A importância da adimplência e os seus benefícios
A importância da adimplência e os seus benefíciosData de publicação 9 de setembro de 202410 minutos de leitura
Atualizado em: 22 de março de 2024
Categoria Negociar dívidaTempo de leitura: 10 minutosTexto de: Time Serasa
Ao longo dos anos, o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) se tornou o único caminho possível para muita gente que sonha em fazer uma faculdade. O programa, afinal, assegura o pagamento das mensalidades em universidades privadas do país durante todo o curso, especialmente quando o estudante não tem condições de arcar com as mensalidades. A dúvida, no entanto, vem no reembolso desse valor: quanto é a parcela do FIES depois de formado?
Entenda como funciona.
O FIES é um tipo de financiamento a juros baixos ou nulos para estudantes de baixa renda que desejam ingressar no Ensino Superior. Assim, por ser um financiamento, o valor deve ser devolvido posteriormente. Essa devolução se dá de duas formas: durante o curso e após a formatura.
Embora o pagamento do FIES tenha início somente após a formatura, o estudante tem algumas obrigações também durante o curso. No caso, é necessário pagar um valor referente aos juros incidentes sobre o financiamento, que deve ser pago a cada três meses. É a chamada fase de utilização.
Há um teto, no entanto, no valor desses encargos. O valor varia de acordo com a edição do programa e com o tipo de contrato assinado pelo aluno, mas em geral não passa de R$150.
O saldo devedor do FIES começa a ser pago só depois que o curso for concluído. Dependendo de quando o estudante assinou o contrato do FIES, esse pagamento pode ou não ter um período de carência.
Quem assinou o contrato até 2017 tem um período de carência de 18 meses (um ano e meio) para começar a pagar o FIES após concluir o curso. Nesse período, ele precisa pagar apenas as parcelas trimestrais referentes aos juros.
Para os contratos firmados a partir de 2018, o início da quitação da dívida se dá logo após a formatura – no mês seguinte à conclusão do curso. Nesse caso, o prazo total para quitação da dívida também tem um limite: é de 14 anos no máximo, contados a partir da data de formatura.
Quem quiser reduzir esse prazo pode fazer aportes de forma voluntária, antecipando os valores futuros.
O valor das parcelas do FIES depende do saldo devedor. Ele pode ser consultado diretamente no SisFies, sistema online que concentra todas as informações do financiamento estudantil e disponibiliza um extrato com o valor da dívida principal, dos juros cobrados (se for o caso), do seguro de vida e outras informações sobre o processo.
Também há um limite no valor da parcela, que não deve passar de 10% da renda mensal da pessoa. O montante depende da capacidade de pagamento da pessoa, o que vai tornar o repasse sempre proporcional àquilo que ela consegue pagar. Assim, quem tem renda maior paga mais e quem tem renda inferior paga menos.
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A forma de pagamento das parcelas também é condicionada à situação da pessoa. Quem tiver emprego formal (CLT ou servidor público) pode optar pelo desconto em folha, que garante um pagamento automático e mensal. Mas também é possível optar pelo boleto bancário.
Para quem trabalha como autônomo ou é empreendedor, as parcelas podem variar conforme o faturamento da empresa via eSocial. O pagamento é feito por boleto bancário.
Em caso de desemprego, o valor reduz para o equivalente à taxa de coparticipação paga durante os estudos, de R$150, considerado o valor mínimo a ser pago em cada prestação. É justamente por essas situações que o FIES pode ser quitado em até 14 anos.
Se as prestações do FIES não forem pagas, o estudante fica inadimplente, como acontece com qualquer dívida que não é paga. Com isso, ele pode ter o nome negativado nos órgãos de proteção ao crédito e pode ser acionado judicialmente para o pagamento da dívida.
Estar com o nome negativado traz uma série de consequências, como dificuldade de abrir e até movimentar conta bancária e acesso ao crédito (financiamento de veículo ou casa própria, empréstimo pessoal, cartão de crédito, por exemplo).
O estudante pode ter também o nome incluído no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), o que também restringe o acesso a outras oportunidades de programas públicos enquanto a dívida não for quitada.
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Em novembro de 2023, o Governo Federal deu início a um processo de renegociação de valores para quem está com pagamentos do FIES em atraso. São condições especiais e descontos que podem chegar a até 99% do valor da dívida em alguns casos. É uma espécie de “Desenrola para o FIES”.
A iniciativa está disponível para todas as pessoas que adquiriram o FIES até o segundo semestre de 2017 e já quitaram parte da dívida. Além disso, os valores em aberto precisam ter vencido até o dia 30 de junho de 2023 e os atrasos devem ser de no mínimo 90 dias.
Desta forma:
Tempo da dívida | Condições | ||
---|---|---|---|
Débitos que, em 30 de junho de 2023, estavam com mais de 90 dias de atraso. | Desconto de até 100% sobre os juros e multas pelo atraso de pagamento + 12% sobre o valor financiado no pagamento à vista ou parcelado em até 150 vezes. | ||
Débitos que, em 30 de junho de 2023, estavam com mais de 360 dias de atraso. | Descontos de 92% sobre o valor total da dívida (valor financiado pendente + juros e multas por atraso no pagamento + juros do contrato) e possibilidade de quitar o saldo devedor em até 15 prestações mensais. Observação: voltado para estudantes inscritos no CadÚnico ou que receberam Auxílio Emergencial em 2021. | Descontos de 99% sobre o valor total da dívida e possibilidade de quitar o saldo devedor em até 15 prestações mensais. Observação: voltado para estudantes inscritos no CadÚnico ou que receberam Auxílio Emergencial em 2021 e a data da última prestação prevista em contrato esteja em atraso superior há 5 anos. | Desconto de até 77% do valor da dívida e possibilidade de quitar o saldo devedor em até 15 parcelas mensais. Observação: voltado para estudantes que não estejam no CadÚnico e que não tenham recebido Auxílio Emergencial. |
Leia também | FIES, dívida perdoada: como funciona a renegociação
Se além do FIES há outras pendências para quitar, o Serasa Limpa Nome pode ajudar na renegociação.
O Serasa Limpa Nome disponibiliza o serviço de ofertas de negociação de dívidas com condições especiais. Na plataforma é possível consultar as dívidas e obter até 90% de desconto para quitar os débitos. O serviço é gratuito e a negociação pode ser feita em apenas três minutos nos canais oficiais da Serasa: site, app (iOS e Android) ou WhatsApp (11) 99575-2096.
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