O que é reduflação e como esse fenômeno afeta as finanças pessoais

Reduflação pode parecer um termo difícil de entender, mas o conceito é simples. Confira este conteúdo para saber do que se trata.

corredor de super mercado


Autor: Marlise Brenol

Publicado em 24 de outubro de 2022

Muitos consumidores já perceberam que embalagens de produtos no supermercado reduziram em quantidade, no peso, nas medidas ou nas unidades. Em muitos casos, o preço de uma barra de chocolate, pacote de papel higiênico ou pote de shampoo não aumentou, mas a quantidade diminuiu e o produto dura menos tempo. Esse fenômeno é chamado de reduflação.  

A reduflação foi adotada como estratégia comercial de algumas marcas para não aumentar o preço percebido pelo consumidor. Os produtos seguem com o mesmo valor na gôndola, mas em tamanho ou quantidades menores. Como resultado, o consumidor paga mais, mas não tem a percepção de aumento no valor absoluto.  

Um dos efeitos da reduflação é a maior frequência no supermercado, pois um produto com menor quantidade dura menos na despensa.  

Apesar de provocar a contrariedade dos consumidores, a estratégia não é ilegal. Ao contrário, é até regulada pelos órgãos competentes.

O Código de Defesa do Consumidor, na portaria nº 81, de 2002, determina que no caso de alteração de peso ou quantidade ofertada a mudança deve aparecer na embalagem, indicando a quantidade do produto antes, a quantidade atual e a diferença aumentada ou reduzida.  

A informação deve constar durante pelo menos 90 dias, com visibilidade para não induzir o consumidor a erro.  

Pesquisa realizada em maio de 2022 pelo Instituto Reclame Aqui aponta que 80% dos consumidores já perceberam esse movimento da indústria nas embalagens. O formulário online, aplicado pelos pesquisadores, teve mais de 6,6 mil respostas e foi divulgado no próprio site de defesa do consumidor.  

Entre os consumidores mais conscientes para as mudanças nas quantidades, os produtos mais citados são artigos de limpeza em geral e higiene pessoal, que somam 26,3%. Entre eles estão o papel higiênico e a pasta de dente. Em seguida, os consumidores elencam produtos como pacotes de biscoitos, lanches infantis e bomboniere, como a embalagem das barras de chocolate e as caixas de bombons. 

Reclamações, segundo Reclame Aqui: 

• de janeiro a dezembro de 2021: 4.933 reclamações. 

• de janeiro a abril de 2022: 1.562 reclamações.  

A combinação inflação e prática de redução de quantidades pela indústria, seguida pela queda de poder de compra do consumidor, provoca retração na escolha de produtos.  

Cada vez mais os consumidores precisam estar atentos e adquirir novos hábitos de educação financeira na hora de realizar compras.  

Quatro dicas para lidar com a reduflação

Tradicionalmente, as Dicas Serasa para economizar no supermercado eram: 

• não ir às compras com fome; 

• deixar as crianças em casa; 

• fazer uma lista de produtos; 

• pesquisar preços; 

• conferir a validade na embalagem.  

Agora, com o fenômeno da reduflação dominando as prateleiras, as orientações foram atualizadas.  

  • Leia a embalagem com atenção 

Antes de colocar o produto no carrinho, leia a embalagem. Se as letras estiverem muito pequenas, tire foto da embalagem com o celular e amplie para leitura. Além de compreender ingredientes e observar se são saudáveis para você, haverá as indicações de quantidade e volume. 

  • Compare o produto com ele mesmo 

Observe se a indicação de unidades ou de volume corresponde ao que você costumava adquirir. Se não tiver essa informação na memória, consulte no celular ou pergunte ao atendente do estabelecimento sobre a alteração. 

  • Calcule a quantidade por dias de consumo 

Calcule as unidades ou volume pela média de consumo semanal ou mensal e decida se compensa manter o produto na lista de compras. Evite comprar um produto com chance de ficar parado na despensa até a data de validade vencer.  

  • Denuncie redução na embalagem não declarada 

O Código de Defesa do Consumidor prevê que a informação sobre alteração na quantidade para mais ou para menos esteja clara e visível na embalagem. Caso não esteja, denuncie no https://www.consumidor.gov.br/ 

Essas são medidas que ajudam a controlar as finanças e manter o equilíbrio financeiro do mês. Como aponta o Mapa da Inadimplência Serasa de agosto de 2022, 28% dos endividamentos são por excessos no cartão de crédito. Muitas vezes as compras de supermercado acabam por extrapolar os gastos previstos e provocam o efeito “bola de neve” (dívidas se acumulando).  

O consumidor deve estar com máxima atenção para evitar consumir mais do que pode pagar no período de 30 a 40 dias, que é o prazo para fechamento do cartão de crédito.  

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