Dinheiro e relacionamento: como evitar conflitos financeiros n...
Dinheiro e relacionamento: como evitar conflitos financeiros no amorData de publicação 11 de junho de 202513 minutos de leitura
Atualizado em: 4 de junho de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 16 minutosTexto de: Time Serasa
Seja para realizar o sonho do casamento, da casa própria, seja para organizar as contas do cotidiano, o planejamento financeiro para casal é um passo importante na vida de quem ainda vai se casar ou já é casado.
O planejamento financeiro é um processo que envolve unir as rendas, sonhos e objetivos dos parceiros. Também é um meio para alcançar metas em comum e ter mais controle sobre o dinheiro no dia a dia, seguindo as prioridades definidas em conjunto.
Fazer o planejamento financeiro pode parecer complicado, mas dividindo esse processo em passos, tudo pode ficar mais simples.
O início do planejamento financeiro deve ser uma conversa aberta sobre as finanças individuais do casal, incluindo renda, dívidas, hábitos de consumo e objetivos de longo prazo. Sabendo como está a situação financeira do seu parceiro ou parceira será mais fácil planejar como viver em dupla também.
Para isso, criem o hábito de separar um tempo todo mês para analisar as finanças de casal. Se possível, agende para o mesmo dia ou semana. Assim, essa conversa se tornará um compromisso de ambos e será mais fácil estarem alinhados sobre como está o orçamento familiar e individual de cada um. Isso evita surpresas e frustrações e mantém os dois unidos para realizar as metas que escolherem como casal.
Estando alinhados sobre a necessidade de conversar e acompanhar as finanças em casal, é hora de criar um orçamento realista. Ele deve refletir as receitas e despesas do casal, considerando tanto as prioridades quanto as metas financeiras.
Para criar esse orçamento, registrem todos os ganhos e as despesas fixas e variáveis individuais e em conjunto. Isso ajuda a entender para onde o dinheiro está indo e identificar áreas em que se pode economizar.
O orçamento pode ser feito em planilhas digitais ou até mesmo com anotações em cadernos e agendas de papel. Isso vai depender do perfil de cada um do casal ou, se apenas um dos dois ficar responsável diretamente pelas anotações, principalmente de quem for controlar os dados.
Quais são os sonhos e objetivos que o casal tem em comum? Comprar uma casa, viajar, se aposentar, começar a investir? O importante é definir metas realistas e prazos para alcançá-las. Lembrem-se que os prazos também precisam ser realistas, já que metas cujo investimento é alto precisarão de mais tempo para serem conquistadas.
Ao definir as metas, é possível identificar os recursos necessários para realizar cada sonho e determinar um valor mensal para ser guardado. Esse valor pode ser dividido entre o casal ou ser proporcional ao salário de cada um. Novamente, será importante ter uma conversa franca para que os dois estejam de acordo com essa divisão e evitem frustrações futuras.
Para estipular uma quantia fixa a ser poupada, o casal deve levar em consideração:
● A média de gastos básicos mensais (incluindo gastos fixos como aluguel e os gatos variáveis como alimentação).
● A média salarial de cada um (será preciso fazer esse cálculo, especialmente se um dos dois trabalhar como freelancer ou sem carteira assinada, por exemplo).
● Quanto custa cada uma das metas criadas.
Usando estes dois dados, vocês poderão entender quanto é possível guardar por mês e adequar esse valor a realidade de cada um dos dois.
O fundo de reserva (ou reserva emergencial) é um montante para ser gasto exclusivamente no caso de um imprevisto ou uma emergência. O recomendado é que seu valor dê para cobrir as despesas de três a seis meses.
Para criá-lo, o casal deve guardar uma pequena parcela mensalmente, até alcançar as metas estabelecidas. Quando chegar ao valor pré-acordado, é preciso escolher onde esse valor será guardado, como em uma poupança ou em um investimento que dê a possibilidade de resgate rápido quando for necessário.
O essencial é que essa reserva de emergência só deve ser acessada em caso de necessidade real. Por isso, esse valor fica separado do restante das finanças do casal.
O casal deve decidir como vai dividir as contas e responsabilidades financeiras. A divisão pode ocorrer de acordo com a renda de cada um ou pelo tipo de despesa, por exemplo. Seja qual for a escolha, essa divisão deve ficar equilibrada de uma forma que ambos concordam com os pagamentos e estejam atentos às próprias responsabilidades.
Justamente para simplificar a tarefa de cumprir suas obrigações sem precisar que o cônjuge que te lembre delas, existe a possibilidade de automatizar as finanças. Para isso, configurem pagamentos automáticos de contas para facilitar no controle das finanças e evitar contas atrasadas e a cobrança de juros.
Vocês também podem usar ferramentas como os alertas de vencimento dos boletos do Minhas Contas, uma das ferramentas do aplicativo da Serasa.
É importante o casal revisar o plano financeiro periodicamente para garantir que ele ainda está alinhado com os objetivos e a realidade financeira de cada um. Caso algum objetivo tenha deixado de fazer sentido, ou se os ganhos de um dos dois tiver diminuído nesse tempo, é importante adequar o planejamento a essa nova situação.
Não tente economizar mais do que é possível e se privar de coisas importantes para o casal ou individualmente. O lazer e as atividades individuais também podem ser essenciais para o bem-estar de cada um e isso ajudará a manter uma relação mais saudável entre o casal e com as finanças em si.
Gerenciar as finanças em conjunto exige organização, comunicação e ferramentas adequadas. Para auxiliar nessa missão, conte com ferramentas e métodos para facilitar e coordenar o orçamento do casal.
Os aplicativos são bons aliados na hora de monitorar as finanças do casal e ajudar a cumprir o orçamento estabelecido. Isso porque eles podem ter recursos que incluem o registro de quem pagou cada gasto e, a partir daí, a própria divisão automática de despesas.
As planilhas são outras ferramentas que ajudam a centralizar os gastos de um casal de forma organizada e mais personalizada. Nelas, é possível adicionar categorias específicas que o casal considere importante e aproveitar para acompanhar e organizar as despesas cotidianamente.
É possível criar ou personalizar planilhas financeiras e fazer orçamentos detalhados, acompanhar receitas e despesas, definir metas e gerar gráficos para visualizar o desempenho financeiro do casal.
Os dois programas disponibilizam modelos gratuitos de planilhas financeiras em seu menu de modelos.
O casal também pode usar outro modelo: a tabela financeira da Serasa. Essa tabela foi criada pela Serasa e está disponível para ser baixada e usada agora mesmo. Para usar o modelo, abra o arquivo e salve uma cópia da planilha para organizar suas finanças.
Antes de qualquer passo, é essencial ter conhecimentos sobre como lidar com o dinheiro ajuda a organizar as finanças, definir metas, saber maneiras mais conscientes de economizar e utilizar seu dinheiro. Isso inclui entender conceitos e formas práticas de fazer atividades como acessar crédito e ter investimentos que ajudam o dinheiro a render.
Esse tipo de ensino pode ser acessado através de livros, cursos livres e até mesmo conteúdos online. Para isso, conte com o Blog da Serasa ou com o canal da Serasa no YouTube para ter mais informações de como melhorar a vida financeira.
Além das ferramentas, também é possível escolher métodos para gerenciamento de finanças. É o caso do método 50-30-20, que consiste em dividir em três partes o orçamento. Dessas, se guarda 50% da renda do casal para gastos essenciais, 30% para gastos não essenciais e 20% para fundo de reserva ou poupança para realizar metas.
É importante, porém, calcular e verificar se esse método é o ideal para ser aplicado à realidade financeira do casal e seus objetivos.
Embora o planejamento financeiro seja um ótimo caminho para o casal realizar sonhos e alcançar objetivos em conjunto, pode ser que muitos desafios aconteçam pelo caminho. Listamos alguns deles e como vencê-los.
Cada pessoa possui uma história financeira única e isso pode gerar divergências em relação ao dinheiro, como lidar com gastos e prioridades.
Por exemplo, se uma pessoa recebeu educação financeira desde a infância e tem por hábito usar o método 50-30-20 e a outra pessoa não tem um controle de seus gastos, será preciso conversar para alinhar expectativas e planejamento.
Neste cenário, o ideal é que o casal tenha um diálogo transparente sobre suas visões e expectativas financeiras. O objetivo é que cada um compreenda as motivações e medos do outro em relação ao dinheiro, buscando soluções que atendam às necessidades de ambos.
Para isso, pode ser necessário manter contas individuais e estabelecer apenas como cada um irá contribuir para os boletos, por exemplo, ou conseguir identificar uma estratégia financeira que faça sentido para ambos.
Um dos principais desafios de casais que querem ter finanças em comum é também definir suas metas. Para isso, é preciso um diálogo franco e entender que ambos precisam estar satisfeitos com o que for definido.
Para isso, algumas dicas são: listem sonhos, desejos e objetivos de curto e longo prazo que desejam alcançar e realizar como um casal. Depois, priorizem as metas por relevância e por quanto tempo levam para se concretizar.
As metas não são necessariamente a mesma para ambos. Mas trabalhando juntos, será mais fácil alcançá-las. De tempos em tempos, lembrem de revisar as metas e ver se elas ainda fazem sentido para ambos. Conforme forem alcançando os objetivos, novas metas podem ser incluídas. Por isso, trabalhe tanto para o que você deseja, quanto para a meta de seu parceiro.
Se o problema for a falta de disciplina e controle de gastos, é essencial que o casal crie regras claras sobre gastos e estabeleçam limites para compras individuais ou em conjunto. Para isso, a dupla pode discutir em qual setor incluir cada gasto. Por exemplo: quais gastos com alimentação vão entrar no setor de ‘necessidade’ e quais serão encaixados como gasto mais supérfluo.
Tendo noção disso, também é importante se lembrar de anotar os gastos feitos por impulso. Mesmo os menores, como um chocolate comprado na loja do bairro, devem ser anotados para ajudar no controle com os gastos. Isso ajudará também a ter noção de quantas vezes se está saindo daquele combinado e, portanto, tendo menos disciplina financeira do que o necessário.
A comunicação entre o casal é um dos pontos mais importantes de serem trabalhados quando o assunto é dinheiro. Por isso, ter conversas abertas e honestas sobre o orçamento e as finanças familiares precisa se tornar parte da rotina.
Uma forma de fazer isso sem deixar que essa ação caia no esquecimento é marcar uma periodicidade regular para discutir o orçamento. Nessa mesma conversa, vocês podem acompanhar o progresso das metas e conversar sobre as questões financeiras é uma maneira de tentar contornar este problema.
É importante que os dois sejam honestos sobre suas situações financeiras individuais, incluindo suas dívidas e investimentos.
Perda de emprego, doença, eventos inesperados, emergências ou mudanças no campo profissional podem afetar o planejamento financeiro do casal. Todos esses imprevistos exigem que o casal saiba lidar com ajustes financeiros.
Aqui entra a importância de se ter o fundo de reserva. A depender do imprevisto e do valor guardado para a ocasião, não será preciso alterar o planejamento financeiro.
Independentemente de ter um fundo de reserva suficiente para ajudar na situação, ofereçam apoio emocional e, se possível, financeiro um ao outro durante os momentos de necessidade.
Caso não tenham a reserva, ajuste o planejamento financeiro levando em conta a nova realidade e se dediquem a criá-la, o quanto antes. Se o valor da reserva não é suficiente para lidar com a situação, reajuste o planejamento para enfrentar a dificuldade da melhor maneira possível.
Com todos os detalhes explicados neste artigo fica mais fácil entender a real importância de buscar educação financeira contínua. Só com mais acesso à informação um casal conseguirá tomar decisões mais assertivas, tendo mais controle de seu planejamento financeiro e autonomia para alcançar seus objetivos.
Uma das formas de conquistar essa educação financeira é através do curso online de Finanças Básicas da Serasa. Esse conteúdo foi criado para trazer educação financeira gratuita a todos os consumidores. Com 7 módulos, o curso aborda os principais aspectos das finanças e ajuda na tomada de decisões inteligentes sobre dinheiro e orçamento.
A Serasa acredita que o conhecimento financeiro é essencial para evitar endividamento excessivo, promover o uso inteligente do crédito e garantir maior segurança financeira.
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