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Rendimento CDB: tudo o que você precisa saber antes de investir

Confira abaixo todas as informações necessárias sobre o que é o rendimento CDB, como funciona e como investir.

Mão empilhando blocos de madeira com símbolo de porcentagem

colunista Fabiana Ramos
Publicado em: 13 de julho de 2022.

O mercado dos investimentos tem despertado a curiosidade de diversas pessoas, independente de faixa etária, nicho profissional ou renda. Isso porque é uma estratégia para garantir o rendimento do seu patrimônio, muitas vezes de forma descomplicada, e como nossa taxa de juros não para de subir, os investidores têm se beneficiado com algumas altas, inclusive com o rendimento do CDB.

Os investimentos em renda fixa, como o CDB, são seguros e de baixo risco. Portanto, podem ser ótimas opções para quem está começando, para investidores conservadores, e para quem quer diversificar o portfólio.

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O que é o CDB?

Sigla para Certificado de Depósito Bancário, o CDB é uma opção de renda fixa oferecida por instituições bancárias. Ou seja, por ser renda fixa, é um investimento simples, que possui regras já definidas. Assim, é possível fazer a aplicação já sabendo o prazo e o índice de rendimento. De forma geral, quem compra um título de renda fixa “empresta” dinheiro para alguém – bancos, empresas ou o próprio governo – e em troca, espera receber o valor aplicado acrescido de juros, no prazo determinado.

O CDB é um título emitido pelos bancos, que é utilizado para a captação de recursos para operações de créditos no geral. É um investimento que apresenta baixo risco, além de alta segurança e estabilidade, assim como a poupança – mas, em geral, com rendimentos maiores. Além disso, ao contrário da poupança, que tem o mesmo rendimento em todos os bancos, a taxa de rentabilidade do CDB varia de acordo com cada instituição.

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Como funciona o CDB?

O funcionamento do CDB constitui um processo simples. Na prática, o investidor do CDB empresta dinheiro para os bancos, que usam esse capital para financiar suas próprias atividades de crédito. A remuneração surge através da taxa de rentabilidade do empréstimo, que é definida antes da aplicação. Esses juros são pagos pela instituição financeira no resgate do título.

Além de simples, é um investimento garantido pelo FGC – Fundo Garantidor de Créditos – que assegura que você receberá o seu dinheiro aplicado de volta caso o banco sofra algum processo de intervenção do Banco Central ou mesmo venha a falir.

Quanto é o rendimento de um CDB?

O rendimento do Certificado de Depósito Bancário varia de acordo com cada tipo. Ao todo, são três tipos de rendimento:

Prefixado: com taxa fixa e predeterminada, com os juros definidos antes da compra. Dessa forma, é possível ter em mente qual será o valor a ser recebido na data de vencimento estipulada;

Pós-fixado: é o mais comum. Em geral, esses títulos rendem, por ano, um determinado percentual, que está atrelado à variação da taxa CDI – Certificado de Depósito Interbancário;

Híbrido: Tem a rentabilidade mesclada, sendo uma parte prefixada e outra atrelada à variação de outro índice financeiro, que normalmente é o de inflação (IPCA).

Além disso, as taxas de rendimento variam de acordo com os bancos, prazo de vencimento, período de carência e investimento mínimo. As opções de título ficam disponíveis para escolha nas plataformas das instituições, possibilitando a decisão que melhor se adeque a seu perfil.

Para fazer o cálculo da rentabilidade do CDB, então, é necessário entender que existem variáveis que interferem em cada investimento de maneiras diferentes. De forma geral, primeiro é preciso apurar o rendimento bruto da aplicação, sendo este o valor do investimento mais os juros que serão acrescidos. Para apurar o valor líquido, é necessário considerar também a alíquota do IR que incide sobre o rendimento, além dos custos operacionais da aplicação. Fazendo esse processo, o investidor pode ter uma análise completa e saber o que vai, de fato, receber ao final do investimento.

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Como investir no CDB?

O processo do investimento é fácil, mas vale a pena pesquisar antes quais são os melhores títulos para a sua situação.

Basta escolher um banco de investimentos ou uma corretora independente, abrir sua conta, pesquisar os títulos que mais compensam para você, e em seguida é só fazer um aporte inicial com o valor da aplicação. Na data de vencimento do título, você recebe o valor original do aporte acrescido do rendimento estabelecido diretamente na sua conta. Entretanto, é importante ressaltar que a quantia vem líquida, pois há retenção de Imposto de Renda sobre o valor acrescido no rendimento.

Existem algumas características importantes sobre o CDB que valem a pena saber:

Investimento Mínimo:

Algumas instituições bancárias estabelecem um valor mínimo de aporte, que varia conforme o título. Em geral, as maiores taxas de retorno do investimento costumam estar atreladas a valores mínimos maiores.

Resgate:

Os investimentos no CDB seguem um prazo de vencimento, que também varia por título e instituição bancária, e impõe uma data para o resgate do valor. É válido destacar que caso o investidor queira antecipar esse resgate, a rentabilidade final pode ser afetada, de acordo com a liquidez do título.

Liquidez:

Apesar do prazo de vencimento, cada CDB pode ter liquidez diferente.
Com a liquidez diária é possível resgatar a remuneração a qualquer momento, mesmo antes do prazo final. Nesses casos, o investidor pode contar com esse montante para reservas de emergência ou planos a curto prazo.

Já com a liquidez no vencimento, o investidor só pode resgatar os rendimentos no prazo final preestabelecido. Apesar de não ser possível resgatar o valor a qualquer momento, os títulos com esse tipo de liquidez costumam oferecer melhores taxas de rendimento.

Tributação:

Nesse tipo de investimento, a alíquota de Imposto de Renda (IR) incide sobre o rendimento obtido e varia de acordo com o prazo de vencimento da aplicação. Quanto maior o tempo do investimento, menor a incidência do IR. A alíquota segue uma tabela, que diminui as taxas ao passo em que o tempo da aplicação aumenta.

A alíquota que incide sobre o investimento varia de 15% – para aplicações com mais de 720 dias, quase dois anos – e 22,5% – para prazos inferiores a 180 dias.

Para as aplicações resgatadas em menos de 30 dias, há também a cobrança de IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras, – um imposto mais agressivo – que chega a 96% para os resgates em um dia de aplicação, porém que diminui a alíquota a cada dia, não se tornando um problema para quem faz resgates após um mês de aplicação.

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