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O que é autônomo? Entenda o conceito e como funciona essa forma de trabalho

Saiba o que é autônomo e veja como atuar de forma independente, organizar finanças, escolher formalização e planejar uma carreira sustentável.

Atualizado em: 17 de outubro de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 14 minutos

Texto de: Time Serasa

Freelancer sorridente olhando para a câmera

 

O que é autônomo? Quem busca mais independência profissional ou deseja uma fonte de renda sem vínculo empregatício costuma se fazer essa pergunta. Eis as respostas. 

O trabalhador autônomo é aquele que exerce atividades por conta própria, prestando serviços ou oferecendo produtos sem ter um contrato de trabalho formal na modalidade CLT.  

No Brasil, milhões de pessoas optam pelo trabalho autônomo como alternativa de flexibilidade, maior autonomia na tomada de decisões e possibilidade de crescimento profissional.  

Atualizar esse conceito é essencial porque o mercado de trabalho está em constante transformação, com novas profissões surgindo, legislações se ajustando e plataformas digitais facilitando a conexão entre prestadores de serviços autônomos e clientes.  

Ao longo deste artigo, você vai entender o que significa ser autônomo, quais são os tipos de trabalho, os exemplos mais comuns no Brasil, suas vantagens e desafios, além das diferenças em relação a outros regimes, como MEI e CLT. 

Assista | INSS autônomo: como começar a contribuir? - Serasa Ensina

O que é trabalho autônomo

O trabalho autônomo é uma forma de atividade profissional em que uma pessoa presta serviços por conta própria, sem estar formalmente empregada por uma empresa. Essa prestação de serviço pode ser tanto para empresas quanto para pessoas físicas.  

De acordo com a Lei nº 5.890/73, em seu artigo 4º, o trabalhador autônomo é o que exerce habitualmente, e por conta própria, atividade profissional remunerada.  

Trata-se, portanto, de uma forma de trabalho que gera mais independência ao profissional, pois ele não tem vínculo empregatício com a empresa ou pessoa contratante e, portanto, tem mais flexibilidade, autonomia e responde legalmente pelo próprio trabalho. 


Tipos de trabalho autônomo

O trabalho autônomo pode assumir diferentes formatos e se encaixar em variados setores da economia. De forma geral, ele se divide em duas grandes categorias: 

1. Autônomo informal

É o trabalhador que exerce suas atividades sem registro formal ou sem CNPJ.  

Por exemplo, uma pessoa que vende alimentos de porta em porta ou presta pequenos serviços de jardinagem sem emissão de nota fiscal.  

Esse tipo de atuação é bastante comum, mas pode limitar o acesso a benefícios previdenciários e à formalização de contratos. 

2. Autônomo formalizado

É aquele que se registra como prestador de serviços autônomo, em geral por meio de um cadastro na prefeitura ou utilizando o modelo de contribuinte individual para fins de INSS.  

Esse perfil pode emitir recibos de pagamento, recolher impostos e contribuir para a Previdência Social, garantindo direitos como aposentadoria e auxílio-doença. 

Por exemplo: médicos, consultores e advogados são profissões que podem ser exercidas de forma autônoma. Os profissionais se registram como autônomos e podem prestar serviços a empresas e entidades públicas.  

Em ambos os casos, o fator principal é a autonomia: o profissional decide como, quando e para quem vai trabalhar. 

Leia também | Quais são as tendências do mercado de trabalho atualmente? 

Exemplos comuns de trabalhadores autônomos no Brasil

O mercado brasileiro é repleto de atividades que se enquadram no perfil autônomo. Alguns exemplos ajudam a visualizar melhor como esse modelo funciona na prática: 

  • ● Motoristas de aplicativo e entregadores de delivery: com o crescimento das plataformas digitais, esses profissionais se tornaram uma das categorias mais expressivas do trabalho autônomo no país. 
  •  
  • ● Profissionais liberais e regulamentados: médicos, dentistas, advogados, arquitetos, psicólogos, engenheiros, jornalistas e contadores que atendem de forma independente, muitas vezes em seus próprios consultórios ou escritórios. 
  •  
  • ● Prestadores de serviços autônomos em áreas práticas: eletricistas, encanadores, diaristas, cabeleireiros e manicures. 
  •  
  • ● Artistas e criadores de conteúdo: músicos, fotógrafos, escritores, designers e influenciadores digitais que trabalham por demanda ou projeto. 
  •  
  • ● Comerciantes independentes: pessoas que vendem produtos em feiras, redes sociais ou diretamente para clientes. 

Esses exemplos mostram como o conceito de prestador de serviços autônomo é amplo e atende tanto a quem busca uma renda extra quanto a quem constrói carreira nesse formato. 

Leia também | Consignado privado para autônomos: é possível? 


Vantagens e desvantagens do trabalho autônomo

Assim como qualquer modalidade profissional, ser autônomo tem pontos positivos e desafios que precisam ser avaliados antes da escolha. 

Vantagens

  • ● Flexibilidade de horário: é possível organizar a agenda de acordo com a própria rotina. 
  • ● Independência: o trabalhador define como oferecer seus serviços e negociar com clientes. 
  • ● Potencial de ganhos: ao contrário de um salário fixo, a renda pode crescer conforme a demanda e a capacidade de atender mais clientes. 
  • ● Diversidade de atuação: permite experimentar diferentes áreas sem precisar de vínculos longos. 

Desvantagens do trabalho autônomo

  • ●  Incerteza de renda: os ganhos podem variar muito de um mês para outro. 
  • ●  Ausência de benefícios trabalhistas: férias remuneradas, 13º salário e FGTS não existem para o autônomo. 
  • ●  Necessidade de organização: é fundamental controlar finanças, emitir recibos e pagar tributos. 
  • ●  Falta de estabilidade: sem contrato fixo, o profissional depende da sua reputação e da busca constante por clientes. 

 

Leia também | Empréstimo pessoal para autônomo no carnê: detalhes, vantagens e pontos de atenção 


Diferenças entre autônomo, MEI e empregado CLT

Uma dúvida recorrente é entender a diferença entre o autônomo, o MEI (Microempreendedor Individual) e o trabalhador contratado pela CLT. Cada regime tem suas próprias características: 

Categoria Autônomo MEI (Microempreendedor Individual) Empregado CLT
Vínculo Trabalha por conta própria, sem vínculo empregatício. Possui CNPJ próprio, mas não vínculo empregatício. Tem carteira assinada e contrato formal com empresa.
Formalização Pode ser informal ou formalizado como contribuinte individual. Formalização simplificada com CNPJ. Registro na CLT garantido pela empresa.
Faturamento Sem limite de faturamento definido. Até R$ 81 mil por ano. Salário fixo definido em contrato.
Tributação Recolhe INSS como contribuinte individual e pode emitir RPA. Paga DAS mensal com tributos unificados. Encargos e tributos pagos pelo empregador.
Direitos trabalhistas Não possui (férias, 13º, FGTS). Não possui direitos CLT, mas tem benefícios previdenciários. Possui todos os direitos previstos na CLT.
Flexibilidade Alta: define horários e clientes. Alta: autonomia com vantagens da formalização. Baixa: depende da empresa e da jornada contratada.

Direitos e deveres de um trabalhador autônomo

Para completar o tema do trabalho autônomo, é importante saber que a liberdade e a flexibilidade desse tipo de trabalho também requerem deveres a serem cumpridos. 

Nesse caso, é importante sempre fechar contratos, acordando entre as partes os direitos e deveres de ambos. 

Direitos do trabalhador autônomo

  • ● Liberdade de atuação: o trabalhador autônomo tem a liberdade de escolher quando e como realizar suas atividades profissionais. 
  • ● Determinação de preços: o autônomo tem o direito de estabelecer seus próprios preços e condições de pagamento. 
  • ● Escolha de clientes: o profissional autônomo pode escolher os clientes com os quais deseja trabalhar, desde que essa escolha não viole princípios legais. 
  • ● Liberdade de horários: o trabalhador autônomo pode determinar seus próprios horários de trabalho. 
  • ● Recebimento pelos serviços prestados: o autônomo tem o direito de receber o pagamento pelos serviços prestados, conforme os termos acordados. 

Deveres do trabalhador autônomo

  • ● Cumprimento dos contratos: o autônomo deve cumprir os termos e as condições acordados em contratos ou acordos firmados com os clientes. 
  • ● Emissão de nota fiscal: em alguns casos, o autônomo precisará emitir nota fiscal referente aos serviços prestados. 
  • ● Pagamento de impostos: o autônomo é responsável pelo pagamento dos impostos e contribuições devidos, como Imposto de Renda e contribuição previdenciária. 
  • ● Garantia da qualidade dos serviços: o trabalhador autônomo deve se esforçar para entregar serviços de qualidade, mantendo padrões profissionais e éticos. 
  • ● Cumprimento de regulamentações específicas: em certas áreas, como saúde e segurança, podem existir regulamentações específicas que o autônomo precisa seguir. 

  

Leia também | Como pagar o INSS como autônomo? 4 passos 

Como se tornar um trabalhador autônomo na prática

Para quem está pensando em começar, é importante entender que a transição para o trabalho autônomo exige planejamento. Alguns passos ajudam nesse processo: 

  1. Definir a área de atuação: escolha um setor em que já possua experiência ou habilidade. 

  2. Organizar as finanças: estabeleça metas de faturamento e crie uma reserva para meses de baixa. 

  3. Formalização: avalie se vale mais a pena ser MEI ou permanecer como contribuinte individual. 

  4. Captação de clientes: utilize redes sociais, aplicativos ou networking para divulgar serviços. 

  5. Gestão de rotina: use ferramentas digitais para organizar tarefas, emitir recibos e controlar prazos. 

Dicas essenciais para o trabalhador autônomo

Trabalhar de forma independente oferece liberdade, mas também exige disciplina e planejamento. Algumas práticas ajudam a manter a carreira sustentável e a garantir segurança financeira: 

  • Planejar a aposentadoria e auxílio a benefícios

    O trabalhador autônomo deve contribuir para o INSS como contribuinte individual. É importante definir a categoria de contribuição e manter pagamentos regulares para garantir aposentadoria, auxílio-doença e outros benefícios.

  • Manter uma reserva financeira

    Como a renda pode variar de mês a mês, ter uma reserva de emergência ajuda a lidar com períodos de baixa demanda sem comprometer despesas essenciais.

  • Organizar finanças e emitir recibos (ou nota fiscal)

    Controlar entradas e saídas, separar as contas pessoais das profissionais e emitir RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) ou nota fiscal quando necessário aumenta a segurança e profissionalismo. 

  • Investir em capacitação

    Cursos, workshops e atualizações profissionais ajudam a melhorar serviços, aumentar a clientela e se destacar da concorrência. 

  • Diversificar a clientela

    Depender de um único cliente pode ser arriscado. Buscar diferentes fontes de receita reduz a vulnerabilidade financeira. 

  • Planejar o fluxo de trabalho

    Organizar horários, definir metas e criar uma rotina produtiva é essencial para manter a qualidade e evitar sobrecarga. 

  • Contratar seguros ou serviços de proteção

    Dependendo da atividade, seguro de responsabilidade civil ou planos de saúde podem evitar prejuízos em casos de imprevistos. 

  • Investir em marketing pessoal

    Redes sociais, portfólio online e indicações ajudam a divulgar os serviços e conquistar novos clientes. 

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Perguntas frequentes sobre o que é autônomo

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