Pix para crianças: cuidados, limites e como ensinar a usar
Pix para crianças: cuidados, limites e como ensinar a usarData de publicação 9 de outubro de 202510 minutos de leitura
Publicado em: 29 de abril de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 16 minutosTexto de: Time Serasa
Em meio ao período de declaração do IR, é importante esclarecer como o sistema tributário funciona, quem são os contribuintes obrigados e como o imposto arrecadado é utilizado para o bem-estar social. Com essas informações, entenda se é justo pagar Imposto de Renda no Brasil.
O Imposto de Renda é um dos tributos aplicados para contribuintes brasileiros. Esse imposto é federal e é cobrado anualmente sobre a renda que cada pessoa ganha, a partir de um determinado valor.
Para o controle dessa cobrança, existe a declaração do Imposto de Renda. Nela, o governo solicita aos trabalhadores e empresas que informem à Receita Federal seus ganhos anuais. Com esses dados, a Receita Federal cruza as informações, como despesas e ganhos e avalia se está correta a declaração e se será necessário que o contribuinte pague algo ou até receba uma restituição, dependendo do valor que já tiver sido retido em sua fonte, por exemplo.
Em 2025, as faixas de tributação do Imposto de Renda são as seguintes:
| Base de cálculo | Alíquota |
|---|---|
| Até R$ 2.259,20 | - |
| De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 | 7,5% |
| De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15,0% |
| De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22,5% |
| Acima de R$ 4.664,68 | 27,5% |
O Imposto de Renda é uma forma de tributação que tem sido alvo de constante debates há décadas. Isso porque para torná-lo justo é preciso que governo e instituições no seu entorno tomem uma série de cuidados ao cobrá-lo.
Nos últimos anos, por exemplo, se discutiu muito sobre as faixas de tributação do IR e como havia necessidade de ajustá-la constantemente, acompanhando também questões como a inflação e o custo de vida. Só esse pilar já influencia muito no fato de ser um imposto justo ou não, já que se não acompanhar o custo e vida que as pessoas têm, essa tabela se torna defasada e acaba fazendo com que quem ganha pouco preciso pagar muito caro.
Outro ponto importante neste cenário é o tipo de rendimento que é tributado, enquanto outros são isentos. Por exemplo, o fato de lucros e dividendos serem menos tributados do que rendimentos do trabalho acaba agindo para poder tornar o IR menos justo frente a parte da população que tem renda apenas através do trabalho.
Por outro lado, existem ferramentas como a restituição por lotes que busca priorizar alguns grupos, com critérios como idade e data de entrega da declaração, para que recebam o valor de volta mais cedo.
Por fim, também pode-se considerar o Imposto de Renda justo quando se analise a aplicação do montante arrecadado em diversas áreas sociais, como saúde e educação.
O principal ponto é a forma como essa arrecadação é feita e se a contribuição de cada cidadão está sendo justa de acordo com aquilo que a pessoa recebe e que pode ter para contribuir.
A capacidade contributiva é um conceito que abrange questões como: os rendimentos de um cidadão; o seu conjunto patrimonial; suas despesas totais; além de incrementos patrimoniais e de valor do patrimônio. Analisando essas informações, a ideia da capacidade contributiva é entender o quanto aquela pessoa consegue participar da arrecadação de impostos, por exemplo.
Por tanto, esse conceito explica que deve haver ligação diferente entre a capacidade contributiva de um cidadão a os impostos que são cobrados dele.
A isenção do Imposto de Renda, por exemplo, usa como base essa questão da capacidade contributiva. Com isso, quem tem menor renda, contribui menos do que quem tem maior renda, e aqueles que não atingem o teto de renda anual estão dispensados da declaração do IR.
Neste sentido, se for usado corretamente, o princípio da capacidade contributiva pode se tornar um instrumento de justiça fiscal. Ele pode, por exemplo, ajudar a corrigir as desigualdades entre contribuintes que tem maior poder de contribuição e aqueles que estão passando por períodos de dificuldades financeiras ou desemprego.
A justiça fiscal abrange a ideia de que é possível tornar a arrecadação de impostos e taxas mais justa. Isso pode acontecer através da análise de como a tributação deve ser aplicada, se em bens supérfluos ou em bens básicos, se na renda ou no lucro, entre outras questões.
Além disso, as isenções e tabelas que definem as cobranças também precisam passar por essa análise crítica para que não acabem pesando mais no bolso de quem tem menos recursos.
Cada uma dessas decisões vai impactar na promoção de uma tributação mais justa no Brasil, com foco na redistribuição de riquezas e no combate às desigualdades sociais.
Os valores arrecadados com o imposto de renda contribuem para o desenvolvimento do Brasil e não tem apenas uma destinação específica. Por isso, o que é arrecadado pode ser utilizado tanto para financiar áreas como a saúde e educação, quanto a segurança e inúmeros serviços públicos prestados ao cidadão brasileiro.
Segundo o site da Receita Federal, desde 1979 é o imposto que mais arrecada recursos para o País. Este tributo também pode ajudar a redistribuir renda, já que pode cobrar mais de quem ganha mais e menos daqueles que tem menor renda.
Uma outra forma de impulsionar o desenvolvimento da sociedade através dos impostos é com ferramentas como a destinação do imposto de renda. Essa é uma forma legal e segura de ajudar e incentivar projetos sociais e culturais, que pode ser feita por pessoas físicas ou jurídicas.
Nela, a pessoa ou sua empresa pode destinar parte do seu imposto à projetos sociais, estimulando a proteção às crianças, adolescentes e idosos, as atividades culturais, audiovisuais e desportivas. É a participação cidadã em benefício de toda a sociedade, sem custo.
Segundo informa o portal gov.br, durante o ano os valores ou bens poderão ser doados diretamente aos fundos especiais e aos projetos previamente aprovados pelos órgãos competentes.
Outra opção é fazer a doação diretamente na entrega da Declaração de Imposto de Renda. Neste caso, o cidadão poderá destinar até 3% de imposto para os fundos de proteção às crianças e adolescentes e mais 3% aos fundos de proteção aos idosos. Esses valores são deduzidos do imposto de renda devido, ou seja, você não paga nada a mais por isso.
Já para quem optar por fazer a destinação como pessoa jurídica, o caminho é outro. Segundo o governo, se a sua empresa for tributada pelo lucro real, ela também pode incentivar as mesmas atividades e fundos. Os valores poderão ser deduzidos do imposto devido na contabilidade e escrituração da empresa.
Para entender mais sobre o funcionamento do Imposto de Renda, consulte conteúdos que fornecem dicas práticas, por exemplo, sobre como declarar empréstimo o Imposto de Renda corretamente, quem tem isenção na declaração, e quais tipos de investimento não pagam imposto de renda.
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