovante de Pix falso

O falso comprovante de Pix é um golpe operado em transações eventuais e informais entre desconhecidos, ou seja, quando ainda não está estabelecida uma relação de confiança entre as partes. É o caso da compra e venda entre pessoas físicas quando há uma transação feita pela internet, mas com entrega física do produto.

  • O criminoso vai até o local combinado para a entrega. O comprador entrega o produto e o criminoso, então, envia por WhatsApp um comprovante de transferência via Pix. O comprovante é idêntico ao gerado pelo banco, porém falso. Ou seja: nesse tipo de golpe do Pix, o criminoso retira o produto, mas entrega um comprovante falso de pagamento.
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Como se proteger do golpe do falso comprovante?

Para evitar cair nesse golpe, é preciso identificar se a transferência foi feita na hora. Não aceite agendamento de Pix no caso de primeira venda.

Uma dica é acionar as notificações nos aplicativos de instituições bancárias. Desconfie caso tenha recebido o comprovante, mas não a notificação.

Outra forma de garantir a segurança do pagamento é acessar o aplicativo do banco e conferir o extrato, pois o dinheiro transferido por Pix entra na conta na hora.

3. Golpe do Pix errado

Outro crime frequente é ainda mais ardiloso: o golpe do Pix errado.

Nele, o golpista forja um comprovante de transferência por meio do Pix de uma instituição bancária e envia ao consumidor por WhatsApp ou e-mail. Estranhando aquele comprovante de depósito, o consumidor questiona sobre o que se refere.

  • Nesse momento, o criminoso justifica que errou ao realizar o Pix e pede que o consumidor reembolse o valor para a conta dele. Ou seja, além de não ter caído nenhum valor novo em conta, o criminoso ainda faz o consumidor pagar uma quantia a ele.
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Como se proteger do golpe do Pix errado?  

É importante conferir, no extrato, se o valor pedido como devolução realmente caiu na conta. Se o valor não tiver sido creditado na conta, desconfie.

4. Golpe do Pix agendado

  • Nesse caso, os criminosos agendam uma transferência para a conta da vítima e a acionam para avisar sobre o erro e pedir reembolso. Quando a vítima transfere a quantia, os golpistas suspendem o agendamento. Novamente, não houve nenhuma transferência e a vítima pegou o próprio dinheiro para “devolver" ao criminoso.
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Como se proteger do golpe do Pix agendado?

Ao ser abordado por desconhecidos com comprovantes de Pix, preste atenção. Antes de reembolsar, espere a confirmação de compensação do valor na sua conta bancária.

O Pix permite a devolução de valores transferidos. Para isso, basta clicar no valor creditado. Se efetivamente houver erro na transferência, é possível devolver por meio do aplicativo do banco.

5. Golpe do robô do Pix

Outro crime de estelionato virtual que vem crescendo no país é o chamado golpe do robô do Pix. Nele, os criminosos divulgam posts em redes sociais, e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens com promoções falsas.

Nessas promoções, a vítima precisa fazer uma quantia mínima de Pix para receber de volta, automaticamente, um valor que chega a ser 10 vezes maior. Uma das principais iscas para essas falsas promoções é o oferecimento do retorno financeiro em criptomoedas.

  • Além disso, os criminosos também podem direcionar o consumidor para sites falsos, nos quais eles inserem dados pessoais, que são roubados e utilizados para outras fraudes, incluindo a clonagem de cartão de crédito.
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Como se proteger do golpe do robô?

Para evitar esse tipo de golpe, desconfie sempre de promoções que prometem dinheiro fácil mediante o pagamento adiantado de uma parcela de dinheiro.

6. Golpe do Pix antecipado

Esse é um dos golpes mais recentes envolvendo o Pix. Nele, o criminoso liga para a vítima se passando por um funcionário do banco para aplicar o golpe.

Na ligação, o golpista informa ao cliente que alguém tentou fazer um Pix na conta dele e que o valor cairia no dia seguinte. Por isso, será preciso que a vítima entre no aplicativo do banco e digite os dados de determinada pessoa, como se fosse fazer um Pix – mas, antes de completar a operação, aparecerá um aviso na tela para cancelar o chamado “Pix antecipado”.

  • O problema é que o Pix acaba sendo efetivado e, portanto, o dinheiro da vítima é roubado. A ligação parece ser verdadeira, pois os golpistas já entram em contato com todos os dados pessoais do consumidor, inclusive dados de extrato bancário, o que torna mais difícil detectar a fraude.
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Como se proteger do golpe do Pix antecipado?

Os bancos alertam para que clientes não sigam nenhum passo a passo informado durante ligações. A orientação é desligar o telefone e informar o ocorrido à central de atendimento ao cliente.

O que fazer quando se cai no golpe do Pix?

O Banco Central criou, no final de 2021, o chamado mecanismo especial de devolução (MED) do Pix. Ele é específico para a restituição de valores suspeitos de falhas operacionais dos bancos ou de fraudes.

Na prática, a indicação é acessar o próprio aplicativo do banco para solicitar a devolução ou entrar em contato com a instituição financeira em uma das agências ou canais de atendimento. Será preciso, portanto, verificar qual é o procedimento adotado pelo banco.

Também é recomendado registrar um boletim de ocorrência para comprovar que foi vítima de crime, facilitando a análise do banco e a posterior devolução do dinheiro.

  • Portanto, ao cair no golpe do Pix, siga as etapas:
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  • ●      Entre em contato com o banco e solicite a devolução.
  • ●      Registre um boletim de ocorrência na polícia.

O que acontece depois de registrada a fraude?

A devolução do dinheiro pode ser solicitada até 90 dias depois da data da transação do Pix. O banco, então, notificará a instituição que recebeu a transferência suspeita para que os valores sejam bloqueados.

Alguns bancos já oferecem pacotes de serviço de seguro que cobrem alguns danos relacionados ao Pix. Esses planos podem ter mensalidades que variam entre R$1 e R$20, dependendo do banco e da relação com o cliente da instituição.

Dicas para não cair no golpe do Pix

  1. Use apenas o aplicativo e site do próprio banco

    A chave Pix só pode ser acessada na própria conta bancária. Então, sempre utilize esse meio de pagamento no aplicativo ou no site oficial do banco.

    Desconfie sempre de mensagens recebidas com links para acessar sites e baixar aplicativos de bancos.

     

  2. Nunca informe a senha da conta ou cartão de crédito

    Alguns criminosos pedem, além da chave Pix, a senha da conta bancária ou do cartão de crédito do consumidor para supostamente fazer uma transferência.

    Mas lembre-se: a chave Pix é diferente da senha. Ao fazer um pagamento com Pix, o único dado que é preciso informar é a chave – nenhum outro dado pessoal é solicitado.

     

  3. Não utilize redes de internet públicas para pagamentos via Pix

    As redes de wi-fi públicas podem ser porta de entrada para criminosos que miram o vazamento de dados pessoais e bancários. Essa entrada é facilitada pela falta de segurança dessas redes públicas, que podem ser infestadas de vírus.

    Por isso, sempre que for utilizar o aplicativo ou site do banco para fazer a transferência via Pix, utilize a sua própria rede de internet. Se possível, instale antivírus nos computadores e dispositivos móveis.

     

  4. Não utilize redes de internet públicas para pagamentos via Pix

    As redes de wi-fi públicas podem ser porta de entrada para criminosos que miram o vazamento de dados pessoais e bancários. Essa entrada é facilitada pela falta de segurança dessas redes públicas, que podem ser infestadas de vírus.

    Por isso, sempre que for utilizar o aplicativo ou site do banco para fazer a transferência via Pix, utilize a sua própria rede de internet. Se possível, instale antivírus nos computadores e dispositivos móveis.

     

  5. Confira se o dinheiro do Pix caiu na conta na mesma hora

    Ao receber um pagamento via Pix, esteja com o aplicativo de banco acessível para conferir o extrato na hora da transação ou aguarde a compensação para confirmar.

     

  6. Atenção aos QR Codes

    Uma das formas de realizar o pagamento por Pix é enviando ou recebendo QR Codes, o que elimina a necessidade de inserir uma chave Pix.

    Por isso, sempre confira os dados da conta de destino que constam logo abaixo do QR Code. Isso evita muitos golpes do Pix, que são enviados por esse tipo de código.

     

  7. Desconfie de pedidos de Pix por aplicativos de mensagem

    Sabe aquela mensagem suspeita do filho ou do amigo que chega de um número estranho no WhatsApp? A foto é a mesma, mas a mensagem é pedindo um valor de Pix?

    Isso costuma ser golpe e ocorre quando o WhatsApp da vítima é clonado. Por isso, não faça a transferência e tente verificar pessoalmente, se possível, se a mensagem é da pessoa ou não.

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