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Golpe do Pix: como se proteger

Saiba quais são os golpes com Pix mais comuns, como se proteger e as medidas que deve tomar se for vítima.

Atualizado em: 19 de julho de 2024

Categoria Consultar CPFTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Mão de uma mulher segurando smartphone com logotipo Pix na tela, na mesa do escritório. Pix Brasil é um sistema de pagamento instantâneo.

O Pix é um serviço digital para transferências instantâneas que facilita a vida de todos os brasileiros. Com sua crescente popularização no país, crescem também as técnicas de golpes usando o serviço. Conheça os principais e saiba como se proteger.

Assista | Tipos de golpes de Pix e como se prevenir

O que é o Pix e como funciona

O Pix foi criado pelo Banco Central (BC) em 2020 e rapidamente se tornou a forma de transferência e pagamento bancário mais utilizado pela população. De acordo com o BC, até junho de 2024, o sistema já possui mais de 765 milhões de chaves cadastradas.

Ainda, desde outubro de 2023 são realizadas mais de 4 bilhões de transações via Pix mensalmente. O total de transferências realizadas em maio de 2024 foi de 5.229.672.000.

Com a ferramenta é possível realizar transferências e pagamentos de forma instantânea e gratuita, a qualquer dia e horário. Estas características fizeram o serviço se tornar bastante popular, uma vez que as transferências concorrentes — como a TED (Transferência Eletrônica Disponível) — não são gratuitas, só funcionam em dias úteis e podem levar mais tempo para serem concluídas.

Tipos de golpes comuns envolvendo o Pix

Como qualquer meio de transação financeira, o Pix também atraiu a atenção de criminosos que criam golpes e fraudes para se aproveitar de usuários desatentos.

Conheça os golpes mais comuns que envolvem o Pix e como eles funcionam.

WhatsApp clonado

Esse golpe possui duas vertentes. O golpista pode tentar clonar o WhatsApp para usá-lo e aplicar golpes em seus contatos ou se passar por um amigo e familiar para pedir ajuda financeira via Pix.

A clonagem do WhatsApp pode ocorrer com o criminoso se passando por uma empresa ou banco, e pedindo para a vítima confirmar, atualizar ou autenticar um cadastro. O código é que permite a clonagem.

A outra abordagem é o golpista se passar por uma pessoa conhecida e pedir insistentemente para a vítima que envie dinheiro via Pix, alegando urgência.

Falso atendimento bancário ou suporte técnico

O criminoso se passa por um funcionário do banco ou de um serviço de suporte técnico e solicita dados bancários ou induz a realizar uma transferência via Pix.

  • As desculpas usadas podem ser:
  •  
  • ●     pedir para a vítima criar uma nova chave Pix e fazer uma transação para "testá-la";
  • ●     solicitar uma transferência para ativar um determinado serviço.

 

A abordagem pode ocorrer via WhatsApp, ligação e SMS, e também aplicar o golpe da mão fantasma.

Pix multiplicador ou bug do Pix

Os dois golpes se iniciam do mesmo jeito: por meio de notícia ou propaganda falsa divulgada nas redes sociais.

No caso do Pix multiplicador, é prometido ganho rápido de dinheiro através de transferências.

O bug do Pix é a alegação de que existe uma falha no sistema que permite ganho de dinheiro ao fazer transações para determinadas chaves.

QR Code falso

O golpista cria um QR Code falso para receber o dinheiro que deveria ir para outra conta. Em algumas situações, o código pode levar para um site falso, que induz ao pagamento via Pix.

Pix errado

Alegando que enviou o Pix por engano para a conta da vítima, o golpista solicita o estorno do valor. Na maioria das vezes, a pessoa incita urgência porque precisa do dinheiro para quitar uma conta ou usar em uma emergência.

Enquanto a vítima devolve o dinheiro, o golpista pode acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) alegando que foi vítima de fraude. O mecanismo, que foi criado pelo BC, facilita as devoluções de Pix em caso de fraude.

Caso o protocolo MED seja acionado, após devolver o dinheiro, a vítima tem o mesmo valor retirado de sua conta pelo banco.

Dicas de segurança para evitar golpes do Pix

  • Para se proteger e prevenir golpes do Pix, tenha atenção aos seguintes pontos:
  •  
  • ●     Confira todos os dados do destinatário antes de realizar a transferência.
  • ●     Não clique em links suspeitos de destinatários desconhecidos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais.
  • ●     Cadastre as chaves Pix diretamente no aplicativo da instituição financeira que utiliza.
  • ●     A confirmação da criação da chave Pix não é feita por ligação ou link.
  • ●     Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar sua identidade por ligação telefônica, chamada de vídeo ou pessoalmente.
  • ●     Desconfie de promoções ou táticas para ganhar dinheiro após realizar transferências via Pix.
  • ●     Tenha atenção com mensagens que pedem que o Pix seja feito com urgência.
  • ●     Defina um limite máximo para as transações Pix, de acordo com suas necessidades.
  • ●     Ative a verificação de duas etapas e senha no WhatsApp para proteger a conta.
  • ●     Estorne o valor do Pix apenas por meio da função de "devolver Pix" presente no aplicativo do banco.

O que fazer se cair em golpe do Pix

  1. Entre em contato com o banco

    Informe ao banco que foi vítima de golpe e peça o ressarcimento do Pix. Isso deve ser feito dentro do prazo de 80 dias após a transação.

    Os bancos envolvidos analisam o caso e dão sua resposta em até sete dias. Se confirmarem a fraude, o dinheiro é devolvido à vítima em até 96 horas, desde que a conta recebedora tenha saldo.

     

  2. Registre um boletim de ocorrência (BO)

    Seja na delegacia virtual ou presencial, registre um BO e descreva o golpe com o máximo de detalhes possível.

  3. Procure outros canais

    Se a situação não for solucionada com o banco, a vítima pode recorrer ao Procon do estado ou à Justiça para ter o dinheiro de volta.

    Ainda, é possível registrar uma reclamação na Ouvidoria do BC contra o banco utilizado pelo golpista. Porém, a reclamação apenas auxilia o órgão a fiscalizar as instituições financeiras que foram envolvidas no caso.

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