Guia essencial para criação de sites: tudo o que precisa saber
Guia essencial para criação de sites: tudo o que precisa saberData de publicação 13 de dezembro de 20246 minutos de leitura
Publicado em: 21 de outubro de 2024
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 8 minutosTexto de: Time Serasa
O salário é mais do que apenas um número no contracheque. Ele também norteia a vida financeira de uma pessoa, já que indica o seu real poder de compra. Por isso, é importante entender as diferenças entre salário bruto e salário líquido e como eles são calculados para fazer uma boa gestão financeira e evitar surpresas na hora de receber o pagamento.
O salário bruto, ou salário base, representa o valor integral que a empresa se compromete a pagar ao funcionário, sem subtrair impostos, contribuições e outros descontos obrigatórios. É a quantia registrada no contrato e na carteira de trabalho.
É a partir do salário bruto que são calculadas as deduções legais obrigatórias, como INSS e Imposto de Renda, e os adicionais ao serviço, como horas extras e adicionais noturno, periculosidade e insalubridade, por exemplo.
O salário bruto tem valor fixo e costuma ser definido pelo piso salarial da categoria do profissional em questão. Não há variação mensal. Isso só vai acontecer quando a pessoa recebe um aumento na remuneração.
O salário bruto é o valor inicial e o salário líquido é o valor final, aquele que o empregado efetivamente recebe em sua conta bancária. Os dois diferem entre si porque o salário bruto é o valor da remuneração sem nenhum desconto ou acréscimo. Já o líquido é aquele que resta depois dessas deduções.
Uma pessoa contratada por um salário bruto de R$4 mil, por exemplo, terá esse valor registrado no seu contrato de trabalho e também na carteira de trabalho. Porém, o valor que ela receberá no início de cada mês será outro - geralmente menor. O valor exato vai depender dos descontos e benefícios que a empresa aplica sobre ele. De qualquer forma, o salário bruto sempre será a referência do valor líquido pago como remuneração pela empresa.
A remuneração bruta também serve de base para calcular o FGTS, as férias e o décimo terceiro salário e alguns acréscimos que serão somados ao salário líquido a que o empregado pode ter direito durante o mês. Por exemplo:
adicional de insalubridade.
adicional de periculosidade.
comissões, prêmios e gratificações.
O salário bruto costuma ter alguns descontos por conta das contribuições obrigatórias ao qual se aplica a todo empregado regido pela CLT. São eles:
O desconto do INSS é obrigatório por lei e garante benefícios previdenciários como aposentadoria (por tempo de contribuição, por idade ou invalidez), salário maternidade e seguro desemprego.
O percentual de desconto varia de acordo com o salário bruto. Quanto maior ele for, maior também será a contribuição para o INSS.
A tabela progressiva é a seguinte:
Faixa salarial | Alíquota | Valor a ser deduzido |
---|---|---|
até R$ 1.412,00 | 7,5% | - |
de R$ 1.412,01 até R$ 2.666,68 | 9% | R$ 21,18 |
de R$ 2.666,69 até R$ 4.000,03 | 12% | R$ 101,18 |
de R$ 4.000,04 até R$ 7.786,02 | 14% | R$ 181,18 |
Quem recebe um salário bruto de R$3.000 e não possui dependentes, por exemplo, se enquadra na faixa da alíquota de 12%.
Assim, o cálculo fica:
Portanto, o desconto do INSS reduz o salário para R$ 2.741,18. Esse valor será a base para o próximo desconto no salário: o Imposto de Renda.
O Imposto de Renda também é obrigatório para pessoas que trabalham no regime CLT e ultrapassam o teto mínimo da isenção.
Assim como no INSS, a tabela de IR também tem um caráter progressivo. Portanto, o percentual de desconto pode ser maior ou menor, de acordo com a faixa salarial do trabalhador. Desta forma:
Faixa salarial | Alíquota | Valor a ser deduzido |
---|---|---|
até R$ 2.259,20 | isento | - |
de R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 | 7,5% | R$ 169,44 |
de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22,5% | R$ 662,77 |
acima de R$ 4.664,69 | 27,5% | R$ 896,00 |
O IR é descontado somente após a dedução do INSS. Assim, para o colaborador que recebe um salário bruto de R$3.000, o percentual é de 15%. Porém, o desconto do IR incide sobre o valor já com a dedução do INSS, que é de R$ 2.741,18, passando para a faixa salarial anterior, de 7,5%. Desta forma:
Assim, o desconto do IR será de R$ 36,14, resultando em um salário líquido de R$ 2.705,04.
O vale-transporte é um benefício obrigatório que a empresa deve fornecer a todos os colaboradores que precisam de algum transporte, interestadual, urbano ou intermunicipal, para se deslocar até o local de trabalho.
O desconto é de até 6% do salário bruto. Mesmo se o valor gasto para o deslocamento for maior, a empresa cobre o restante.
A pensão alimentícia pode incidir sobre o salário bruto de um pai ou de uma mãe que não vivem mais juntos e não moram com os filhos pequenos. Isso acontece porque a lei exige que os pais continuem sustentando seus filhos mesmo após a separação, ajudando a cobrir os custos de vida da criança.
O valor da pensão não é fixo. Ele varia conforme a situação financeira dos pais e as necessidades da criança e é determinado por decisão judicial. Em alguns casos, o desconto ocorre diretamente na folha de pagamento do devedor. Assim, o empregado recebe como salário líquido o valor restante após esse e outros descontos.
Além de filhos, o ex-cônjuge também pode ter direito à pensão alimentícia.
As empresas podem escolher diferentes maneiras de aliviar os gastos com alimentação dos empregados. Uma delas é o vale-alimentação, que consiste em um cartão a ser utilizado para comprar alimentos e bebidas.
Quando isso acontece, a empresa desconta um percentual do salário, que não pode superior a 20% da remuneração bruta.
O plano de saúde também não é um benefício obrigatório, embora muitas empresas ofereçam esta opção. Em alguns casos, a própria empresa arca com todos os custos e não realiza descontos de salário, mas é mais comum que ela divida essas despesas com seus empregados, descontando parte da mensalidade do salário de cada um. No entanto, isso só pode acontecer se houver anuência prévia do empregado.
Entender como é calculado o salário bruto e líquido ajuda os empregados a fiscalizarem a empresa onde trabalham e se organizarem financeiramente.
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