Dinheiro e relacionamento: como evitar conflitos financeiros n...
Dinheiro e relacionamento: como evitar conflitos financeiros no amorData de publicação 11 de junho de 202513 minutos de leitura
Atualizado em: 9 de junho de 2025
Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 11 minutosTexto de: Time Serasa
Dizem que ter um carro é como ter um filho, por conta dos gastos que ele gera. Se você está pensando em adotar outros meios de transporte ou planeja comprar um automóvel, mas não sabe se vale a pena ter um carro agora, é importante colocar os custos na ponta do lápis.
O carro sempre foi um item de desejo do brasileiro, mas esse questionamento tem ficado mais comum com a popularização dos transportes por aplicativo e com a alta do preço dos veículos. Em 2025, os carros zero-quilômetro mais baratos no Brasil custam cerca de R$ 80.000 – 10 anos atrás, era possível comprar um automóvel zero por menos de R$ 30.000, uma alta consideravelmente superior à inflação.
Abastecer também ficou mais caro. De acordo com os dados do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, entre abril de 2024 e março de 2025 o preço da gasolina no país aumentou 10,3%, quase duas vezes a inflação. Ou seja, andar de carro ficou mais caro para todo mundo.
A resposta, claro, não será a mesma para todas as situações. Para chegar a uma conclusão, é preciso avaliar atentamente os custos, o quanto você precisa de transporte, quais as alternativas disponíveis e qual a sua situação financeira atual. É importante também considerar os valores intangíveis, como a liberdade e o conforto, que podem ser essenciais na sua fase de vida ou na cidade onde você mora.
Em qualquer situação, é preciso estar ciente: carro requer investimento financeiro constante. Para saber se vale a pena ter carro no seu caso, o primeiro passo é colocar no papel todos os custos envolvidos e comparar com outras formas de transporte.
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É um custo considerável, que pode ser muito caro de acordo com a realidade financeira das famílias. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Serasa em 2023, para 45% dos brasileiros os gastos com automóvel representavam até 29% da renda familiar anual – e 90% dos entrevistados já haviam sofrido com algum gasto inesperado relacionado ao automóvel.
Por isso, para saber se é caro, é preciso considerar os custos reais de um automóvel:
Este é o primeiro valor a ser considerado (mas é importante lembrar que não é o único). Quem opta por fazer um financiamento de veículo deve avaliar se o valor da parcela cabe no orçamento mensal. Especialistas orientam que o pagamento de dívidas nunca deve comprometer mais de 30% do salário.
A manutenção preventiva deve ser feita periodicamente para manter a segurança do veículo e evitar futuros problemas mecânicos ou elétricos. Considere que terá este custo pelo menos uma vez ao ano. O valor da manutenção depende do ano, do modelo e da oficina.
Os débitos veiculares são as dívidas relacionadas à documentação do automóvel. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) precisa ser pago anualmente e pode custar entre 2% e 4% do valor do veículo (a alíquota exata depende de cada estado). Além disso, é preciso quitar o licenciamento e possíveis multas que tenham sido aplicadas. Até 2025, a cobrança do seguro obrigatório permanecia suspensa.
Esse gasto precisa entrar todo mês no orçamento. De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Fósseis), o litro da gasolina comum custava em média R$ 6,38 em maio de 2025. Uma pessoa que faz 20 quilômetros por dia de carro, por exemplo, gastaria cerca de R$ 250 por mês (se tiver um carro econômico, que faça 15 quilômetros por litro).
Esse não é um gasto obrigatório, mas é recomendado. Dependendo das condições da apólice, o seguro de automóvel pode cobrir furtos, consertos, acidentes e danos causados a outros veículos. Não há uma tabela fixa de preços, mas o custo anual de planos básicos pode variar entre R$ 1.000 e R$ 3.000.
Este não é um custo de fato, mas é uma perda financeira que precisa ser considerada. De forma geral, um carro é um bem que perde valor a cada ano. Para fins contábeis, por exemplo, a Receita Federal estabelece uma taxa de depreciação de 20% por ano.
Há algumas situações em que ter carro próprio ainda é vantajoso. O importante é que você avalie se é, de fato, o seu caso.
Se você mora longe do trabalho ou se precisa fazer grandes deslocamentos com frequência, como visitar os familiares em cidades próximas ou em outros bairros, ter um carro particular pode ser mais interessante. Ainda assim, a sugestão é calcular todos os gastos.
Em muitas profissões, o carro é essencial. Se você faz o turno da noite, por exemplo, ou precisa estar disponível para ser acionado em uma emergência, o carro próprio pode ser um custo necessário.
Outra situação que pode diminuir os gastos de ter um carro é contar com estacionamento gratuito. É comum em grandes cidades que o preço para deixar o carro parado durante o dia de trabalho custe mais de R$ 300 por mês. Então, quem tem acesso a um estacionamento grátis tem um alívio nos custos. O mesmo vale para quem já tem vaga de garagem no prédio ou em casa.
Se você mora em uma cidade do interior ou longe dos centros urbanos, a avaliação costuma ser diferente. Nesses locais, muitas vezes não há transporte por aplicativo e a circulação de ônibus é menor. É preciso considerar também a praticidade e a necessidade de carro próprio para situações emergenciais.
Se você fez as contas e percebeu que manter um carro não é vantajoso, mas está em busca de alternativas para ter mobilidade e conforto ao mesmo tempo, confira as sugestões:
Atualmente, há vários aplicativos de transporte. A concorrência faz o preço ser competitivo e, com frequência, eles oferecem promoções. Você pode checar o valor médio do seu percurso mais comum e comparar com o seu gasto se fizesse com um carro próprio.
Essa é uma alternativa interessante tanto para o dono do carro como para o passageiro. Se você é vizinho de alguém do trabalho, combine caronas periódicas. Mesmo que haja uma contrapartida financeira, pode ser mais barato do que os aplicativos ou do que cada um ir com o próprio carro.
Se você só tem necessidade de usar o carro de vez em quando, para viagens de fim de semana, por exemplo, talvez o aluguel seja mais vantajoso.
Este serviço é parecido com o aluguel, mas, neste caso, os contratos costumam ser mais longos. A assinatura, em geral, é de um ou dois anos, e o valor pago por mês cobre todos os gastos do veículo, exceto o combustível.
Os patinetes elétricos são uma opção prática para se locomover pelo meio urbano, com baixo custo de manutenção em comparação ao carro. O importante é ficar atento à legislação de trânsito na sua cidade. De forma geral, é possível trafegar com o patinete elétrico em ciclovias e ciclofaixas.
É possível contratar assistência veicular diretamente na plataforma da Serasa. O serviço, da empresa parceira Maxpar, cobre custos com reparo e troca de vidros, chaveiro, guincho, conserto em lataria e socorro mecânico, entre outros.
Para simular e contratar a assistência para o seu carro pela Serasa, siga o passo a passo abaixo:
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