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Dinheiro e relacionamento: como evitar conflitos financeiros no amor

Descubra como o dinheiro afeta relacionamentos amorosos e aprenda estratégias para evitar conflitos financeiros, com base em pesquisa da Serasa e dicas de especialistas.

Publicado em: 11 de junho de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 13 minutos

Texto de: Time Serasa

O custo do casamento no Brasil

Para aproveitar a passagem do Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho, a Serasa encomendou uma pesquisa especial e que traz resultados surpreendentes: 53% dos brasileiros consideram o dinheiro a principal causa de brigas nos relacionamentos.

Os dados do estudo que ouviu pessoas de todas as regiões do país mostram que as questões financeiras podem fortalecer ou destruir vínculos amorosos, dependendo de como são abordadas.

Entender como o dinheiro influencia as relações afetivas é fundamental para construir relacionamentos saudáveis e duradouros. Conhecer os principais conflitos financeiros entre casais e aprender estratégias práticas pode transformar o dinheiro em aliado, não em vilão do amor.

Por que o dinheiro interfere nos relacionamentos?

As questões financeiras mexem com aspectos da personalidade e dos valores de cada pessoa e de suas origens. Segundo a pesquisa, realizada com 1.120 brasileiros, o impacto do dinheiro nos relacionamentos vai muito além de simples discussões sobre gastos e orçamentos.

Os números mostram que o dinheiro não é apenas uma questão prática, mas um reflexo de como cada pessoa lida com responsabilidade, planejamento e transparência. A psicóloga do Dinheiro Valéria Meirelles explica que “quando as questões financeiras aparecem nos relacionamentos, elas podem abalar projetos de vida construídos em conjunto. Por trás do dinheiro, estamos falando de valores e crenças que dizem respeito ao posicionamento na vida”.

Os 4 principais conflitos financeiros entre casais

A pesquisa da Serasa identificou quatro situações que mais geram desentendimentos financeiros nos relacionamentos, cada uma revelando aspectos diferentes sobre como casais lidam com dinheiro.

  1. Decisões impulsivas sem planejamento

    A impulsividade financeira é responsável por 35% dos conflitos entre casais, segundo o levantamento. A psicóloga Valéria Meirelles destaca que “as decisões financeiras sem pensar quebram qualquer planejamento e perspectiva de construir um projeto juntos”.

    Exemplos comuns incluem:

    ●     Compras por impulso que comprometem o orçamento do casal.

    ●     Gastos não combinados que afetam planos em conjunto.

    ●     Mudanças de última hora que impactam compromissos financeiros assumidos.


  2. Falta de transparência financeira

    Quase metade dos entrevistados (49%) admite já ter escondido problemas financeiros do parceiro. Essa "infidelidade financeira" acontece, principalmente, por constrangimento, vergonha ou medo de perder o relacionamento.

    “A questão financeira, na nossa sociedade, fala muito sobre competência e sucesso. Por isso, as pessoas escondem problemas financeiros porque têm vergonha de assumir que estão com dificuldades”, explica Valéria, conhecida como a psicóloga do dinheiro.


  3. Gastos excessivos com supérfluos

    Cerca de 32% dos conflitos surgem devido a gastos desnecessários. Quando um dos parceiros tem dificuldade em controlar impulsos de consumo, isso pode gerar tensões constantes e comprometer metas compartilhadas.


  4. Diferenças de estilo de vida

    Disparidades financeiras muito grandes podem levar a conflitos sobre estilos de vida incompatíveis. Como aponta Valéria: “Se um quer ir ao restaurante comer fora todo fim de semana e o outro não pode, fica mais complicado. A situação financeira dá pistas sobre o estilo de vida da pessoa.

O fenômeno da infidelidade financeira

A infidelidade financeira é mais comum do que se imagina. Trata-se de esconder dívidas, gastos ou problemas financeiros do parceiro, criando uma quebra de confiança que pode ser tão prejudicial quanto outras formas de traição.

Por que as pessoas escondem problemas financeiros?

  • Os principais motivos incluem:

  • ●     Vergonha: medo de ser julgado pela situação financeira.
  • ●     Medo de perder o parceiro: receio de que os problemas financeiros acabem com o relacionamento.
  • ●     Desejo de resolver sozinho: tentativa de solucionar a questão sem envolver o parceiro.
  • ●     Pressão social: dificuldade em admitir dificuldades em uma sociedade que associa sucesso financeiro à competência pessoal.

As consequências da falta de transparência financeira

  • Quando a verdade vem à tona, as consequências podem ser devastadoras:

  • ●     perda de confiança no relacionamento;
  • ●     comprometimento de planos futuros;
  • ●     dívidas inesperadas que afetam ambos os parceiros;
  • ●     desgaste emocional e estresse na relação.

Quando o dinheiro vira ferramenta de manipulação

A pesquisa revela que 41% dos brasileiros já ficaram com CPF negativado por causa de um relacionamento. Valéria Meirelles alerta: “Em nome do amor, você pode muitas vezes fazer um empréstimo para o outro ou emprestar o cartão de crédito. Em situações mais drásticas, isso pode ser considerado abuso financeiro.

Sinais de abuso financeiro

  • ●     pressão constante para emprestar dinheiro ou cartão;
  • ●     chantagem emocional usando o relacionamento como moeda de troca;
  • ●     controle excessivo sobre as finanças do parceiro;
  • ●     gastos não autorizados em nome do cônjuge;
  • ●     promessas não cumpridas de pagamento de dívidas.

Como se proteger

  • ●     Mantenha sempre sua independência financeira.
  • ●     Estabeleça limites claros sobre empréstimos e garantias.
  • ●     Não misture sentimentos com decisões financeiras importantes.
  • ●     Busque ajuda profissional se sentir pressão financeira constante.

O impacto financeiro após o término

Os efeitos financeiros de um relacionamento podem persistir muito além do fim da relação amorosa. A pesquisa da Serasa mostra que 45% dos brasileiros contraíram dívidas do ex-parceiro mesmo após o término.

Situações comuns após o término

  • ●     dívidas assumidas em conjunto que continuam em nome de apenas um;
  • ●     financiamentos compartilhados que precisam ser renegociados;
  • ●     cartões de crédito adicionais não cancelados;
  • ●     empréstimos feitos para ajudar o ex-parceiro.

Como se reorganizar financeiramente

Valéria Meirelles observa que muitas pessoas, após o término, entram na mentalidade do “eu mereço” como forma de se acolherem: "As pessoas ficam tristes e pensam 'estou triste, terminei um relacionamento, então mereço me dar aquele objeto, aquela casa, aquele apartamento’”.

  • Para evitar esse ciclo:

  • ●     Faça um levantamento completo de suas finanças.
  • ●     Quite ou renegocie dívidas compartilhadas.
  • ●     Cancele cartões e contas conjuntas.
  • ●     Estabeleça um novo orçamento baseado apenas na sua renda.
  • ●     Busque apoio emocional para não tomar decisões impulsivas.

Investigação financeira antes do comprometimento amoroso

Os dados da pesquisa revelam um número que é tão surpreendente quanto curioso: 24% dos entrevistados já investigaram a situação financeira de alguém antes de se envolver romanticamente, e 10% consultaram o score e CPF do possível parceiro.

Essa prática de investigação financeira faz sentido?

"Dinheiro é coisa séria. Pede ética, planejamento e cuidado", defende Valéria Meirelles. "Claro que não podemos colocar isso como algo absolutamente determinante, porque uma pessoa em início de carreira ou começo da vida profissional tem todo um período de crescimento. Mas se uma pessoa está negativada várias vezes ou com score baixo, podemos pensar alguns aspectos em termos de responsabilidade na vida e maturidade".

  • A situação financeira pode revelar:
  •  
  • ●     nível de responsabilidade pessoal;
  • ●     capacidade de planejamento;
  • ●     compatibilidade de estilos de vida;
  • ●     valores relacionados ao dinheiro.

Como abordar o tema dinheiro sem constrangimento do casal

  • ●     Comece com conversas leves sobre hábitos de consumo.
  • ●     Observe atitudes práticas em relação ao dinheiro.
  • ●     Discuta planos e sonhos futuros que envolvam finanças.
  • ●     Seja transparente sobre sua própria situação financeira.

Como manter a comunicação financeira saudável

Embora 65% dos casais afirmem conversar abertamente sobre dinheiro, ainda há espaço para melhorar a qualidade dessas conversas.

Estratégias para uma comunicação eficaz

  • ●      Crie um ambiente seguro: estabeleça momentos específicos para falar sobre dinheiro, em ambiente calmo e sem julgamentos.
  • ●      Seja transparente: compartilhe informações sobre renda, dívidas, objetivos e medos financeiros.
  • ●      Ouça ativamente: entenda as perspectivas e preocupações do parceiro antes de apresentar soluções.
  • ●      Defina acordos claros: estabeleça regras sobre gastos individuais, decisões em conjunto e metas compartilhadas.

Evitando julgamentos

  • ●     Foque nos fatos, não nas emoções.
  • ●     Evite críticas pessoais sobre hábitos passados.
  • ●     Concentre-se em soluções para o futuro.
  • ●     Reconheça que cada pessoa tem uma relação diferente com o dinheiro.

Construindo projetos financeiros em conjunto

Para Valéria Meirelles, “o estar junto é uma busca por alinhamento com o projeto de vida que cada um tem. Quando as questões financeiras aparecem, elas podem ruir com esses projetos”.

Mantendo a individualidade

  • ●     Preserve alguma autonomia financeira.
  • ●     Respeite sonhos e metas individuais.
  • ●     Mantenha espaço para gastos pessoais sem prestação de contas.
  • ●     Equilibre decisões conjuntas com liberdade individual.

Quando o casal ou um dos dois deve buscar ajuda profissional

  • Alguns sinais indicam que é hora de procurar apoio especializado:
  •  
  • ●     brigas constantes sobre dinheiro;
  • ●     descoberta de dívidas escondidas;
  • ●     diferenças irreconciliáveis sobre prioridades financeiras;
  • ●     comportamentos financeiros compulsivos;
  • ●     situações de abuso financeiro.

Tipos de ajuda disponível

  • ●     Psicólogos especializados em finanças: para questões comportamentais e emocionais.
  • ●     Planejadores financeiros: para organização prática do orçamento.
  • ●     Terapia de casal: para melhorar a comunicação sobre todos os aspectos da relação.
  • ●     Consultoria financeira: para renegociação de dívidas e planejamento.

Transforme o dinheiro em aliado do relacionamento

O dinheiro não precisa ser fonte de conflito no namoro. Com transparência, comunicação e planejamento, as finanças do casal podem fortalecer vínculos e ajudar a construir o futuro que desejam.

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Perguntas frequentes sobre dinheiro e relacionamento

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