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Entenda tudo sobre amortização de financiamentos

Tire as dúvidas sobre amortização de financiamentos, como fazer e quando essa opção realmente vale a pena.

Atualizado em: 22 de novembro de 2023

Categoria Consultar ScoreTempo de leitura: 10 minutos

Texto de: Time Serasa

Imagem ilustrando o sistema de amortização de financiamentos

Apesar das facilidades de financiar um bem, muitos consumidores têm dúvidas sobre o assunto. Um exemplo é a questão da amortização do financiamento.

Afinal, o que significa exatamente uma amortização? Quando saber se realmente vale a pena amortizar? Confira todos os detalhes sobre o assunto neste artigo.

O que é amortização de financiamentos

Amortizar é o mesmo que reduzir uma dívida, ou seja, abater parte dela em parcelas ao longo do tempo. No caso de um financiamento, a lógica é a mesma.

Vamos supor que uma pessoa tenha um financiamento em aberto a ser quitado em 30 parcelas. Todo mês, ao pagar essas prestações, ela amortiza a dívida, ou seja, reduz o valor total dela.

Em outras palavras, amortizar é pagar as parcelas da dívida até que ela esteja totalmente quitada.

Assista | O que é amortização? - Falando Dinheirês

Diferença entre amortização tradicional e antecipação de parcelas

A amortização tradicional e a antecipação de parcelas são duas formas diferentes de pagar dívidas, como empréstimos ou financiamentos.

A amortização tradicional envolve o pagamento das parcelas conforme o cronograma estabelecido no contrato.

Cada parcela consiste em uma parte dos juros e uma parte da amortização do principal. Ao longo do tempo, a proporção de juros diminui à medida que o saldo devedor é reduzido, e a parte destinada à amortização do principal aumenta. Essa é a forma padrão de quitar dívidas. 

Por outro lado, a antecipação de parcelas ocorre quando o devedor decide pagar parcelas adicionais ou quitar a dívida antes do prazo estabelecido no contrato.

Isso pode reduzir o tempo de pagamento da dívida e, consequentemente, o valor total dos juros pagos. A antecipação de parcelas pode ser uma estratégia eficaz para economizar dinheiro e liquidar a dívida mais rapidamente.

Quanto mais distante estiver o vencimento da parcela antecipada, maior será o desconto. Por isso, é sempre recomendado antecipar as últimas parcelas do financiamento.

Leia também | Qual score é bom para financiamento?

Quais são as vantagens de amortizar um financiamento?

Conheça as vantagens de fazer o pagamento das parcelas do financiamento, seja da forma tradicional, seja antecipando parcelas:

Reduz o saldo devedor

Sem dúvida, a principal vantagem da amortização do financiamento é diminuir o valor total da dívida de forma mais rápida.

Diminui juros e encargos

Quando se planeja antecipar parcelas, o consumidor tem direito ao abatimento de juros e encargos. Na prática, isso representa mais economia.

Reduz o tempo de pagamento

Outra grande vantagem da amortização é poder quitar o financiamento em um tempo menor e se livrar da dívida o mais rápido possível.

Quando é interessante fazer uma amortização de antecipação de parcelas?

Apesar das vantagens, amortizar o financiamento requer planejamento. É preciso escolher o momento certo para isso e sempre avaliar a condição financeira.

Ao receber o 13º salário ou sair de férias, receber um bônus ou conseguir renda extra, caso não tenha outras pendências financeiras, a dica é usar o valor recebido para antecipar o pagamento de algumas parcelas.

Leia também | Lance de consórcio: como antecipar a contemplação

Os principais tipos de amortização (com exemplos práticos)

Como vimos, a amortização ocorre sempre que uma parcela do empréstimo é paga, mas existem diferentes sistemas de amortização que influenciam diretamente o valor das parcelas.

No mercado, os dois principais sistemas de amortização utilizados pelas instituições financeiras são: Tabela SAC e Tabela Price.

  1. Amortização pela Tabela SAC

    No Sistema de Amortização Constante (SAC), as parcelas sofrem reajuste e vão diminuindo com o passar do tempo. Assim, a primeira parcela é a mais cara, enquanto a última é a mais barata.

    Nesse sistema, o valor da parcela fica assim:

    Valor da parcela = percentual fixo de amortização + juros


    Exemplo de cálculo pela tabela SAC

    Imagine o financiamento de um imóvel no valor de R$300.000 em 120 meses com taxa de juros de 1,5% ao mês.

    Nesse caso, o primeiro cálculo a se fazer é saber quanto será amortizado da dívida todos os meses.

    Então, é preciso dividir R$300.000 por 120, o que corresponde a R$2.500. Esse é o percentual de amortização. 

    Por isso, se não houvesse juros nesse financiamento e a pessoa pagasse R$ 2.500 durante 120 meses, já quitaria a dívida. Mas é preciso considerar também os juros.

    No exemplo que demos, a taxa de juros aplicada é de 1,5% ao mês, então é preciso calcular em reais. Para isso, basta multiplicar R$300.000 por 1,5%, chegando ao total de R$4.500 de juros.

     

    Por isso, o valor da primeira parcela do financiamento seria:

    Valor da parcela = percentual fixo de amortização + juros

    Valor da parcela = R$2.500 + R$4.500

    Valor da primeira parcela = R$7.000.

     

    Como na Tabela SAC as parcelas diminuem conforme vão sendo pagas, a segunda parcela do financiamento seria menor que R$7.000, pois o cálculo dos juros não considera mais o valor total da dívida, mas apenas o que restou após a amortização da primeira parcela.

    Por isso, eis o cálculo da segunda parcela:

    Valor do saldo devedor: R$300.000 (saldo inicial) – R$2.500 (valor amortizado da primeira parcela) = R$297.500.

    Valor da taxa de juros: R$ 297.500 x 1,5% (taxa de juros) = R$4.462,50

    Valor da segunda parcela = percentual fixo de amortização + juros

    Valor da segunda parcela = R$2.500 + R$4.462,50

    Valor da segunda parcela = R$6.962,50.


  2. Amortização pela Tabela Price

    Nesse sistema, as parcelas têm o mesmo valor durante todo o prazo de duração do financiamento

    Desse modo, cada prestação é calculada a partir de uma cota de amortização dos juros, que vai reduzindo com o passar do tempo, de acordo com uma Taxa Referencial (TR).

    Na amortização pelo sistema da Tabela Price, a primeira parcela tende a amortizar uma quantia maior dos juros e uma quantia menor do saldo original da dívida.

    Conforme o tempo vai passando e os pagamentos são feitos, essa lógica se inverte e o valor correspondente ao pagamento dos juros diminui, enquanto o valor do saldo da dívida aumenta — apesar de o valor final pago mensalmente ser sempre o mesmo.

    Exemplo de cálculo pela Tabela Price

    Imagine um financiamento de carro no valor de R$50.000 para ser pago em 60 meses. A taxa de juros do financiamento é de 1,5% ao mês. Nesse caso, o valor de cada parcela será de R$1.269,67.

    Porém, na primeira parcela, desse valor, quase 60% serão juros, enquanto cerca de 40% se referem à amortização do valor original financiado (R$50.000).

    Na última parcela, do valor total dela, menos de 2% corresponderão aos juros, enquanto os outros 98% amortizam a dívida original.

     

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