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Dinheiro e relacionamento: como evitar conflitos financeiros no amorData de publicação 11 de junho de 202513 minutos de leitura
Atualizado em: 13 de maio de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 13 minutosTexto de: Time Serasa
Todo mês, milhões de brasileiros contribuem para o INSS, seja por meio do desconto no contracheque, do pagamento como autônomo ou da contribuição voluntária. Esse valor é importante porque garante acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte. Mas o que muita gente não sabe é que existe um valor máximo para se contribuir e também se receber. Esse limite é o chamado teto do INSS.
O teto do INSS muda todo ano e serve como referência para determinar o valor máximo dos benefícios pagos pela Previdência.
Entenda neste artigo como funciona o teto do INSS, qual é esse limite em 2025 e porque é importante prestar atenção nesse limite.
O teto do INSS é o valor máximo que uma pessoa pode receber como benefício da Previdência Social, seja aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte ou salário-maternidade, por exemplo.
Ou seja, mesmo que uma pessoa tenha recebido salários altos durante a vida, na hora de se aposentar ou receber algum benefício do INSS, ela não poderá receber mais do que o valor do teto.
Na prática, funciona assim: todo trabalhador que contribui para o INSS tem direito a receber os benefícios previdenciários. Mas o pagamento desses benefícios tem um valor mínimo (que é o salário-mínimo) e um valor máximo (que é o teto). Quem contribui sobre salários mais altos pode receber valores mais próximos do teto, enquanto quem contribui sobre salários menores vai receber benefícios mais baixos.
Além de limitar o valor dos benefícios, o teto também serve para limitar a contribuição. Quem ganha muito, por exemplo, não precisa contribuir sobre tudo o que recebe, mas só até o limite estabelecido.
O teto do INSS muda todo começo de ano para acompanhar a inflação. É uma forma de garantir que os valores do benefício continuem justos e não percam o poder de compra com o tempo.
Entender o teto do INSS ajuda a planejar melhor a aposentadoria e a pensar em alternativas de investimento caso a pessoa queira garantir uma renda maior ou acima do teto no futuro.
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Contribuir para o INSS é o que garante o direito a benefícios previdenciários como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte. Quanto mais se contribui (até o teto do INSS) maior tende a ser o valor desses benefícios no futuro.
Para quem tem uma renda mais alta, contribuir até o teto é uma forma de proteger melhor essa renda. Em caso de doença, acidente ou aposentadoria, o valor recebido pelo INSS pode ser mais próximo do que a pessoa já está acostumada a ganhar.
Além disso, manter as contribuições do INSS em dia ajuda a não perder o vínculo com a Previdência Social. Isso é importante para não correr o risco de ficar sem proteção justamente quando mais se precisa.
Em 2025, o teto do INSS é de R$ 8.157,41, representando um reajuste de 4,77% em relação ao valor de 2024, que era de R$ 7.786,01. Na prática, esse é o valor máximo sobre o qual as contribuições previdenciárias podem ser calculadas. Ou seja: mesmo que o salário do trabalhador seja superior a esse limite, a contribuição não ultrapassa esse valor.
O reajuste impacta diretamente o cálculo das contribuições mensais para a Previdência Social — especialmente para quem ganha acima do salário-mínimo. As alíquotas aplicadas variam conforme a faixa salarial e seguem uma lógica progressiva. Ou seja, a contribuição não é feita com um único percentual sobre o valor total do salário, mas sim dividida por faixas, como já ocorre no Imposto de Renda.
Em 2025, as alíquotas de contribuição para trabalhadores com carteira assinada são:
Salário de contribuição | Alíquota progressiva para fins de recolhimento ao INSS | Parcela a deduzir |
---|---|---|
até R$ 1.518 | 7,5% | - |
R$ 1.518,01 a R$ 2.793,88 | 9% | R$ 22,77 |
R$ 2.793,89 a R$ 4.190,83 | 12% | R$ 106,59 |
R$ 4.190,84 até R$ 8.157,41 | 14% | R$ 190,40 |
Assim, quem ganha um salário de R$ 3.000 se enquadra na terceira faixa, com alíquota de 12%. É preciso calcular o quanto essa porcentagem representa dentro do salário — no caso, R$ 360 (12% de R$ 3.000). Assim, considerando R$ 360 menos a parcela a reduzir da faixa salarial (R$ 106,59), chega-se ao valor de R$ 253,41.
Esse cálculo mostra como a contribuição é feita de forma mais justa, respeitando o nível de renda de cada trabalhador. E ainda que se contribua com base no teto, o valor do benefício recebido no futuro depende de outros fatores, como tempo de contribuição e regras definidas pela Reforma da Previdência de 2019.
Contribuir para o INSS é uma forma de garantir segurança financeira em momentos em que o trabalho pode ser interrompido, seja por idade, doença, acidente, maternidade ou até falecimento. As vantagens vão além da aposentadoria: envolvem proteção para toda a família.
Quem contribui tem direito a benefícios como:
Benefício | Descrição |
---|---|
Aposentadoria | Substitui a renda do trabalhador quando ele se aposenta. |
Pensão por morte | Devida aos dependentes de quem é segurado do INSS. |
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença) | Substitui a renda do trabalhador quando ele precisa se afastar do trabalho em razão de saúde. |
Auxílio-acidente | Pago quando o segurado sofre um acidente que reduz sua capacidade de trabalho. |
Salário-maternidade | Substitui a renda da mulher que dá à luz, adota ou tem guarda judicial para fins de adoção. |
Auxílio-reclusão | Substitui a renda do dependente do segurado que está preso. |
Pensão por morte | Paga aos dependentes do segurado que faleceu. |
Para conferir como estão sendo feitas as contribuições, é possível consultar o extrato de contribuição, documento que informa todos os vínculos, remunerações e contribuições previdenciárias encontrados no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
Também é possível solicitar a correção ligando gratuitamente para a Central 135.
Fazer essa verificação com regularidade é fundamental para garantir que todo o histórico de trabalho esteja correto e, assim, assegurar o acesso aos benefícios quando necessário.
Leia também | Como pagar INSS pela internet: passo a passo
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