Como calcular e onde guardar a reserva de emergência
Imprevistos podem acontecer a qualquer momento em nossa vida. Por isso é tão importante falarmos sobre reserva de emergência. Saiba tudo sobre o tema
Autor: Sara Moreira
Publicado em 25 de outubro de 2022
Se hoje a geladeira da sua casa quebrasse ou o carro perdesse o motor, você teria dinheiro à vista para resolver esses imprevistos sem precisar se endividar? Essa é uma pergunta importante, por isso tratar neste artigo de reserva de emergência.
Ter uma reserva de emergência não é luxo, e sim necessidade. Afinal, imprevistos e urgências podem acontecer a qualquer momento. Quanto mais preparados estivermos, melhor sairemos deles.
Por isso, vamos entender de vez o que é, como calcular, como juntar e onde guardar a reserva de emergência.
O que é reserva de emergência
Reserva de emergência (ou fundo de emergência) é um dinheiro destinado a cobrir apenas despesas inesperadas e urgentes.
Exemplos de emergências:
• perda do emprego;
• tratamento médico;
• problemas mecânicos no carro;
• consertos urgentes na casa.
Imagine precisar de dinheiro para uma das situações acima e não ter de onde tirar? É aí que muitas pessoas usam o dinheiro das despesas mensais ou recorrem a empréstimos com taxas de juros, que podem levar ao descontrole financeiro.
Por isso, é fundamental juntar um montante para ser o dinheiro de emergência. Imprevistos sempre acontecem e precisamos estar preparados.
Dicas práticas para guardar dinheiro
O que NÃO é emergência para usar a reserva
É importante termos a consciência de que nem tudo que parece ser uma emergência de fato é.
Por isso, indicamos não utilizar a reserva emergencial para:
• compras de itens sem necessidade;
• viagens não essenciais;
• lazer;
• pagamentos de impostos;
• matrículas de cursos;
• compra de veículo;
• compra de imóvel.
Todos os gastos acima devem ser colocados nas despesas mensais, combinado?
É o caso da compra de um imóvel, por exemplo. É importante que, enquanto existam parcelas do financiamento, haja uma reserva de emergência para imprevistos.
Caso a pessoa perca o emprego repentinamente (o que é um imprevisto), aí sim o dinheiro emergencial pode ser utilizado para pagar as parcelas até que ela se recupere.
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Como calcular a reserva de emergência
De modo geral, a reserva de emergência precisa cobrir no mínimo seis meses do custo de vida de uma pessoa ou família. Porém, o ideal é que o valor cubra 12 meses.
Custo de vida é a quantia necessária para viver com as despesas pagas de forma confortável, o que proporciona tranquilidade – em caso de imprevisto, o valor da reserva cobriria as despesas.
Vamos a um exemplo. O custo mensal de uma família é de R$ 3 mil – valor que paga todas as despesas e garante a tranquilidade de todos.
Nesse caso:
3.000 x 6 = R$ 18.000,00. Esse é o valor mínimo que a reserva de emergência precisa ter.
3.000 x 12 = R$ 36.000,00. Essa é a quantia ideal para cobrir as despesas por 12 meses ou utilizar para outros imprevistos.
Como juntar o dinheiro da reserva de emergência
Sabemos que é um desafio juntar todo esse dinheiro emergencial, mas é importante termos em mente que é melhor ter essa quantia em mãos caso algo aconteça.
Portanto, vá juntando todos os meses até conseguir o montante total. Algumas dicas:
• Elimine gastos desnecessários (compras de itens sem necessidade, por exemplo).
• Tente reduzir o valor de algumas despesas (negocie descontos em planos de internet, telefone, diminua pacotes de streaming etc.).
• Defina uma meta de quanto juntar por mês.
• Assim que o salário cair na conta, já separe o valor do fundo de emergência.
• Para acelerar o processo, vale a pena ter fontes de renda extra – este post aqui traz 10 dicas de trabalho extra para ser feito pela internet.
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Onde guardar a reserva de emergência
A reserva de emergência deve ser pensada como um investimento. Assim, existem três critérios que ajudam a definir onde investir esse dinheiro:
• Alta liquidez: os investimentos de alta liquidez permitem o resgate do valor (ou de parte dele) a qualquer momento.
• Segurança: o dinheiro precisa estar em um investimento de baixo risco, para não correr o risco de perder a quantia.
• Render mais que a poupança: a poupança apresenta um retorno muito pequeno, o que faz com que se perca poder de compra por causa da inflação.
Portanto, existem três opções de investimentos de renda fixa ideais para a reserva de emergência:
- Tesouro Selic: é a melhor opção de investimento dentro do Tesouro Direto para quem precisa de alta liquidez, segurança e rendimentos maiores que as poupança.
- CDI (Certificado de Depósito Interbancário): título emitido por instituições financeiras (escolha a que apresenta liquidez diária e remunera pelo menos 100% do CDI).
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): título emitido por bancos (escolha a opção que apresenta liquidez diária e remunera pelo menos 100% da taxa DI).
A princípio, essas opções de investimento podem parecer complicadas, mas na verdade são simples. Acesse os links que colocamos em cada uma delas para entender detalhadamente como funcionam.
O que fazer se precisar usar a reserva de emergência
Sempre que for preciso usar toda a reserva – ou parte dela – é importante reabastecê-la o quanto antes.
O fundo de emergência deve ser um valor sempre disponível, pois imprevistos podem acontecer a todo momento.
Sempre que desanimar no processo de construção do fundo de emergência, lembre-se: é melhor começar hoje que daqui a um ano.
Tendo dinheiro para imprevistos, dívidas são evitadas. Com isso, fica mais fácil manter a boa pontuação no Serasa Score para conseguir crédito no mercado, caso seja necessário.
E então, vamos começar a construir a reserva de emergência? O primeiro passo é analisar a atual situação financeira para equilibrar os gastos e conseguir juntar o dinheiro.
Leia também: Saiba como fazer uma planilha de controle financeiro.
Serasa Score: saiba como consultar a sua pontuação de crédito
O Serasa Score é a pontuação de crédito da Serasa que vai de 0 a 1000 e indica as chances de o consumidor pagar as contas em dia. Quanto mais alta a pontuação, maior a probabilidade de conseguir crédito.
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