Como funciona um consórcio?
Como funciona um consórcio?Data de publicação 10 de setembro de 20255 minutos de leitura
Atualizado em: 23 de julho de 2025
Categoria Negociar dívidaTempo de leitura: 16 minutosTexto de: Time Serasa
No dia 10 de fevereiro de 2025, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ser constitucional o Artigo 139 do Código de Processo Civil (CPC) que autoriza os juízes a determinarem “medidas coercitivas”, que julguem necessárias no caso de pessoas inadimplentes. Essas medidas, como apreensões de documentos e restrições de participar de concurso público, por exemplo, seriam efetivadas somente por meio do cumprimento de ordem judicial.
Em 30 de junho de 2025, o STF tomou outra decisão que afeta inadimplentes: por 10 votos a 1, a Corte validou o Marco Legal das Garantias (Lei 14.711/2023), ampliando as consequências possíveis da inadimplência para incluir a retomada de bens dados em garantia sem necessidade de ordem judicial.
Desde 2015, a existência do dispositivo sobre CNH e passaporte estimulava credores e seus advogados a solicitarem o bloqueio desses documentos, mas a grande maioria dos juízes sempre resistia em aplicar essa penalidade justamente à espera da decisão de constitucionalidade ou não do artigo, o que agora ocorreu.
Ao julgar o tema, a maioria do plenário acompanhou o voto do relator, ministro Luiz Fux. O magistrado conclui que a medida é válida, “desde que não avance sobre direitos fundamentais e observe os princípios da proporcionalidade e razoabilidade”.
De forma resumida, os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade tentam garantir que as autoridades tomem decisões justas e equilibradas, protegendo os direitos fundamentais das pessoas. Assim, dívidas com alimentação estão livres da apreensão de CNH e passaporte, além de débitos de motoristas profissionais de táxi, aplicativos, ônibus, vans e caminhões.
Advogados e juristas ouvidos após a decisão do Supremo Tribunal Federal, que permite que pessoas com dívidas em atraso possam ter documentos como passaporte e CNH apreendidos, esclarecem que a medida não permite a retenção de forma automática. Para que seja efetivado de fato o bloqueio dos documentos será necessário que o processo judicial esteja na fase de execução, ou seja, quando não existe mais debate a respeito do débito e a dívida já esteja, portanto, em fase final de cobrança.
Esses especialistas também tranquilizam as pessoas que não têm patrimônio e nem condições financeiras: elas não devem ser alvo dos bloqueios. Uma eventual decisão de bloqueio só ocorrerá após a Justiça tentar identificar o verdadeiro patrimônio do devedor, avaliando, por exemplo, se ele tem penhora de dinheiro em banco ou bens móveis ou imóveis.
Provavelmente a Justiça consultará o Imposto de Renda do devedor, buscando sinais de boa condição financeira e se certificar de que não exista patrimônio sendo escondido ou em nome de terceiros. Não é raro pessoas alegarem à Justiça não ter condições financeiras enquanto postam nas Redes Sociais registros de viagens, uso de automóveis caros ou exibem alto padrão de consumo.
O PT (Partido dos Trabalhadores) propôs uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) questionando determinadas medidas, porém, o relator votou contra o pedido do partido. Ele destacou que, ao aplicar as medidas, o juiz deve seguir os valores estabelecidos no ordenamento jurídico, especialmente aqueles que visam proteger as necessidades vitais de cada indivíduo.
O ministro Fux ressaltou que a medida deve ser aplicada de "forma proporcional e razoável", com o objetivo de minimizar o impacto para o indivíduo que está sendo afetado pela medida. Em outras palavras, as medidas devem ser aplicadas de forma equilibrada e justa, levando em consideração os direitos e a dignidade da pessoa humana.
Em abril de 2023, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabeleceu novas regras para o bloqueio da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de pessoas com dívidas trabalhistas.
Agora, esse bloqueio só poderá ser aplicado em casos de dívidas muito altas e não poderá ser usado de forma automática para todos os casos. As novas regras têm como objetivo proteger os trabalhadores e garantir que as punições sejam proporcionais às dívidas.
A decisão do TST também determina que o bloqueio da CNH só poderá ser feito após tentativas de pagamento da dívida por outras formas, como por exemplo, por meio de penhora de bens.
A medida tem como objetivo evitar que o bloqueio da CNH cause prejuízos excessivos aos devedores, especialmente aqueles que dependem do veículo para trabalhar.
Em 30 de junho de 2025, o STF tomou uma decisão que amplia as consequências da inadimplência. Por 10 votos a 1, a Corte validou dispositivos do Marco Legal das Garantias (Lei 14.711/2023) que autorizam a busca e apreensão de bens sem decisão judicial em caso de inadimplência.
O julgamento foi realizado em plenário virtual e confirmou a constitucionalidade de procedimentos extrajudiciais para retomada de bens dados em garantia.
A decisão do STF agora se soma às medidas de bloqueio de documentos, criando um cenário onde inadimplentes podem enfrentar múltiplas sanções.
● Todos os procedimentos legais foram rigorosamente seguidos.
É fundamental que consumidores verifiquem se suas dívidas envolvem bens dados em garantia, pois isso determina quais consequências podem enfrentar em caso de inadimplência. Contratos com alienação fiduciária permitem que o credor retome o bem mais rapidamente, enquanto dívidas comuns (como cartão de crédito) podem resultar apenas em bloqueio de CNH e passaporte mediante ordem judicial.
● O procedimento deve estar expressamente previsto no contrato original.
Segundo o ministro Dias Toffoli, "não pode haver resistência do devedor no momento da tentativa de retomada, sendo necessário acionar o Judiciário nessa hipótese". Isso significa que a contestação deve ser feita posteriormente, mas todos os direitos de defesa são mantidos.
Existem vários caminhos para reconstruir a vida financeira, confira alguns deles:
Faça um levantamento de todas as suas dívidas e organize em uma planilha;
Identifique quais são as dívidas com juros mais altos e priorize o pagamento delas;
Renegocie suas dívidas com os credores, buscando condições de pagamento mais favoráveis;
Corte gastos desnecessários e estabeleça um orçamento mensal realista;
Evite fazer novas dívidas enquanto estiver pagando as antigas;
Busque formas de aumentar sua renda, como trabalhos extras ou venda de produtos;
Considere a possibilidade de consolidar suas dívidas em uma única dívida com juros menores;
Busque ajuda de profissionais especializados em finanças, como consultores financeiros ou planejadores financeiros;
Use recursos como aplicativos de controle financeiro para ajudar a manter a organização e o controle das suas finanças;
Tenha paciência e perseverança, pois sair do endividamento pode levar tempo, mas com disciplina e dedicação é possível alcançar a sonhada estabilidade financeira.
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