Saiba o que fazer quando a Black Friday vira “Black Fraude”
Golpes na Black Friday visam prejudicar o consumidor. Aprenda a identificar táticas enganosas de cibercriminosos
O evento Black Friday ocorre na última sexta-feira de novembro e é uma época de ofertas, descontos e promoções para impulsionar compras no varejo. Mas é também um período em que aumentam as reclamações sobre infração ao direito dos consumidores e cibercrimes, ou seja, golpes comuns na Internet, como phishing e malware, com o gancho da data promocional.
Os golpes de lojistas que fazem anúncios de má-fé para obter lucros são conhecidos como “Tudo pela metade do dobro”. São casos em que comerciantes aumentam preços na véspera para ampliar a porcentagem de desconto na data da Black Friday. Entre as reclamações desta época também estão os preços alterados no carrinho de compras, o preço abusivo do frete e o prazo de entrega maior do que o prometido.
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Black Friday virou Black Fraude? Saiba o que fazer
Reúna o maior número de registros do processo de compra, como imagem do anúncio, imagem do site de venda, print da tela do carrinho de venda, comprovante de compra e outros.
Acesse o espaço do Fale Conosco do site de e-commerce onde você fez a compra e faça a reclamação oficial. Guarde o comprovante.
Procure sites como o Reclame Aqui e registre o ocorrido. Muitas empresas aceitam negociar e resolver por intermédio da plataforma online.
Registre a reclamação no Procon (Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor) do seu Estado ou da sua cidade. A maior parte aceita notificação online. Neste site, você encontra os links para todos os Procons registrados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) – do Ministério da Justiça e Cidadania.
Porém, como já mencionamos, esta também é uma data em que os cibercriminosos elaboram estratégias para enganar consumidores com a intenção de fazer compras vantajosas.
Nesta época, normalmente há mais registros de golpes de phishing e malware para vitimar o comprador do que de ransomware para aplicar o golpe nos sistemas de venda dos lojistas. Um levantamento da plataforma Axur indica que na Black Friday de 2020 foram detectados 3.398 casos de phishing, um aumento de 16,82% em relação ao evento de 2019.
Os golpes de phishing mais comuns são aqueles que chegam por e-mail, por anúncio ou contas falsas em mídias sociais e aplicativos de mensagens com ofertas tentadoras. Você clica e é direcionado para um site onde serão cadastrados os seus dados pessoais e financeiros. Normalmente, os sites falsos têm como objetivo extrair dados pessoais para revender ou roubar número de cartão de crédito e senha.
O mesmo levantamento apontou que, de outubro a dezembro, 325.250 cartões de crédito e débito com dados completos foram identificados pela Axur expostos na Web. Destes, 98,93% (321.773 cartões) estavam dentro da data de validade no momento da detecção. Saiba o que fazer se você for vítima deste tipo de fraude.
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O que fazer em caso de cibercrime na Black Friday
Reúna todos os registros de interação com os golpistas. A primeira mensagem enviada, a página de cadastro, prints de diálogos em aplicativos de mensagens e qualquer outra informação relacionada.
Acesse o site da delegacia de polícia do seu Estado e faça um boletim de ocorrência, normalmente tipificado como estelionato ou outros crimes. Faça upload dos registros colhidos. Confira os sites das delegacias.
Atualize o antivírus do seu computador e faça varredura nos seus demais dispositivos conectados à Internet.
Denuncie os perfis falsos às plataformas mediadoras: WhatsApp, gerenciador de e-mails, Facebook, Instagram, Telegram etc.
Compartilhe o golpe com a sua comunidade de amigos e familiares e monitore o uso do seu CPF para agir imediatamente caso seus dados sejam usados para contrair empréstimos ou outras dívidas no seu nome.
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Com ele, você será alertado por e-mail e SMS quando houver uma movimentação no seu CPF e CNPJ como: novas consultas, protestos, ações judiciais, vazamento de dados na Dark Web e mudança em seu score e muito mais:
Função Lock&Unlock: bloqueie e desbloqueie seu Serasa Score para consultas de terceiros. Isso pode ajudar você a evitar que golpistas peçam crédito em seu nome.
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