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O que é dissídio salarial e quem tem direito a ele

Entenda o que é dissídio salarial, reajuste na remuneração dos trabalhadores acordado entre sindicatos e empresas.

Mulher mexendo em seu notebook e em seu celular para ilustrar artigo sobre dissídio salarial e quem tem direito a ele

Publicado em: 14 de abril de 2023

Autora: Sara Moreira

Aproveitando a série de posts sobre o Dia do Trabalhador, neste artigo vamos tratar de um tema muito importante para os trabalhadores brasileiros: o que é dissídio salarial e quem tem direito a receber.  

O dissídio salarial é uma forma de ajuste dos salários, ocorrido quando não há acordo entre empregados e empregadores durante as negociações coletivas. Em alguns casos, o processo vai parar na justiça.  

Por isso, vamos explicar tudo sobre este importante tema. Saiba o que realmente significa o dissídio e quem tem direito a recebê-lo.  

O que é dissídio salarial?

Para entendermos o que é dissídio salarial, vamos entender primeiro o significado da palavra. “Dissídio” é um termo jurídico que significa "divergência", "conflito". 

Nesse caso, dissídio salarial é um processo de negociação entre funcionários e empregadores para definir o valor do aumento salarial – pois há uma divergência nos valores pagos.  

Em outras palavras, todos os anos empresas e sindicatos se reúnem para definir o aumento salarial dos funcionários da categoria. Isso ocorre para que os valores a serem recebidos sejam justos e adequados, considerando as condições econômicas e financeiras das empresas.  

Assista | Abono salarial: quem tem direito a receber?

Como funciona a reunião de acordo de dissídio salarial?

Agora vamos explicar como ele funciona na prática.  

Durante o dissídio salarial, cuja reunião geralmente acontece uma vez ao ano, os sindicatos dos empregados apresentam suas reivindicações salariais, que podem incluir:  

  • • aumento de salário; 
  • • reajuste da inflação; 
  • • aumento de benefícios, entre outros.  

Os empregadores apresentam contrapropostas e, em geral, as negociações são mediadas por um representante do governo. 

Caso as partes não cheguem a um acordo, o dissídio salarial pode ser levado para julgamento em uma instância judicial, que decidirá qual será o reajuste salarial aplicado. 

É importante destacar que o dissídio salarial não trata apenas de aumento de salário, mas também de outras questões trabalhistas, como jornada de trabalho, férias, licenças e benefícios. 

Leia também | CLT: quais direitos trabalhistas são assegurados? 

O dissídio salarial é coletivo ou individual?

Há duas formas de reivindicar o dissídio salarial em um processo trabalhista: de forma coletiva ou individual.   

Dissídio individual  

O dissídio individual é uma ação judicial movida por um empregado contra seu empregador, na qual ele busca a resolução de uma disputa envolvendo questões trabalhistas, como salários, benefícios, horas extras, condições de trabalho, entre outros.  

 Nesse tipo de ação, as partes envolvidas buscam uma solução para o conflito por meio de um acordo ou decisão judicial. 

 

Dissídio coletivo 

O dissídio coletivo é uma ação judicial movida por um sindicato ou grupo de sindicatos representando um conjunto de empregados contra um empregador ou grupo de empregadores.  

Nesse caso, a disputa é relacionada a questões que afetam um grupo de trabalhadores, como reajuste salarial, jornada de trabalho, planos de saúde, entre outros. A decisão final sobre o conflito é tomada por um tribunal ou por uma comissão de conciliação e julgamento, que busca chegar a um acordo justo para as duas partes.  

Leia também | O que é holerite e por que ele é obrigatório? 

Quem tem direito ao dissídio?

Normalmente o dissídio é iniciado pelo sindicato da categoria profissional que representa os trabalhadores.  

Por isso, todos os trabalhadores da categoria que estejam em situação de disputa com o empregador têm direito a participar do processo e buscar uma resolução para suas reivindicações. 

Porém, é importante lembrar que, para ter direito ao dissídio, é necessário que o trabalhador tenha uma relação de trabalho formal com a empresa, estando devidamente registrado e legalizado perante a legislação trabalhista. 

Trabalhadores informais ou autônomos não têm direito a entrar com o dissídio.  

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Como receber o dissídio salarial?

Depois da aprovação do acordo, como é feito o pagamento? 

Caso tenha direito ao recebimento do dissídio, o trabalhador geralmente receberá esse valor junto com o salário do mês em que o aumento foi concedido

Em algumas situações, o dissídio pode ser pago em parcelas ao longo de alguns meses. Nesse caso, é importante verificar o cronograma de pagamentos junto à empresa para saber quando cada parcela será creditada na conta. 

Outra observação importante: o trabalhador que inicia suas atividades no mês em que o dissídio seja pago não tem direito a ele. Isso porque o salário dele já estará devidamente reajustado.   

Do mesmo modo, o funcionário que começa a trabalhar 1 mês antes do pagamento do dissídio terá direito ao valor proporcional ao tempo de admissão.  

Leia também | Número da Carteira de Trabalho pelo CPF 

O que acontece quando a empresa não paga o dissídio?

Quando uma empresa não paga o dissídio, ou seja, quando não cumpre com o acordo estabelecido, pode haver consequências legais e trabalhistas para ela. 

Primeiro, os trabalhadores podem entrar em greve ou fazer reclamações ao sindicato. Em seguida, o sindicato pode entrar com uma ação judicial contra a empresa exigindo que o dissídio seja pago, podendo resultar em multas e juros por atraso. 

Além disso, a empresa pode ser penalizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que pode aplicar multas e outras sanções administrativas. 

Depois de esclarecer o que é dissídio, confira no próximo post outra dúvida muito comum entre os trabalhadores: "Pedi demissão. Quanto vou receber na rescisão?".  

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