Prazo da declaração IRPJ: quando fazer e como evitar multas
Prazo da declaração IRPJ: quando fazer e como evitar multasData de publicação 6 de maio de 202510 minutos de leitura
Atualizado em: 7 de maio de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 13 minutosTexto de: Time Serasa
O valor do salário-mínimo desempenha um papel importante nas finanças pessoais e na saúde econômica do país.
Para o trabalhador, ele estabelece um patamar mínimo de renda, essencial para garantir necessidades básicas, impactando o poder de compra e a qualidade de vida. Em nível macroeconômico, reflete a capacidade produtiva e o custo de vida, influenciando o consumo, a inflação e o mercado de trabalho.
Manter-se informado sobre os valores atualizados do salário-mínimo é essencial para entender os impactos no orçamento pessoal ou familiar, e planejar as finanças de forma mais eficaz. Confira as atualizações neste artigo.
Em 2025, o salário-mínimo foi reajustado para R$ 1.518 – representando um aumento de R$ 106 (7,5%) em relação ao valor de R$ 1.412, vigente em 2024.
O reajuste entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025 e foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro pagamento com o valor atualizado ocorreu no mês de fevereiro.
O aumento do salário-mínimo considera a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e incorpora um ganho real baseado no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Em 2025, o reajuste seguiu essa metodologia, aplicando a correção inflacionária medida pelo INPC e adicionando um ganho real de 2,5%.
Embora haja isenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para a faixa salarial de R$ 1.518, os trabalhadores têm um desconto de 7,5% de contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Então, com o desconto de R$ 113,85, resulta em um salário-líquido de R$ 1.404,15.
O aumento do salário-mínimo eleva a renda disponível dos trabalhadores e beneficiários do INSS, estimulando o consumo e impulsionando o mercado interno.
Entretanto, aumentos significativos podem levar a uma alta nos preços de bens e serviços, pois as empresas podem repassar o custo adicional dos salários dos funcionários aos consumidores. Essa prática pode neutralizar parte do aumento de renda.
O quadro abaixo mostra os reajustes ocorridos nos últimos 10 anos no piso salarial brasileiro. A comparação entre valores e porcentagem de aumento ajuda a entender como o salário-mínimo tem sido reajustado, considerando fatores como inflação e crescimento econômico:
Ano | Valor | Aumento |
---|---|---|
2025 | R$ 1.518 | 7,5% |
2024 | R$ 1.412 | 6,97% |
2023 | R$ 1.302 | 7,43% |
2022 | R$ 1.212 | 10,18% |
2021 | R$ 1.100 | 5,26% |
2020 | R$ 1.039 | 4,11% |
2019 | R$ 998 | 4,61% |
2018 | R$ 954 | 1,81% |
2017 | R$ 937 | 6,48% |
2016 | R$ 880 | 11,68% |
2015 | R$ 788 | 8,84% |
2014 | R$ 724 | 6,78% |
Para muitos trabalhadores, o salário-mínimo representa a principal ou única fonte de renda. Sendo assim, seu valor define o orçamento disponível para cobrir as despesas essenciais do dia a dia, como alimentação, transporte, higiene e aluguel ou prestações de moradia.
Quando o salário é reajustado para acompanhar ou superar a inflação – como no reajuste de 2025 –, ele ajuda a preservar o poder de compra, permitindo a aquisição da mesma quantidade de bens e serviços.
Por outro lado, um salário-mínimo defasado em relação à inflação leva à perda do poder de compra, levando as famílias a ter mais dificuldades para adquirir o necessário.
O salário-mínimo serve ainda como referência para benefícios sociais, como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Sua valorização pode contribuir para a redução da pobreza e a melhoria da qualidade de vida das pessoas mais vulneráveis (população de baixa-renda).
O cálculo do salário-mínimo leva em conta dois fatores: o crescimento real do PIB e o INPC acumulado no ano anterior.
O percentual de crescimento real do PIB é somado ao INPC, e o resultado desse cálculo é somado ao salário-mínimo vigente. Se o PIB for negativo, o valor dele é considerado como zero, pois o salário-mínimo não pode diminuir.
O cálculo do salário é feito dessa forma desde 2015, quando foi sancionada a Lei nº 13.152. O salário-mínimo de 2025 corresponde a R$ 50,60 por dia.
O INPC e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são índices usados para acompanhar a inflação no país.
Segundo o IBGE: “a população-objetivo do INPC é referente a famílias residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, com rendimentos de 1 (um) a 5 (cinco) salários-mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada”.
Quanto ao IPCA: “a população-objetivo é referente a famílias residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, com rendimentos de 1 (um) a 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos”.
Portanto, o INPC é usado para atualizar o salário-mínimo por medir a inflação com base nas pessoas de baixa-renda.
Para os trabalhadores que recebem até um salário-mínimo, o acesso ao crédito pode ser limitado. E, quando disponível, pode ocorrer por meio de modalidades mais caras, como o crédito rotativo do cartão e o cheque especial.
A combinação de renda limitada e dívidas elevadas compromete a saúde financeira dos trabalhadores, dificultando a capacidade de poupança e planejamento de longo prazo. A situação também afeta negativamente o score de crédito, restringindo ainda mais o acesso ao crédito com condições favoráveis.
Para muitos, o cartão de crédito se torna uma ferramenta de sobrevivência, sendo utilizado para cobrir despesas básicas. Desta forma, ocorre a perpetuação do ciclo de inadimplência.
Embora seja uma tarefa difícil pagar todas as contas com o salário-mínimo, é possível organizar as finanças para equilibrar o orçamento. Confira algumas dicas:
Anote todos os gastos diários, desde contas fixas até pequenas compras. Isso ajuda a identificar para onde o dinheiro está indo e onde é possível economizar.
Utilize planilhas, aplicativos de controle financeiro ou um caderno para registrar tudo.
Com o orçamento definido, classifique as despesas por prioridade. Gastos essenciais como moradia, alimentação, saúde e transporte devem vir em primeiro lugar.
Tente reduzir ao máximo os gastos não essenciais, como lazer frequente fora de casa, assinaturas não utilizadas e compras impulsivas.
Pequenas mudanças de hábitos podem gerar economias significativas nas contas do dia a dia.
Use lâmpadas LED, evite o desperdício de água, desligue aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso, compare preços de supermercado.
Antes de ir às compras, faça uma lista do que realmente precisa. Evite compras por impulso e pesquise preços em diferentes estabelecimentos.
Considere comprar em atacados ou feiras os itens não perecíveis e as frutas e verduras. Nesses locais, os preços costumam ser mais baixos.
Se tiver dívidas, tente planejar quitá-las o quanto antes, começando pelas que têm juros mais altos.
Negocie com os credores, utilize a plataforma Serasa Limpa Nome ou participe do Feirão Limpa Nome (quando disponível) para encontrar os melhores prazos, descontos e condições de pagamento.
O cartão de crédito pode ser útil, mas seu uso descontrolado pode levar ao endividamento. Prefira os pagamentos à vista sempre que possível.
Se possível, reserve uma parte do salário, por menor que seja, para emergências ou objetivos futuros. A consistência é mais importante do que o valor poupado.
Considere realizar atividades que possam complementar a renda, como trabalhos freelancer, vendas de produtos ou serviços, entre outros.
Informe-se sobre programas sociais do governo que podem oferecer algum tipo de auxílio, como o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
O Serasa Ensina é o canal da Serasa no YouTube, criado para descomplicar a educação financeira, por meio de centenas de conteúdos atualizados toda semana. Os vídeos ajudam você a cuidar do dinheiro, negociar dívidas, proteger-se contra fraudes, aumentar o Serasa Score, economizar na rotina, organizar as finanças e muito mais.
Data de publicação 6 de maio de 202510 minutos de leitura
Data de publicação 28 de abril de 20256 minutos de leitura
Data de publicação 28 de abril de 20256 minutos de leitura