Blockchain: a ferramenta que evita golpes na internet

A tecnologia que registra todas as transações dos usuários já está disponível. Saiba tudo sobre blockchain e a promessa de mais segurança na internet.

Sistema de blockchain para ilustrar o artigo da Serasa Premium

Colunista marlise brenol
Publicado em: 18 de agosto de 2022.

A cada dia produzimos mais dados no meio digital: senhas, códigos, endereços, informações pessoais. Com esse aumento, é natural que a necessidade de proteção também cresça. Ferramentas e sistemas vêm sendo desenvolvidos para amplificar nossa segurança na rede. Um deles é o blockchain.

Essa tecnologia surgiu com o “boom” das criptomoedas para garantir segurança e transparência nas negociações digitais, mas já se espalhou para outros mercados. Conheça mais sobre o blockchain e como ele já vem assegurando privacidade no meio digital.

O que é blockchain?

O blockchain é uma base compartilhada de dados que registra e valida as transações digitais e as trocas de informações feitas por usuários de uma rede de computadores.

Em resumo, é um grande banco de dados que registra as transações e movimentos do usuário. É uma rede focada em guardar informações.

Como essa tecnologia surgiu?

O blockchain surgiu junto com os bitcoins, lá em 2008. Na época a função do sistema era a mesma, porém específica para as transações com a moeda, ou seja, guardar informações como a quantidade de criptomoedas transferidas, a identificação de quem enviou e de quem recebeu os valores e a data e a hora das movimentações.

Conforme o blockchain foi se diversificando no mercado, ele também foi se modificando. Portanto, existem diferenças entre o blockchain para bitcoins e o utilizado nos bancos. A principal diferença é que nos bitcoins ele não é controlado por autoridades monetárias nacionais, nem por governos, bancos, empresas, etc. Nesse caso, os participantes são os controladores e auditores de tudo que acontece com a rede.

Cada envolvido tem uma cópia do blockchain instalado no seu computador, em cada canto do mundo. Portanto, cada membro, independentemente do país em que esteja, vê a mesma informação quando acessa o sistema. E ainda: nenhum tipo de alteração pode ser feito sem aprovação do grupo inteiro.

Por que é tão importante?

A tecnologia blockchain está muito longe de ser apenas uma moda passageira ou apenas aquele sistema criado para bitcoins. Desde que passou a ser modificado para atender outros mercados, o blockchain vem ajudando as empresas a trabalhar com mais inteligência e rapidez.

Atualmente, é fácil encontrar o blockchain implementado em diversas aplicações, principalmente as que apresentam algum tipo de transferência. Entre os serviços que utilizam a tecnologia estão:

● pagamentos interbancários;
● rastreamento;
● verificação de propriedades;
● validação de credenciais;
● verificação de autenticidade de diamantes.

As aplicações do blockchain não vão parar por aí, pois essa é uma tecnologia que está em desenvolvimento contínuo. Não é à toa que empresas do mundo inteiro já estão de olho em como utilizar essa ferramenta para outras finalidades.

Em 2016, uma pesquisa divulgada pela Deloitte entrevistou altos executivos de empresas com receita anual igual ou superior a 500 milhões de dólares. A informação obtida é que 28% deles afirmaram que suas organizações já investiram 5 milhões de dólares ou mais em blockchain. Outros 10% afirmaram que suas empresas investiram ao menos 10 milhões de dólares.

Ou seja, o blockchain está recém começando.

Como o blockchain funciona

Conforme já comentamos, o blockchain é uma grande base de dados. Nele são armazenadas periodicamente informações de transações em lotes – chamados “blocos”.

Esses blocos recebem uma marca, como uma impressão digital, chamada hash, e são interligados em conjunto, por ordem cronológica. Isso forma uma linha contínua de blocos, exatamente como uma corrente – daí o termo “chain”.

Caso algum usuário tente fazer uma mudança nos blocos passados, ele não é reescrito, porém pode ser enviada uma nova transação. Esta será analisada e incluída em um novo bloco de informações. Vamos exemplificar:
Imagine que uma empresa de logística tenha comprado uma empilhadeira em três parcelas de R$50 mil. O produto foi fabricado e vendido por uma empresa internacional que aceita pagamento por uma criptomoeda que utiliza tecnologia blockchain.

Para pagar a primeira parcela, a empresa vai enviar uma ordem de transferência da sua carteira para a carteira do vendedor, no valor acertado. Essa informação será propagada pela internet e todos os participantes da rede blockchain vão validar se a transferência é válida.

Ou seja, validarão se a carteira da empresa possui o saldo para pagamento. Se ela possuir, a transferência será validada e adicionada a um bloco futuro. As informações dessa transação ficarão registradas nesse bloco. Já para a segunda parcela será realizada uma nova transação e não adicionada ao mesmo bloco da anterior. E essa operação se repetirá sucessivamente. Tudo para evitar fraudes e golpes.

Esse método utilizado pelo blockchain é baseado em um formato tradicional de contabilidade financeira. Ele registra todas as mudanças de informação de transações de valores. Esse registro pode ser feito em papel ou em um banco de dados digital. Porém, no blockchain esse processo é descentralizado e totalmente criptografado, além de ser 100% digital.

O blockchain é seguro

O blockchain é confiável e seguro. Isso porque registra de forma fidedigna dados de todas as transações ocorridas. E esses dados são registrados sob sigilo da criptografia. A segurança das informações transacionadas é garantida pela função hash. Essa “impressão digital” serve para identificar e impedir alterações no conteúdo dos dados. Portanto, se os dados do bloco forem alterados, o hash muda e denuncia a violação.

Aplicações de blockchain

Nós não vemos, mas essa tecnologia de segurança de dados já está presente na nossa rotina. Principalmente nas transações virtuais, nas quais a transmissão de dados é colossal. Vamos conhecer algumas aplicações do blockchain em ferramentas e empresas que já estão no mercado.

Spotify

Ao se deparar com a quantidade de dados a serem mantidos em sigilo, o Spotify adquiriu a startup Mediachain Labs. O objetivo foi desenvolver soluções que pudessem conectar artistas e acordos de licenciamento com as faixas disponíveis. Tudo por meio de um banco de dados descentralizado.

Warranteer

Esse é um aplicativo que permite aos consumidores acessarem informações sobre os produtos que adquiriram e conseguir assistência em caso de mau funcionamento. Não está disponível para download no Brasil.

IBM Blockchain

Dentro desse nicho, é importante conhecer a qualidade de todos os suprimentos: da matéria-prima até a fase de distribuição. Nesse segmento, o blockchain permite transparência por meio de um registro compartilhado de propriedade e localização das peças e produtos em tempo real.

Como ele pode proteger seus dados na internet

Conforme já comentamos, a tecnologia blockchain, desde sua criação, sempre visou à proteção de dados. Inicialmente atuou no mundo bitcoin, mas está se ramificando para outros mercados.

A internet já passou por diversas mudanças, até chegarmos ao estágio que conhecemos: a Web 2.0. Porém, com a popularização do blockchain nesse meio, uma nova fase pode estar surgindo: a Web 3.0, que promete ser descentralizada e entregar o controle dos dados direto ao usuário.

Em entrevista à Exame, Otávio Viana, engenheiro da NAVA Technology for Business, confirma ver benefícios nessa mudança. “Os dados poderão ficar armazenados no blockchain, garantindo maior segurança e privacidade. Isso vai contribuir para a criação de ambientes de negócios mais sustentáveis”.

Portanto, com esses avanços, dados como CPF, CEP, RG, nomes completos e demais informações sensíveis tendem a estar cada vez mais seguros.

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