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Mesada para filhos: vale a pena? Como começar?

Saiba como usar a mesada em favor da educação financeira e tire as principais dúvidas sobre o assunto.

Publicado em: 26 de abril de 2024

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Pai e filha segurando moedas de euro.

A mesada para filhos é um assunto que gera muitas dúvidas entre as famílias. Afinal, existe uma idade apropriada para falar sobre dinheiro com crianças e adolescentes? Qual valor disponibilizar? Com qual frequência, semanal, quinzenal, mensal? 

Neste artigo, confira como estabelecer um sistema de mesada para filhos que incentive a responsabilidade financeira e tire as principais dúvidas sobre o assunto. 

Mesada para filhos: dar ou não dar, eis a questão

Apenas 39% das famílias brasileiras têm o hábito de dar mesada aos filhos, de acordo com a pesquisa “Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box e divulgada em outubro de 2023.

Segundo o estudo, entre as famílias que dão mesada aos filhos, o costume é maior para a faixa de crianças de 6 a 11 anos (54%), seguido pela faixa etária de 15 a 18 anos (45%).

A maioria das famílias adota a tradicional frequência mensal (62%) e o valor médio da mesada no Brasil é de até R$ 100 (74%).

Mas por que será que a mesada para filhos não é consenso entre as pessoas responsáveis por crianças e adolescentes? E por que será que existem tantas dúvidas sobre o assunto? 

Ainda de acordo com o estudo da Serasa, um dos motivos pode ser devido a um comportamento cultural, já que 56% das pessoas entrevistadas não lembram de, quando crianças, terem conversado com seus responsáveis a respeito de finanças. 

A boa notícia é que essa mentalidade está mudando e, agora, oito em cada 10 famílias dizem conversar com os filhos a respeito do tema. 

Segundo especialistas e educadores financeiros, a mesada para filhos não é apenas sobre dar dinheiro na mão de crianças e adolescentes, mas sim sobre educar financeiramente os filhos. 

  • Portanto, é um hábito que vale a pena e que pode contribuir para formar cidadãos que, no futuro, irão:
  • ●     consumir de forma mais consciente;
  • ●     ser menos endividados;
  • ●     utilizar o crédito com responsabilidade;
  • ●     investir dinheiro;
  • ●     planejar os gastos;
  • ●     controlar as finanças.


Leia também | Apenas 39% dos pais brasileiros têm o hábito de dar mesada aos filhos

Assista | Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?

Mesada para filhos: como começar e principais dúvidas

Confira, abaixo, as principais dúvidas sobre mesada para filhos e descubra como começar a ensinar educação financeira para crianças e adolescentes a partir dessa ferramenta.

  1. O que é mesada?

    Mesada é uma quantia em dinheiro concedida às crianças e adolescentes pelos responsáveis. 

    Ela precisa ser dada regularmente e tem como objetivo ensinar a  lidar com dinheiro, além de proporcionar uma sensação de independência e demonstrar, na prática, a importância do planejamento para conquistar itens de desejo. 

    Leia também |  Orçamento pessoal: como fazer


  2. Qual é a importância da mesada?

    É por meio da mesada que crianças e adolescentes vão experimentar situações típicas da vida adulta. Como, por exemplo:

    ●     precisar juntar várias mesadas para conseguir comprar algo que custa mais caro do que a renda que se possui;

    ●     gastar toda a mesada no começo do mês e ficar sem dinheiro por um longo período;

    ●     aprender a negociar (pedir descontos, comparar preços, etc). 


  3. Qual é a periodicidade ideal da mesada?

    A mesada, como diz o nome, é dada mensalmente, ou seja, uma vez por mês. Mas ela pode ser concedida às crianças e adolescentes em outras periodicidades, como semanal (semanada), ou quinzenal (quinzenada). 

    Para especialistas, essa periodicidade pode variar de acordo com as idades, sendo recomendado:

    ●     Até 6 anos: o dinheiro pode ser dado de forma eventual, somente para que a criança entenda a relação de troca entre dinheiro e o item adquirido.

    ●     Entre 6 e 7 anos: a mesada pode ser inserida com periodicidade semanal, já que a noção de tempo é diferente para criança e um mês pode parecer “uma eternidade”. 

    ●     Entre 8 e 11 anos: a mesada pode agora se tornar quinzenal. Ajuda a criança a lidar com o planejamento para adquirir o que deseja. 

    ●     A partir dos 12 anos: a mesada já pode se tornar, de fato, mensal. E, se a família e a criança ou adolescente desejar, é possível até mesmo disponibilizar, sob a supervisão do adulto responsável, uma conta-corrente com cartão de débito, e exercitar ainda mais os cuidados com as finanças.

    Leia também | 5 opções de conta digital para menor de 18 anos


  4. Tem idade certa para dar mesada?

    No geral, é a partir dos 6 anos que a criança começa a entender como funciona o dinheiro e até mesmo a ter as primeiras noções de matemática. Pode ser um bom momento para inserir a mesada para filhos. 

    Leia também |  Planeje-se com a Tabela Financeira da Serasa


  5. Qual valor dar de mesada para filhos?

    Não existe uma regra definitiva. Algumas famílias seguem um sistema de R$ 1 por ano de vida, hábito comum em países como os Estados Unidos. 

    O valor da mesada, na verdade, pode variar dependendo da situação econômica da família e da quantidade de filhos, por exemplo. 

    É importante não se preocupar em dar o mesmo valor que os amiguinhos dos filhos dizem receber. Cada família tem sua própria dinâmica e necessidades. 

    Uma dica é aumentar o valor da mesada de tempos em tempos. 

    Leia também | Entre fraldas e computador: como conciliar maternidade e carreira?


  6. Como começar a dar a mesada?

    A mesada é um instrumento de educação financeira. Mas, para funcionar, além do dinheiro é preciso dar orientação. 

    Para começar a dar a mesada para filhos, de forma educativa, é fundamental estabelecer regras claras quanto a valores, periodicidades e, além disso, explicar sobre as formas de usar o dinheiro recebido. 

    É muito importante evidenciar, por exemplo, conceitos como poupar, para adquirir algo de valor mais elevado, e também sobre reservar parte do que se ganha (20% da mesada) para imprevistos ou oportunidades. 

    Leia também | Como usar uma planilha de gastos mensais com filhos?


  7. Quando a mesada pode ser negativa? 

    Existe a indicação de que a mesada seja usada para que a criança compre o que ela deseja e que não seja obrigação dos pais. 

    Por exemplo, um livro didático para uso na escola, em tese, não deve ser comprado com a mesada (obrigação dos pais). Mas um gibi para recreação pode ser adquirido com a mesada se a criança quiser. 

    As famílias podem também estipular limites para o uso da mesada. Afinal, é uma independência supervisionada. 

    A mesada pode se tornar negativa se ela for utilizada, por exemplo, para a compra do lanche da escola (a criança pode deixar de comer para não gastar e isso não é saudável). 

    Ou usada como troca por obrigações das crianças, por exemplo, fazer a lição de casa, arrumar os brinquedos, arrumar o próprio quarto, etc. 

    Agora, para estimular o empreendedorismo na criança, pode sim valer a pena pagá-la para fazer atividades fora dos seus deveres, como: lavar o carro, trocar o tapetinho do cachorro, etc. 

    Leia também | Cartão para menor de idade: cuidados e benefícios

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