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O que é Renda Mensal Inicial (RMI) e como funciona

Renda Mensal Inicial: para que serve, por que é importante e como calcular a RMI

Publicado em: 16 de julho de 2025

Categoria Educação financeiraTempo de leitura: 13 minutos

Texto de: Time Serasa

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A maioria dos brasileiros passa a vida contribuindo todos os meses para o INSS na esperança de garantir uma aposentadoria tranquila e uma renda estável no futuro. Porém, quando chega a hora de receber o benefício, nem sempre é fácil entender como esse valor é definido. É aí que entra a importância de entender o que é Renda Mensal Inicial (RMI) e o peso na vida financeira de quem vai depender da Previdência Social.

Entenda aqui o que significa RMI, como é calculada, o que pode interferir no seu resultado e quais são os números atualizados para 2025.

Assista | Como emitir a Guia da Previdência Social

O que é a Renda Mensal Inicial (RMI)?

A Renda Mensal Inicial, ou simplesmente RMI, é o valor que o INSS passa a pagar todo mês assim que a aposentadoria ou outro benefício é concedido. Esse valor define quanto a pessoa vai receber já no primeiro pagamento e serve de base para os reajustes a serem aplicados nos anos seguintes. Ou seja: é a partir da RMI que o benefício vai evoluir com o tempo.

Embora pareça só mais um termo técnico, a RMI tem impacto direto no padrão de vida de quem depende do INSS. Ela marca o início da nova fase financeira do beneficiário e influencia o quanto ele terá por mês para cuidar do básico: pagar contas, fazer compras, manter a casa e garantir sua tranquilidade. É com esse valor que a maioria das pessoas organiza o orçamento e busca manter uma vida digna após anos de trabalho.

Para chegar à RMI, o INSS leva em conta vários fatores, como o tempo de contribuição, os salários recebidos ao longo dos anos, o tipo de benefício solicitado e os limites definidos por lei, como o salário mínimo e o teto previdenciário.

Entender como a RMI funciona permite planejar melhor o momento da aposentadoria, avaliar se já é hora de solicitar o benefício e, em muitos casos, identificar formas de aumentar o valor, como, por exemplo, ajustar as contribuições nos últimos anos de trabalho ou escolher o tipo de aposentadoria mais vantajoso.

Leia também | Como pagar INSS pela internet: passo a passo

Como funciona o cálculo da RMI?

O valor da Renda Mensal Inicial (RMI) não é definido de forma aleatória. O INSS segue regras específicas que levam em conta o tipo de benefício solicitado (como aposentadoria por idade, por invalidez, entre outros) e todo o histórico de contribuição da pessoa ao longo da vida.

No caso da aposentadoria, o cálculo da RMI tem uma sequência de etapas. Cada uma delas influencia diretamente o valor que será pago mensalmente a partir da concessão do benefício.

Essas etapas são as seguintes:

Levantamento das contribuições ao longo da vida laboral

O primeiro passo é verificar todas as contribuições feitas ao INSS a partir de julho de 1994, quando começou o Plano Real. Esse período é chamado de Período Básico de Cálculo (PBC) e serve de base para os próximos passos do cálculo.

Cálculo da média salarial

Depois de reunir os salários de contribuição dentro do PBC, o INSS calcula a média de todos eles. Desde a Reforma da Previdência de 2019, essa média passou a ser feita com 100% dos salários, sem descartar os menores valores. Na prática, isso pode reduzir um pouco a média final, principalmente para quem teve períodos com salários mais baixos.

Aplicação do coeficiente de cálculo

Com a média salarial em mãos, o INSS aplica um percentual que varia conforme o tempo de contribuição. Esse percentual é chamado de coeficiente de cálculo.

Na aposentadoria por idade, por exemplo, quem tem o tempo mínimo de contribuição (15 anos para mulheres e 20 anos para homens) recebe 60% da média. A cada ano a mais de contribuição, soma-se 2% a esse valor, podendo chegar a 100% com mais tempo de trabalho.

Limitação ao teto ou piso previdenciário

Por fim, o valor calculado da RMI não pode ser menor do que o salário mínimo vigente nem ultrapassar o teto do INSS. Mesmo que a média salarial e o tempo de contribuição indiquem um valor mais alto, existe esse limite legal que precisa ser respeitado.

Isso garante que ninguém receba menos do que o mínimo e impede que o valor ultrapasse o máximo permitido pelo sistema.

Leia também | Cartão de benefícios do INSS: o que é e como solicitar

Como o teto de contribuição influencia a RMI

A Renda Mensal Inicial (RMI) é calculada com base nas contribuições feitas à Previdência, mas existe um limite que precisa ser considerado: o teto do INSS. Esse teto representa o valor máximo que o INSS pode pagar por mês a um beneficiário, mesmo que ele tenha contribuído com valores acima disso durante a vida inteira.

Na prática, significa que quem recebe salários mais altos e contribui sobre esses valores pode acabar se aposentando com um valor menor do que imaginava. Isso acontece porque, no momento do cálculo, o INSS considera apenas as contribuições até o teto vigente, “cortando” o excedente da média salarial.

Mesmo assim, o teto é reajustado todos os anos com base na inflação (medida pelo INPC), o que ajuda a manter, ao menos em parte, o poder de compra de quem se aposenta com valores próximos ao limite máximo.

Como calcular a RMI: passo a passo

Embora o cálculo exato da RMI possa ser feito com mais precisão por especialistas ou sistemas automatizados do INSS, é possível ter uma boa estimativa seguindo passos simples.

Saiba como fazer:

Reúna seu histórico de contribuições

O histórico de contribuições pode ser obtido no próprio site ou aplicativo Meu INSS. Ao acessar a plataforma, procure pelo CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e faça o download. Esse documento mostra todos os salários e todos os valores de contribuição registrados no seu nome. Ele será a base para o cálculo.

Atualize os valores

Os salários antigos precisam ser atualizados com base na inflação, para refletirem o valor em reais de hoje. O INSS já faz essa correção automaticamente, mas para simular por conta própria, é possível usar planilhas ou calculadoras online.

Calcule a média salarial

Some todos os salários de contribuição desde julho de 1994 (quando começou o Plano Real) e divida pela quantidade total de meses contribuídos. Após a Reforma da Previdência de 2019, a média passou a considerar 100% dos salários, sem excluir os mais baixos, como era feito antes.

Aplique o coeficiente de cálculo

  • Com a média em mãos, aplique o percentual correspondente:
  •  
  • ●     começa com 60% da média para quem tem o tempo mínimo de contribuição (15 anos para mulheres, 20 para homens).
  • ●     some 2% a mais para cada ano que ultrapassar esse tempo.

Verifique o teto e o piso

O valor final não pode ser menor que o salário mínimo nem maior que o teto do INSS. Se ficar fora desses limites, será ajustado automaticamente

Valores atualizados de 2025

Todos os anos, o INSS atualiza os valores de seus benefícios com base na inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Isso afeta tanto os pagamentos mensais quanto os cálculos da RMI.

Em 2025, os valores atualizados são:

Salário mínimo nacionalTeto do INSS
R$ 1.518,00R$ 8.157,41

Esses números servem como referência para todos os benefícios pagos pelo INSS. Na prática, significa que ninguém pode receber menos que o salário mínimo. E mesmo que o cálculo da aposentadoria resulte em um valor mais alto, o máximo que pode ser pago é o teto.

Assim, se a média salarial e tempo de contribuição de uma pessoa gerarem uma RMI de R$ 9.000,00 por exemplo, o valor será limitado a R$ 8.157,41.

Saber desses limites ajuda a tomar decisões mais conscientes. Quem contribui sobre valores altos, próximos ou acima do teto, pode pesar se vale a pena manter esse nível de contribuição ou se faz mais sentido pensar em alternativas, como investir por conta própria ou contratar uma previdência privada para complementar a aposentadoria.

Alíquotas de contribuição do INSS

A RMI depende diretamente das contribuições feitas ao longo da vida. Por isso, entender como funcionam as alíquotas do INSS é fundamental para quem quer planejar uma aposentadoria mais vantajosa.

Em 2025, as alíquotas são progressivas. Assim, quanto maior o salário, maior o percentual de contribuição. Mas isso vale apenas para a parte que ultrapassa cada faixa salarial.

São assim divididas:

Faixa Salarial (R$) Alíquota (%)
Até R$ 1.518,00 7,5%
De R$ 1.518,01 a R$ 2.793,889%
De R$ 2.793,89 a R$ 4.190,83 12%
de R$ 4.190,84 a R$ 8.157,4114%

O modelo funciona de maneira parecida com o Imposto de Renda: cada faixa do salário tem uma alíquota diferente aplicada só sobre aquele valor. Por isso, o desconto total nunca será exatamente 14% do salário inteiro, mesmo que essa seja a alíquota máxima.

As contribuições são usadas para calcular a média salarial, que é a base para determinar a RMI. Portanto, quanto mais altas e regulares forem as contribuições dentro dessas faixas, maior será a média e, consequentemente, o valor inicial do benefício.

Compreender as alíquotas ajuda a planejar as contribuições, especialmente nos últimos anos antes da aposentadoria, para garantir uma RMI mais próxima do ideal.

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Para quem quer entender melhor o que é Renda Mensal Inicial e como ela impacta a aposentadoria, o canal da Serasa no YouTube oferece conteúdos educativos que ajudam a esclarecer esses conceitos, além de outros conteúdos importantes sobre finanças pessoais, planejamento financeiro, educação sobre crédito e direitos do consumidor.

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