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O que é reduflação e como o fenômeno se manifesta

Reduflação: o que é e como impacta o bolso dos consumidores.

Atualizado em: 17 de maio de 2024

Categoria Negociar dívidaTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Crescimento dos negócios de comércio eletrônico

Dúzia de ovos com dez itens. Chocolates em barra com tamanho menor. Muitos produtos no supermercado não mudaram de preço, mas reduziram em quantidade, peso, medidas ou unidades. Esse fenômeno tem um nome. Entenda o que é reduflação.

Assista | Tudo sobre inflação - o que é, como funciona, quais as causas

O que é reduflação

A reduflação é o processo em que os produtos diminuem de tamanho ou quantidade, mas seu preço se mantém inalterado ou apresenta um leve aumento. Na prática, o consumidor continua pagando o mesmo valor por um produto que está menor. O próprio conceito não é por acaso: trata-se de uma junção das palavras redução e inflação. 

É quase como uma inflação disfarçada, mas é uma resposta do próprio mercado já que se trata de uma estratégia comercial. Não há aumento evidente nos preços, mas há mudança no tamanho do produto – para menor. Justamente por isso, nem todo mundo percebe a mudança, já que o total pago no supermercado continua o mesmo de outros meses.

Mas não é só na redução do tamanho que a reduflação se manifesta. Outro efeito percebido é a diminuição da qualidade, em que as empresas alteram a fórmula de um produto para gastar menos na sua produção, substituindo os ingredientes por outros de qualidade inferior. O caso mais evidente está no leite condensado, que foi substituído por composto lácteo ou soro de leite, por exemplo. 

O fenômeno da reduflação não é uma exclusividade brasileira. Empresas do mundo inteiro utilizam essa prática, principalmente em períodos de alta na inflação. Nos Estados Unidos, ela é chamada de shrinkflation (shrink = encolher; inflation = inflação).

Leia também | Entenda o que é inflação e como ela pode afetar o bolso

As principais causas da reduflação

A reduflação não é necessariamente um movimento natural do mercado. É uma decisão estratégica de cada empresa. Mas aquelas que optam por alterar o tamanho dos produtos costumam apontar motivos semelhantes.

  • Os principais:
  •  
  • ● é uma forma de se adequar aos novos modelos de famílias, com menos pessoas convivendo no mesmo ambiente; 
  • ● mantém o poder de compra dos consumidores, que funciona na mesma lógica do parcelamento: o consumidor que não pode pagar por um produto na sua quantidade original tende a comprar um tamanho menor, permitindo que o gasto caiba no bolso. 

 

A prática, no entanto, tem acontecido com cada vez mais frequência. Entre janeiro e agosto de 2023, por exemplo, o sabão em pó foi o produto que mais sofreu reduflação no supermercado, em comparação com o mesmo período de 2022, segundo levantamento feito pela consultoria Horus. No período, a embalagem do item foi reduzida em quase 10%, passando de 1,1 kg para 1 kg, enquanto o preço subiu de R$15,31 para R$19,18.

Segundo a Horus, são seis os produtos mais impactados pela reduflação.

Produto20222023Variação
Gramatura | PreçoGramatura | PreçoGramatura | Preço
Biscoito206 g | R$7,77202,2 g | R$8,64–1,8% | +11,2%
Chocolate167,6 g | R$15,85 143,7 g | R$16,78 –14,3% | +5,9%
Molho de tomate401,7 g | R$10,94 369 g | R$11,81–8,1% | +8%
Sabonete128,4 g | R$10,16114,2 g | R$11,56–11% | +13,8%
Sabão em pó1102,7 g | R$15,31 1000,3 g | R$19,18 –9,3% | +23,3%
Suco pronto1124,2 g | R$9,191000,4 g | R$11,10 –10,6% | +20,8%

Fonte: Consultoria Horus.

As empresas podem mudar o tamanho dos produtos?

Mudar o tamanho da embalagem ou a quantidade de produtos não é ilegal no Brasil. Mas é preciso fazer um alerta ao consumidor. 

Qualquer mudança deve aparecer na embalagem do próprio produto, indicando a quantidade anterior, a nova quantidade e a diferença entre um e outro. Isso deve ser feito com letras maiúsculas, negrito, contraste de cores e em tamanho de fácil visualização. A informação deve constar no produto ao longo de seis meses para não induzir o consumidor a erro. É o que determina a legislação brasileira. 

Mesmo assim, a redução pode passar despercebida, já que não representa uma economia real para o bolso do consumidor. Mas ela será notada quando a frequência ao supermercado aumentar em razão da necessidade de repor um produto antes do tempo previsto.

Quando houver práticas abusivas, o consumidor pode fazer denúncias ao Procon de sua cidade ou ao site Consumidor.gov.

Leia também | 10 maneiras de economizar no supermercado

Três dicas para lidar com a reduflação

Depois de entender o que é reduflação, é importante saber como percebê-la no dia a dia. Para isso, confira algumas dicas do que fazer.  

  1. Leia a embalagem com atenção 

    Antes de colocar o produto no carrinho, leia a embalagem. Além de compreender ingredientes e observar se são saudáveis para você, haverá as indicações de quantidade e volume. 

     

  2. Compare o produto com ele mesmo

    Observe se a indicação de unidades ou de volume corresponde ao que você costumava adquirir. Se não tiver essa informação na memória, dê uma pesquisada na internet. 

     

  3. Calcule a quantidade por dias de consumo 

    Calcule as unidades ou volume pela média de consumo semanal ou mensal e decida se compensa manter o produto na lista de compras. Evite comprar um produto com chance de ficar parado na despensa até a data de validade vencer.  

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