Dinheiro e relacionamento: como evitar conflitos financeiros n...
Dinheiro e relacionamento: como evitar conflitos financeiros no amorData de publicação 11 de junho de 202513 minutos de leitura
Atualizado em: 28 de maio de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 13 minutosTexto de: Time Serasa
Em momentos de aperto financeiro, é comum buscar saídas rápidas para evitar atrasos nas contas. Uma delas é usar um cartão de crédito para pagar a fatura de outro. Embora pareça uma solução prática para ganhar tempo, pagar cartão com outro cartão pode sair caro. Os juros são altos, os riscos são grandes e a dívida pode crescer rapidamente, comprometendo ainda mais o orçamento nos meses seguintes.
Entenda aqui se essa prática é permitida, quais os custos, as consequências e as alternativas que podem ajudar quem está sem dinheiro para quitar a fatura.
Pagar a fatura de um cartão com outro não é uma prática proibida, mas não está disponível em todos os bancos. Algumas instituições oferecem o serviço por meio de aplicativos ou plataformas parceiras que permitem pagar boletos com o cartão de crédito, mas, ainda assim, há regras e taxas.
Mas, se não há impedimento legal, o lado financeiro pode correr muitos riscos. Há cobrança de juros e encargos altos e isso pode levar a pessoa a um ciclo de endividamento ainda pior.
Além disso, o uso frequente dessa prática pode ser um sinal de alerta para o banco, indicando que a pessoa tem dificuldade de organizar o próprio orçamento. Isso pode dificultar o acesso a outros tipos de crédito e reduzir o limite do cartão.
Pagar cartão com outro cartão pode parecer prático e vantajoso à primeira vista – especialmente quando se está sem dinheiro na conta. Mas esse hábito pode trazer mais problemas do que soluções.
Algumas consequências envolvem:
Ao usar um cartão para pagar outro, a dívida não some. Ela apenas muda de lugar e, por isso, tende a crescer. É como empurrar o problema para a frente, com a diferença de que ele volta ainda maior.
Isso acontece porque a nova transação costuma vir com encargos, como juros compostos, taxas de antecipação e tarifas de serviço. Com o tempo, o valor original da fatura pode dobrar ou até triplicar.
Pagar cartão com outro cartão também pode criar um efeito dominó no orçamento. Ao comprometer o limite de mais um cartão, sobra menos espaço para cobrir outras despesas do dia a dia. Isso faz com que a pessoa passe a depender ainda mais do crédito para suprir necessidades básicas, como alimentação, transporte e contas fixas. Aos poucos, o descontrole toma conta e fica cada vez mais difícil sair da bola de neve.
Outro ponto importante é o impacto no score de crédito, pontuação usada para avaliar o comportamento financeiro de uma pessoa. Quando o uso do crédito se torna excessivo ou desorganizado, e o pagamento das faturas começa a atrasar, essa pontuação tende a cair. Isso reduz as chances de conseguir financiamentos, empréstimos com boas condições ou até a aprovação de novos cartões no futuro.
Além das questões práticas, pagar um cartão com outro costuma trazer impactos psicológicos negativos. A preocupação constante com prazos, cobranças e juros atrasa outros planos, atrapalha o sono e aumenta a sensação de descontrole financeiro. Em muitos casos, isso interfere na qualidade de vida, prejudica relações pessoais e reduz a confiança para tomar decisões com calma.
Antes de realizar o pagamento de uma fatura com outro cartão de crédito, é necessário verificar se o banco oferece a possibilidade. Essa informação pode ser confirmada diretamente no aplicativo da instituição, por meio da função “Pague contas” ou “Pagamento de contas”.
Além disso, há limites operacionais que devem ser observados para que a transação seja autorizada. As principais condições são:
Regras e restrições | Detalhes |
---|---|
Pagamento da fatura | Não é permitido pagar a fatura com um cartão emitido pelo mesmo banco. |
Data de vencimento | Não é permitido utilizar dois cartões com a mesma data de vencimento. |
Fatura em dia | É obrigatório pagar apenas faturas que estejam em dia e com código de barras disponível. |
Limite de valor da fatura | É necessário obedecer ao limite de valor imposto pelo banco para esse tipo de pagamento. |
Limite de crédito | É indispensável possuir limite suficiente no cartão que será utilizado para o pagamento. |
Cobrança de taxa | É comum ser cobrada uma taxa, que varia conforme a instituição e pode chegar a R$ 30. |
Se alguma dessas condições não for atendida, o pagamento não será autorizado pelo sistema do banco.
Pagar cartão com outro cartão é um serviço que pode custar caro, já que se trata de uma operação sujeita a uma série de encargos. Esse custo varia conforme o tipo de cartão e o banco envolvido.
Esses valores mudam de banco para banco, mas o que não muda é o acúmulo dos encargos. Por isso, antes de tomar a decisão, verifique todos os custos envolvidos para não ser surpreendido e entrar em um ciclo de endividamento.
Leia também | Como negociar dívida de cartão de crédito em 3 minutos
Na maioria dos casos, não vale a pena pagar cartão com outro cartão. Essa prática deve ser encarada como uma medida de emergência, e não como uma solução recorrente. Os custos são altos, os riscos são grandes, e as consequências podem comprometer o equilíbrio financeiro por meses.
Diversas instituições sérias da área financeira desencorajam esse tipo de prática, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) e a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). Todas alertam que essa estratégia pode dar a falsa sensação de alívio, mas acaba piorando a situação ao longo do tempo.
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Ficar sem dinheiro para pagar a fatura do cartão de crédito é uma situação comum, mas que precisa ser enfrentada com cuidado e o quanto antes. Ignorar o problema só faz a dívida crescer, já que os juros do cartão estão entre os mais altos do mercado, e qualquer atraso pode virar uma bola de neve difícil de controlar.
Por isso, quando o orçamento aperta e não é possível quitar a fatura no vencimento, é fundamental buscar alternativas que tragam menos prejuízo e ajudem a reorganizar as finanças.
O mais importante é não deixar para depois. Quanto mais cedo a situação for resolvida, menor será o impacto no bolso e mais fácil será evitar que a dívida se transforme em um problema ainda maior.
Se não sobrou dinheiro para pagar a fatura do cartão de crédito, usar outro cartão para fazer isso piora ainda mais a situação. Os juros são altos e a dívida pode crescer rápido. Em vez disso, vale mais a pena pensar em um empréstimo com juros menores, que ajude a resolver o problema de forma mais segura.
Três opções são:
O empréstimo consignado tem desconto direto na folha de pagamento ou no benefício do INSS. Como o pagamento é garantido, os juros são bem mais baixos que os do cartão de crédito.
No empréstimo com garantia, a pessoa oferece um bem como garantia de que a dívida será paga, como um carro quitado ou um imóvel. Por isso, os juros também são mais baixos, e o banco pode liberar um valor maior.
O empréstimo pessoal é o tipo mais comum de crédito e pode ser solicitado diretamente ao banco. Não é preciso oferecer nada como garantia e o dinheiro costuma ser liberado rapidamente.
Leia também | Quer pagar boleto com cartão de crédito?
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