Saiba como identificar uma nota de R$ 200 falsa
A nota de R$ 200, que tem como símbolo o lobo-guará, foi lançada em setembro de 2020. Pelo seu alto valor, há muita tentativa de falsificação dessa cédula. Entenda neste artigo como identificar uma nota de R$ 200 falsa
Autor: Marlise Brenol
Publicado em 27 de setembro de 2022
A origem da nota de R$ 200
A escolha do lobo-guará para estampar a cédula de R$ 200 veio de uma consulta realizada em 2001, na qual os brasileiros escolheram, entre os animais ameaçados de extinção, aqueles que apareciam nas novas notas.
O lobo-guará ficou em terceiro lugar na votação. A tartaruga-marinha ficou na primeira colocação e foi aplicada na nota de R$ 2, lançada em 2001. O mico-leão ilustra a nota de R$ 20, que entrou em circulação em 2002. O Banco Central decidiu manter a sequência da votação e escolheu para a de R$ 200 o lobo-guará.
A decisão de imprimir cédulas de R$ 200 visou atender a uma demanda por moeda de maior valor, segundo o Banco Central. O argumento foi bastante questionado, porque há indicativos de queda na preferência pelo dinheiro como meio de pagamento no país.
Antes da pandemia de covid-19, o dinheiro em espécie ainda exercia poder de influência entre os meios de pagamento escolhidos pelos brasileiros, mas, com a adesão ao Pix, o dinheiro já não figura entre as três principais escolhas. Os dados são da pesquisa Pandemia e seus impactos financeiros, exclusiva para a Serasa e a Opinion Box.
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Apesar do estranhamento inicial, o Banco Central fez circular 81 milhões de cédulas no mercado. Fora estas, há ainda um montante quatro vezes maior para entrar em circulação, que ainda não haviam sido distribuídas até 2022. Isso porque a introdução de uma cédula nova costuma ser gradual e aos poucos novas notas devem crescer na troca do dia a dia. Como o valor é alto, segundo o BC, pouca gente as carrega na carteira e há ainda quem guarde um montinho em casa como economia.
Como saber se a cédula de R$ 200 é verdadeira
A cédula de R$ 200, produzida pelo Banco Central, tem elementos de segurança que ajudam a identificar sua autenticidade. Um dos destaques da nota são os elementos fluorescentes com o número 200 que mudam de cor, novidade para adicionar outra camada de segurança. Há ainda outros quesitos de verificação:
• Marca d´água: elemento que pode ser conferido ao colocar a nota contra a luz. Na parte mais clara, sobressaem a figura do lobo-guará e o número 200 sobreposto, em tons que variam do claro ao escuro.
• Número que muda de cor: ao movimentar a nota, o número 200 deverá mudar de cor, do verde para o azul, como se uma faixa brilhante rolasse pelo número do topo à base.
• Número escondido: para verificar esse elemento, deve-se colocar a nota na altura dos olhos, na posição horizontal, onde haja muita luz incidente. O número 200 deverá surgir no lado direito ao centro na parte frontal e do lado direito no canto inferior no verso da cédula.
• Alto-relevo: há ainda a possibilidade de conferir a segurança pelo alto-relevo, na frente, na legenda “República Federativa do Brasil” nas laterais e no número indicativo do valor no canto inferior esquerdo. No verso, pode-se sentir o relevo na legenda “Banco Central do Brasil” sobre a ilustração do lobo-guará e no número 200.
• Fio de segurança: o modo mais tradicional de verificar a autenticidade da nota é o fio de segurança. Ao colocar contra a luz, deve aparecer um fio escuro, sem inscrições, próximo ao meio da nota, quando ela for colocada contra a luz.
• Elementos fluorescentes: ao movimentar a cédula, é possível observar que o número 200 se sobressai na parte frontal, a numeração de série vermelha fica amarela e pequenos fios se tornam visíveis, apresentando três cores: azul-claro, vermelho e azul-escuro.
Confira as ilustrações dos elementos no folder do Banco Central
Como proceder em caso de suspeita de nota de R$ 200 falsa
Se houver suspeita de que a cédula seja falsa, não a aceite nem a passe adiante. Qualquer tipo de transação com nota falsa é crime, mesmo que você apenas repasse a terceiro uma nota recebida.
De acordo com o artigo 289 do código penal, é crime “falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro”. A pena prevista para a infração é de reclusão de três a doze anos e multa.
Caso a cédula já esteja em seu domínio, o mais indicado é encaminhar para exame na rede bancária mais próxima. É importante solicitar o recibo de retenção para acompanhar o desdobramento da demanda. Porém, o mais recomendado é conferir os elementos de veracidade antes de aceitar a nota.
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A circulação de notas de dinheiro falsas é também considerada um golpe financeiro. Muitas vezes, o cidadão pode estabelecer uma negociação de compra e venda aparentemente regular e correta e se deparar com cédulas fraudulentas como pagamento. O resultado é um prejuízo financeiro importante para quem foi enganado.
Outras vezes o golpe envolve o nome e a reputação de instituições financeiras conhecidas. Os criminosos se passam por funcionários de banco, por exemplo, para “oferecer serviços”. Se não houver efetivamente a fraude com nota impressa ou cartão clonado, pode haver o roubo de dados para efetivação de golpes futuros.
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Os criminosos podem utilizar as informações associadas ao CPF e demais dados para transferir dinheiro, fazer compras em nome de terceiros, solicitar crédito e realizar uma série de crimes em nome de outra pessoa. Uma ferramenta eficiente para ter mais controle sobre os seus dados é o Serasa Premium. Com ele, você monitora as movimentações financeiras feitas em seu nome e recebe alertas de vazamento dos seus dados.
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